We can't do this, Maya.

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EMMA FORBES

Eu e Vic nos encontramos em um misto de surpresa e confusão quando Maya entra abruptamente pela porta da cozinha.

"MAYAAA????" Nossos gritos se sobrepõem, ecoando pelo cômodo enquanto recuamos instintivamente.

— SIM, EU MESMA. — Ela responde com um tom de voz firme, permanecendo imóvel junto à entrada. Enquanto eu desço da mesa, pego minhas roupas espalhadas pelo chão, tentando manter alguma dignidade.

— O que faz aqui? Espera, sai um pouco, eu preciso me vestir. — Minhas palavras saem apressadas, misturadas com o embaraço da situação. Ao meu lado, vejo Vic fazendo o mesmo, um tanto quanto desconcertado.

— Não tem nada aí que eu já não tenha visto ou provado. — Maya continua, virando as costas para nós com uma expressão de desdém.

Vic olha para mim, os olhos arregalados e um leve sorriso de quem não esperava.

— Uau, eu meio que tinha desconfiado disso. — Ele comenta, tentando aliviar a tensão do momento com um pouco de humor.

— Não respondeu minha pergunta, Maya. — falo, querendo esclarecimentos.

— Achei que estaria na delegacia, como eu amo sua casa e tenho a chave, vim para cá para esperar você chegar. Ia ligar para Carina, que me ligou antes e eu nem atendi por ter me deparado com isso. — Maya explica, ainda de costas para nós, gesticulando com as mãos enquanto justifica sua presença inesperada.

                       𝗙𝗟𝗔𝗦𝗛𝗕𝗔𝗖𝗞 𝗢𝗡

Eu observava Vic, assinando alguns papéis enquanto Maya saía com Mason. Confesso que mal sabia do que se tratavam aqueles documentos; estava mais interessada nas mãos habilidosas de Vic e no jeito como ela movia os dedos de maneira decidida sobre o papel. Era hipnotizante.

— Quer me comer, é? —Ela olhou diretamente para mim, com um sorriso travesso nos lábios.

— E-eu? —engoli em seco, coçando a garganta.

— Não, minha vó —ironizou, e seu riso era como música para meus ouvidos.

E que risada linda. Acho que estou apaixonada. Eu já disse isso?

Ela tinha um jeito descontraído que me deixava completamente sem jeito. Eu estava ali, tentando manter a compostura enquanto meus pensamentos voavam para lugares inapropriados.

— Se for tão gostosa quanto a neta... —Minha voz saiu num tom que não era bem o que eu pretendia.

— Loirinha... isso soou meio estranho —Ela riu de novo, mas dessa vez era um riso leve e cúmplice. Ela também estava sentindo algo, eu tinha certeza.

— Eu sei, não era para ter soado assim —Fiz uma careta, tentando desfazer o mal-entendido.

— Quer ir para algum canto para eu poder te conhecer melhor? —Ela começou a guardar algumas coisas em uma gaveta, mas seus olhos não desviavam dos meus.

— Claro! Vamos para minha casa —A oferta saiu mais rápido do que eu esperava, mas era o que eu queria.

— Claro, você que manda —Um sorriso malicioso surgiu nos lábios dela, e eu senti um arrepio percorrer minha espinha. Estava acontecendo.

                                     ...

"Ah..."Gemi contra os seus lábios enquanto sua língua descia para o lóbulo do meu pescoço. Derrubávamos alguns quadros meus que estavam na parede, mas eu mal notava o som dos quadros caindo, perdida na sensação de sua pele contra a minha. Minhas pernas estavam em volta do seu quadril, e suas mãos firmes me prendiam pela cintura contra a parede de entrada do meu apartamento.

PS Tudo ficará bem no final (MARINA)Onde histórias criam vida. Descubra agora