Capítulo 17

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Freen Sarocha Point Of View

Sinceramente achei que seria fácil ficar longe de Rebecca por uma noite, mas meu corpo implorava pelo seu, por seu calor, por seus lábios.   

Naquela mesma noite demorei para pegar no sono, meu corpo estava febril, minha mente fervilhava e de todos meus pensamentos Rebecca era a principal. E por cerca das 3 horas da madrugada, o sono bateu em minha porta, e como já era de se esperar, sonhei com Rebecca. Um sonho diferente dos quais eu já tive, um sonho um tanto obsceno.
 
Meu despertador tocou um pouco mais tarde na manhã de domingo, mesmo com poucas horas de sono, eu acordei com a energia recarregada.

Tomei um banho morno, aproveitei para lavar meu cabelo e fiz minha higiene matinal, abri meu closet e a montanha de roupa caiu em cima de mim, cocei a cabeça enquanto olhava para as roupas no chão, esperando que elas se dobrassem sozinhas, peguei uma calça jeans e uma camisa preta lisa, vesti rapidamente. Escutei alguém bater na minha porta, olhei para as roupas no chão e bufei.
 
Poderia ser a Rebecca....droga!
 
Peguei as roupas de qualquer jeito e joguei todas novamente no meu closet, se Angela estivesse aqui, iria me xingar uma semana toda.
 
— Já vai! – Falei assim que mais batidas foram dadas.
 
Fechei o closet rapidamente, arrumei minha cama por cima, chutei meus tênis para o canto do quarto, respirei fundo e abri a porta.
 
— Ah.... É você! – Desmanchei o sorriso olhando para Billy na minha frente.
 
— Esperava que fosse quem? A Princesa? – Ele revirou os olhos.
 
Sim!
 
— O que você quer?
 
— Te entregar suas coisas, a não ser que você não queira.
 
Todos os domingos a família real deixava os alunos mais a vontade, devolvendo os celulares, MP3, videogames portáteis ou cartas de baralho, CDs ou DVDs favoritos, a única coisa que eles não devolviam era maços de cigarros, bebidas, canivetes ou outras coisas consideradas ruins.
 
Peguei a pequena caixa de papelão escrito meu nome na lateral, e sorri para o homem agradecendo para depois fechar a porta.

Abri a caixa e peguei meu celular, tinha várias mensagens, tantas mensagens que travou meu celular, esperei alguns minutos para todas as mensagens serem recebidas, enquanto eu esperava, resolvi arrumar as roupas no meu closet, e terminei em alguns minutos.

Deitei na cama, peguei meu celular e abri as mensagens de Heng, tinha quase 500 mensagens só dele.

Meu irmão me enviava mensagens todos os dias, contando como tinha sido seu dia, que estava com saudades, e que tinha conhecido uma garota na escola.

Levantei uma sobrancelha enciumada, ele tinha me mandado uma foto com a garota, ela tinha os cabelos loiros e seus olhos eram castanhos. Liguei para o garoto, tocou quatro vezes e ele atendeu.
 
— Já está na hora de acordar! – Falei sorrindo.
 
— Freen, é meia noite. Você me acordou de madrugada. – Ele resmungou.
 
— Bom dia meu amor, aqui são 7 horas da manhã.
 
— Bom dia é só depois das 10 horas, Freen. – Escutei um barulho no fundo, como se ele tivesse deitando na cama novamente.
 
— Não seja chato, me conte quem é essa garota.
 
— É a Amber. – Ele riu baixo. – Ela é da aula de química, e faz dupla comigo.
 
— Hm...
 
— Contei para ela que quero fazer faculdade de pediatria, ela ficou super feliz, e agora me chama de Doutor Assavarid. – Ele riu bobo.
 
— Quantos anos ela tem?
 
— Hm... não sei.
 
— Heng...
 
— Está bem, ela tem dezoito.
 
— Heng, você só tem 15 anos!
 
— Não seja chata, Freen. –  Ele bufou e fez uma pausa. – Papai e Mamãe gostaram dela. – Respirei fundo e fiquei em silêncio. – Mana, ela é uma boa pessoa.
 
— Eu que tenho que ver isso. – Falei mal humorada.
 
— Me conte de você. Como você está? O que faz de bom? E as novidades?
 
— Eu estou bem, fiz muitas coisas esses dias, estou sentindo que estou mudando, Heng. – Ele comemorou do outro lado da linha. – Ganhei um cavalo. Hm... mano, estou apaixonada.
 
— VOCÊ O QUE? MEU DEUS FREEN SAROCHA, O QUE VOCÊ DISSE? – Escutei a porta sendo aberta do outro lado da linha e alguns murmúrios. – Estou falando com a Freen, mãe. – Minha mãe disse alguma coisa. – Desculpa, não vou ficar gritando. – Mais alguns murmúrios, então sua atenção voltou para mim. – Mamãe pediu para você ligar para ela.
 
— Okay! – Sorri.
 
— Agora me diz, você está apaixonada? É isso mesmo? Por quem?
 
— Sim, eu estou apaixonada. – Mordi o lábio.
 
— Por quem?
 
— Isso não importa agora, mas posso te dizer que é uma garota. – Suspirei.
 
— Uma garota, huh? Se você não me dizer, eu vou descobrir, você sabe, não é?!
 
— Sei sim. Eu vou te contar, tenha paciência, Heng.
 
— Paciência é o meu segundo nome. –  Ele fez uma curta pausa. – O primeiro é sem.
 
— Eu sei. – Gargalhei.
 
— Freen, vou voltar a dormir, me liga daqui a 5 horas.
 
— Vou ligar depois, esteja ao lado da mamãe.
 
— Você sabe que hoje é domingo, é dia de reunir a família, todos vão estar aqui bem cedo.
 
— É verdade, eu ligo depois. – Olhei no relógio e já estava na hora de servir o café da manhã.
 
— Okay, beijos. Até depois.
 
— Até.
 
Heng desligou o celular.

𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧 𝐭𝐫𝐚𝐢𝐭𝐬 - 𝐅𝐫𝐞𝐞𝐧𝐛𝐞𝐜𝐤𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora