Capítulo 20

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Rebecca Armstrong Point Of View

Eu poderia dormir por toda minha vida ao lado de Freen, era perfeito o modo como seu corpo se encaixava com o meu, como seu calor era gostoso, como seu cheiro era maravilhoso.
 
Distante dos meus sonhos, meu celular tocava sem parar me trazendo de volta a realidade, abri os olhos e olhei para os lados, vi meu celular brilhando em cima do criado mudo, me debrucei por cima de Freen e peguei o aparelho. O número era desconhecido, sentei na cama e atendi.
 
— Alô? – Falei sussurrando.
 
— Olá, querida.
 
— Espero que você seja importante, para me ligar às...– olhei no relógio. – 3:30 da madrugada.
 
— Eu sou sim, vou ser o cara mais importante da sua vida.
 
— Nop?
 
— Acertou!
 
— Por que está me ligando? – Deitei novamente, me virei de frente com Freen e fiz um carinho no seu rosto.
 
— Queria saber se seu número era verdadeiro.
 
— É sim, Irin que te falou?
 
— Não, foi sua mãe.
 
— Claro.
 
— Como está você e a Sarocha? – Olhei para Freen e sorri.
 
— Estamos bem.
 
— Melhor assim. Nossa foto teve várias curtidas, estou famoso.
 
— Uhum. – Passei o polegar sobre os lábios de Freen.
 
— Hm... Rebecca, sua mãe está planejando algo para esse tal baile.
 
— Tipo o que? – Franzi o cenho.
 
— Ela quer anunciar que estamos namorando.
 
— O que? – Freen se remexeu na cama. – Espere um segundo.
 
Joguei as cobertas de lado e escorreguei para fora da cama, peguei meu robe e cobri meu corpo rapidamente.
 
— BecBec... – Freen disse levantando a cabeça.
 
— Volte a dormir, amor. – Beijei seus lábios. – Preciso resolver um assunto.
 
— Volta logo! – Ela me olhou de cima a baixo e sorriu.
 
— Não vou nem perguntar o motivo por esse sorriso. – Fechei meu robe.
 
— Você, é claro! – Ela afundou o rosto no travesseiro. – Volta logo!
 
— Voltarei!
 
Corri para fora do meu quarto, pedi para meus guardas privacidade e coloquei o celular no ouvido, escutei Nop cantando e tocando violão.
 
— Nop?
 
— Estou aqui, querida.
 
— Então, o que sabe sobre o baile?
 
— Espero que esteja preparada para dançar com o melhor cara da festa.
 
— Oh não, a valsa.
 
— Sim, pense bem, já fomos vistos juntos no jardim do castelo, vamos estar dançando na frente de todos, não só convidados como também de jornalistas.
 
— Droga!
 
— Sugiro que avise a Sarocha, para que ela não tente me matar.
 
— Estamos namorando.
 
— Oh meu Deus. – Ele falou pausadamente.
 
— E ela não gosta de você.
 
— Problema é dela. – Dei risada. – Você está com ela agora?
 
Olhei em volta e vi que meus guardas estavam distantes o suficiente para não ouvir nossa conversa.
 
— Sim, ela está dormindo na minha cama.
 
— Uh. Que rápido!
 
— Não é nada do que você​ está pensando. – Ele riu e murmurou alguma coisa. – Nós só estamos dormindo juntas.
 
— Claro. Vai lá, não quero que ela me odeie mais por atrapalhar algo.
 
— Você só atrapalhou meu sono. – Abri a porta do meu quarto lentamente. – Devo te odiar?
 
— Impossível me odiar.
 
— Convencido. – Revirei os olhos.
 
— Okay, então volte ao seu sono e amanhã eu te ligo. Boa noite, futura noiva.
 
— Boa noite. – Desliguei o celular e larguei ao lado do meu travesseiro.
 
Sentei na cama e olhei para Freen, tirei seus cabelos de seu rosto deixando-me ver seu rosto, ela estava tão serena e inocente, me deitei ao seu lado sem deixar de olhar para cada detalhe do seu rosto, deslizei meu dedo indicador na lateral do seu rosto, passei o polegar por seus lábios e dei um beijo bem demorado.

Era tão estranho eu me sentir apaixonada por alguém, Freen de longe foi a pessoa que um dia eu sonhei me apaixonar, mas tudo aconteceu do nada e foi mais forte do que nós. Me alinhei ao seu corpo, ela puxou a coberta por cima dos nossos corpos, me abraçou e me puxou​ para mais perto de si, ela deu um beijo na minha testa e resmungou alguma coisa sobre Nop, minutos depois senti sua respiração lenta batendo no topo da minha cabeça, peguei no sono rapidamente.
 
[...]
 
No mesmo horário de manhã escutei meu despertador tocar, no terceiro toque o som logo parou porque Freen arremessou meu relógio na parede, pulei na cama assustada.
 
— Freen! O que? Que isso? Mas..., mas por que você fez isso?
 
Ela estava deitada de bruços com um dos braços para fora da cama, vi meu relógio estraçalhado no chão perto da parede da frente.
 
— Que barulho chato. – Ela resmungou.
 
— Você disse que iria sair antes de eu acordar. – Desci da cama. – Acho que você está atrasada.
 
— Uhum...
 
— Freen, levanta!
 
— Que horas são? – Ela falou com a cara enfiada no travesseiro.
 
— Não sei, porque você quebrou meu relógio. Vamos levanta! – Balancei seus ombros.
 
— Não... – Ela choramingou. – Só mais cinco minutos.
 
— Está bem. Só mais cinco minutos, sua preguiçosa.
 
Coloquei meu robe e caminhei até o banheiro, tirei minhas roupas pronta para tomar banho mas fui interrompida quando escutei alguém batendo na porta, coloquei a cabeça para fora do banheiro e olhei para Freen, ela levantou o polegar e apontou para porta, franzi o cenho não entendendo "seus sinais", ela se virou de lado e voltou a dormir.

𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧 𝐭𝐫𝐚𝐢𝐭𝐬 - 𝐅𝐫𝐞𝐞𝐧𝐛𝐞𝐜𝐤𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora