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-Mis Valery... o que devo pela honra de tê-la em minhas humildes instalações? Chegou bem de viagem? Mandarei prepararem seu quarto.

-Orfeu, está bem pelo visto.

-Sim, sempre caminhando pro sucesso.

-Esse é o meu noivo, viemos convidá-lo para nosso casamento.

-Não! Como conseguiram enlaçar esse coração gélido?

-Foi bem difícil senhor Orfeu, aliás, muito prazer. Ilisean Well.

-Ilisean... humm... formoso... Quem diria que abominações como nós, conseguiriam viver um amor... e com alguém lindo! Agora estou cheio de esperanças Mis Valery.

-Curioso não é?! -Ela entrega o convite a um de seus servos.

-Aproveitando que está aqui, venham comigo pois preciso te atualizar sobre os negócios.

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Como o Orfeu é:

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~Como o Orfeu é:

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Olhei para ela tentando buscar uma resposta de como deveria agir. Como seu noivo eu deveria acompanhá-la, mas como sua serva, eu jamais deveria me intrometer em seus negócios.

Felizmente ela entendeu e logo resolveu a situação, dizendo que eu estava indisposto e gostaria de dormir um pouco antes de seguirmos viagem.

Um dos homens me levaram para o quarto no último andar, fiquei surpresa por ver que já tinham arrumado tudo e até mesmo preparado um banho quente.

O quarto é bem elegante, com tudo da mais alta qualidade, a cama é grande e feita de carvalho com lençóis de seda azuis.

Estava tão tensa que mal consegui tomar meu banho, a paranoia me perseguiu e comecei a achar que alguém estava á espreita todo momento.

Pensando que se alguém olhasse por uma fresta, por menor que seja, descobriria tudo e eu acabaria morta ao lado de minha falsa esposa.

Fiquei agoniada no quarto esperando ela voltar. Olhei pela janela e vi os dois conversando, pareciam ter muita afinidade um com o outro, posso jurar que a vi gargalhando com ele.

Eles andam pelo gramado baixo, olhando e analisando cada metro da propriedade, confesso que não consegui decifrar quais tipos de negócios eles tinham.

Não me permiti fazer minhas suspeitas, depois de tudo que presenciei, nada de bom havia de ser.

Horas se passaram e ela chega entrando no quarto:

-Amanhã de manhã seguiremos com a entrega dos convites.

-Certo, precisa de alguma coisa senhora?

-Não.

Coloquei uns lençóis no chão e me deitei lá, como a cama já estava preparada não tive muito o que organizar.

Passamos bem a noite, de manhã cedinho tudo já estava na carruagem.
Tomamos café numa mesa enorme, com as comidas mais diversas, tudo na mais alta etiqueta.

Estávamos prestes a sair quando Orfeu veio nos dizer que um hóspede Z havia acabado de chegar.

Nos entre olhamos, dessa vez não tinha como eu estar fora dos assuntos dela, tive que acompanhá-los.

Andamos até uma parte mais afastada da torre, de frente a um enorme armazém, vários servos estavam á postos, apenas esperando por uma ordem, com o sorriso falso e olhos curvados.

Eles abrem as enormes portas de lata, adentramos no breu, assim que fecham as portas, luzes acendem.

Uma mulher estava amarrada ao centro do salão, machucada, quase a beira da morte.

-Aaaaaa seus vermes! Quando eu sair daqui vocês irão ver, tudo isso por conta daqueles ratos! Tao insignificantes, poderíamos fazer uma bela parceria... mas são apenas aberrações idiotas! -Ela dizia.

-Cala a boca! -Orfeu bate com força no rosto machucado da mulher com o bastão que usava para se apoiar.

Assustada com tamanha audácia e falta de lucidez dessa mulher, eu apenas tento não demonstrar reação.

-Perdão senhorita Valery. -Ele segue com a prisioneira arrastando-a pelos cabelos até uma das várias salas que o armazém tem.

Seguimos ele, como se ele fosse um guia no museu. Dentro dessa sala havia várias plantas, como um enorme e lindo jardim de inverno. Laranjas por toda parte, ao centro uma mesa de varanda, simples, mas muito bonita.

Orfeu prende a "hóspede" na cadeira e lhe oferece um suco.

Ela hesita em beber, mas logo bebeu tudo num gole, como se estivesse sem comer ou beber à dias.

Em seguida ele acena com a cabeça para um dos servos, que leva a mulher para outra sala.

-Tudo na mais perfeita ordem. -Orfeu diz contente.

Nenhum outro comentário em relação ao ocorrido se esteve presente. Entramos na carruagem e seguimos viagem.

Orfeu com sua simpatia assustadora, assena de longe e grita dizendo que iria comparecer ao casamento.

                            『••❈••』

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