Capítulo 24

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Rebecca Armstrong Point Of View

Acordei antes mesmo do alarme do meu celular tocar.

Eu estava abraçada nas costas de Freen, além de estar agarrada na sua camisa preta e com as pernas entrelaçadas na sua cintura como um filhote de coala.

Me afastei lentamente para não acordar a garota, beijei sua nuca, seu ombro e deixei um rápido beijo na sua bochecha e sai da cama, corri para o banheiro, tomei um banho relaxante e quente, lavei meus cabelos, tirei todo o laquê da noite anterior. Me enrolei na toalha e sai secando meus cabelos, entrei no closet e procurei por um vestido.

Vi meu celular vibrar em cima da cômoda, corri para ver o que significava, era uma mensagem de Nop St. Clair.

[Nop St. Clair: Precisamos conversar.]

Revirei os olhos e bufei, olhei por cima do celular e vi Freen sentada na cama esfregando os olhos, seus cabelos estavam uma bagunça e suas bochechas levemente rosadas, sorri com aquela cena.

— Hey, babe! – Caminhei até ela. – Volte a dormir. – Me ajoelhei na cama e beijei seus lábios.

— Uh-uh. – Ela sorriu entre o beijo.

— Está cedo, amor. – Empurrei seus ombros de volta para o colchão.

Ela deitou com um pouco de relutância, vi seus olhos passear por meu corpo, fazendo minhas bochechas corarem, fiz menção de sair da cama, mas suas mãos foram ligeiras e me puxaram para o colchão novamente.

— Eu preciso levantar. – Falei tentando escapar dos seus braços.

— Está cedo. – Ela me abraçou mais forte.

Desisti de tentar fugir, simplesmente porque era mais fácil de aceitar que estar com Freen era mil vezes melhor do que me arrumar. Freen deitou a cabeça no meu ombro e começou a fazer um carinho no colo dos meus seios, fazendo minha pele se arrepiar aos poucos.

— Dormiu bem? – Ela perguntou com a voz baixa.

— Sim...– Respirei fundo sentindo seus dedos desceram para a linha da toalha. – E você?

— Perfeitamente. – Sua voz saiu mais lenta do que o normal.

Ela desfez o nó da minha toalha, olhei nos seus olhos e vi que não tinha malícia, estavam claros e serenos. Seu dedo indicador desenhou minha clavícula e desceu em linha reta, passando entre meus seios até meu abdômen, sua mão de espalhou na minha barriga.

— Freen...

— Sim? – Ela levantou a cabeça para me olhar nos olhos.

Pensei em mandar ela parar de fazer aquela carícia, mas eu estava tão à vontade e manhosa, aquilo era ótimo, um mimo que eu estava precisando.

— Quer me contar o que houve ontem? – Levantei uma sobrancelha.

Ela apoiou o cotovelo na cama e deitou a cabeça em seu próprio ombro rindo baixo e negando com a cabeça.

— Aconteceu tanta coisa, amor.

— Você vestida de Zorro. – Deitei de lado, ficando de frente com ela.

— Zorro, não. Eu prefiro...– Ela levantou a mão para enfatizar o nome. – "O mascarado".

Gargalhei e tive um beijo roubado, antes que ela se afastasse segurei seu rosto e me aprofundei no beijo, Freen levou sua mão até minha cintura e me puxou ao seu encontro, nossos corpos se chocaram de leve e mesmo assim, me fez arfar. Senti o tecido da sua roupa no meu corpo descoberto, o calor que exalava da palma da sua mão segurando minha cintura, seu perfume natural...

— Você ainda quer saber o que aconteceu ontem? – Ela perguntou contra meus lábios.

— Quero...

— Droga! Retira o que eu disse. – Ela mordeu meus lábios.

Me afastei um pouco e a olhei nos olhos, ela uniu as sobrancelhas confusa, eu revirei os olhos.

— Conta logo. – Ela estalou a língua.

— O que você quer saber?

— Tudo. – Empurrei seu corpo contra o colchão e deitei no seu ombro, coloquei meu rosto na curva do seu pescoço e sorri ao ver sua pele arrepiada. – Pode começar.

— Uh...– Ela limpou a garganta. – No meio da festa, Georgia me chamou em particular para me dizer algumas coisas sobre o Nop, coisas que eu já sabia. – Ela fez uma pausa. – Ela disse que ele estava passando mal e que não poderia dançar a valsa com você, então ela e Chelsea acharam melhor eu substituir o lugar dele.

— Elas sabiam que ele estava mal... – Falei pensativa, ligando os fatos.

— Sim. – Freen começou a fazer um cafuné no meu couro cabeludo.

— Mas como você sabia todos os passos?

— Eu ficava olhando vocês ensaiar. – Ela deu de ombros.

— E a roupa de zorro?

— Mascarado. – Ela me corrigiu. – O terno era do Saint, a cartola era da Georgia, e as luvas e a máscara da Bianca.

— Mas... e os holofotes?

— Mary que colocou.

— Como você conseguiu se arrumar em tão pouco tempo?! – Ela riu.

— Colocar o terno foi fácil, não precisei de maquiagem, já que eu estava usando máscara. O que deu trabalho foi colocar todo meu cabelo dentro da cartola. – Ela riu de novo.

— Céus... – Passei a mão no rosto.

— Depois que eu te fiz gozar, eu...

— Freen!

— O que? – Ela me olhou com os olhos arregalados.

— Não fala assim, parece ser tão... vulgar.

— BecBec...– Ela riu alto. – Isso é normal.

— Não é não.

— É sim. – Ela segurou meu queixo. – Posso te mostrar como é normal te fazer gozar.

— Freen...– Senti minhas bochechas queimarem.

Sua mão desceu pelo meu corpo, desenhando cada curva com as​ pontas​ dos dedos, ela sorriu e me olhou nos olhos.

— É delicioso seu gosto. – Ela segurou firme minha cintura. – É maravilhoso ouvir seus gemidos.

Senti meu corpo acender tão rápido quanto gasolina perto do fogo, segurei seu rosto e puxei para perto, rocei meus lábios nos seus, senti sua mão subir pelas​ minhas costas e descer para minha bunda.

𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧 𝐭𝐫𝐚𝐢𝐭𝐬 - 𝐅𝐫𝐞𝐞𝐧𝐛𝐞𝐜𝐤𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora