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A sala foi revirada e tudo que você fez foi observar, não que você pudesse fazer muito, nocautear o homem à sua frente para fugir não era nada esperto, e você duvida que conseguiria acerta-lo com as mãos amarradas

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A sala foi revirada e tudo que você fez foi observar, não que você pudesse fazer muito, nocautear o homem à sua frente para fugir não era nada esperto, e você duvida que conseguiria acerta-lo com as mãos amarradas. Ao som do mínimo movimento que você faz é perceptível uma mudança no homem, embora ele não deixe de procurar e recolher o que quer que ele queira pela sala, você pode ver os ombros ficando levemente tensos e depois relaxando quando percebe que você ainda está plantada ao lado da porta no mesmo lugar onde ele te deixou.

Observá-lo te fez aprender algo, se você queria realmente escapar dele com vida, você precisaria ser muito esperto, obviamente você não conseguiria superá-lo na força física, e aparentemente um vaso não o derrubaria com facilidade. Homens como esse não são enganados facilmente, oferecer-se a ele não adiantaria também, e você particularmente prefere não seguir essa abordagem.

Ele se move em sua direção, as palavras que ele disse antes ecoando na sua mente, um calafrio percorre seu corpo quando seus olhos se encontram. Ele não deixa vitimas, ou ele me matará aqui, ou planeja tentar conseguir mais informações de mim com algum tipo de tortura.

Você vê na mão dele a carta, aquela que você leu, e mais algumas, o conteúdo das outras permanece oculto para você.

"Que tal ser uma boa garota pra mim agora?" Ele parece sorrir sob a máscara, seus olhos diminuem, o tom de sua voz parece mais profundo e abafado. Não há tempo para pensar no que ele quis dizer com isso já que antes que você possa dizer algo ele está tirando uma faixa preta de um dos bolsos do colete e prendendo em volta de seus olhos, ele se certifica de que a faixa esteja cobrindo bem seus olhos, e depois ele cola uma fita sobre sua boca.

Agora você tem certeza, ele vai te levar junto, para matá-la, arrancar informações que você já disse não ter, ou pior, levá-la para sabe-se lá que tipo de organização que ele faz parte, e aproveitar do seu corpo.

As mãos dele fazem contato com seu quadril e logo você está dobrada sobre o que você julga ser o ombro dele, um suspiro baixo é tudo que você pode dar, é difícil respirar de cabeça para baixo mas você não pode reclamar.

Ele fala algo quando desce as escadas, mas você não entende muito bem, a sensação de tontura ao ficar de cabeça para baixo abafa o que ele fala, a sensação de que talvez tenha mais alguém com ele te deixa com uma sensação de medo pior do que antes.

Você nunca se considerou uma pessoa boa em mascarar emoções ou até mesmo a expressão que seu rosto fazia, mas após David se revelar você teve que se tornar boa naquele teatro, ou então você tem certeza de que acabaria morta e enterrada no quintal daquela casa, e seus pais jamais saberiam onde você está. O pensamento se torna cada vez mais sombrio, puxando você para o pensamento de que talvez morrer agora poderia ser melhor do que o que quer que te espere.

A sua atenção é voltada para os passos que ele dá. O barulho da porta de um carro abrindo acende um instinto de fuga, você não tem certeza de que parte do mundo você está agora, mas conhece um pouco da redondeza, e sabe que se entrar naquele carro com certeza não saberá aonde vai parar.

The Deaths Haunts Me || Simon Ghost RileyOnde histórias criam vida. Descubra agora