O Amigo Do Meu Pai

EP - 6

Madelyn

Quando acordei do pesadelo, vi meu tio Rodrigo e o abracei muito forte, estou muito suada, mas mesmo assim o abraço a sensação do seu corpo me acalma.

- calma sol, eu estou aqui - diz carinhoso, me afasto dele e o mesmo coloca meus fios que estão molhados por causa do calor, atrás da minha orelha. - vou pegar um copo de água pra
Você - diz e tenta se levantar,  mas o seguro pala mão.

- não me deixa sozinha, por favor - digo com lágrimas nos olhos.

- meu sol, só vou pegar um copo de água pra você, se quiser pode vim comigo - diz tentando me acalmar e eu concordo, levanto e vamos pra cozinha ainda estou com medo por causa do pesadelo então estou segurando a mão do ro, o mesmo enche um copo de água e bebo.

- quer falar sobre o pesadelo - diz fazendo carinho na minha bochecha.

- promete não rir de mim - digo e o mesmo abre um sorriso carinhoso.

- prometo meu sol

- sonhei que tava numa casa e estava tudo escuro até que escutei uma zuada, então segui mas não achei nada, quando virei pra voltar, apareceu o Chuck na minha frente e ele disse " ok, você está morta" aí então ele veio pra cima de mim e foi quando acordei - digo e percebo que Rodrigo e está se segurando pra não rir, e fico com vontade de chorar porque ele deve tá pensando que ainda sou criança, me levanto pra voltar pro quarto mas ele me segura.

- desculpa meu sol, não foi minha intenção

- você prometeu que não ia rir - digo com lágrimas nos olhos e percebo sua preocupação.

- vem aqui - diz me puxando pro seu abraço - me perdoa tá bom? Sou um completa de um idiota.

- você deve tá pensando que ainda sou uma criança medrosa - digo chorando e ele me aperta mais forte no seu abraço.

- não, claro que não, todos nós podemos ter pesadelos e também ter medo, é normal. - diz se afastando pra me olhar, e limpa minhas lágrimas que cai pra minha bochecha.

- sério?

- sim meu sol - diz e o abraço forte.

- quer um leite quente pra você dormir ? - pergunta e sorrio porque agora sim parece que sou uma criança.

- agora sim parece que sou uma criança - digo sorrindo e o mesmo sorrir.

- sabe isso tá me lembrando quando gian veio pela primeira vez aqui em casa - diz sorrindo - ele ficou com medo, eu e minha esposa fizemos de tudo pra ele se sentir melhor, aí fiz um leite quente e foi a primeira vez que ele sorrio pra gente.

- quando adotou ele, ele tinha quantos anos? - pergunto curiosa.

- 10 anos, os pais biológicos deles, tinham falecido num acidente, igual que minha esposa faleceu, ela tinha ido pegar um bolo pra bater no parabéns dele, acabou que o carro perdeu o controle e capotou - diz e percebo seus olhos com lágrimas

- tio eu...

- sabe, quando ela ficou sabendo que não podia gerar um filho, ficou muito triste, seu maior sonho era ser mãe, claro que isso me destruiu então fiz de tudo pra ela ficar feliz, até ter a ideia de adotar, demorou mas conseguimos adotar e aconteceu que aconteceu.

- como vocês se conheceram? - pergunto e o mesmo sorrir

- na faculdade, eu era uma pessoa bem popular na faculdade, ela também, então, acabou que ficamos juntos, sabe o que mais dói,  quando ela morreu o Gian tinha acabado de fazer 11 anos, ela nem passou muito tempo com ele - diz e o abraço

- concerteza ela deve tá cuidando dele de onde estiver, quando perdi minha mãe, foi horrível a dor do luto, as lembranças tudo, mas tive que ser forte por causa do meu pai e minha irmã - Rodrigo me olha.

- então você não teve tempo de sofrer com o luto?

- não - digo com lágrimas nos olhos dando um sorriso - toda noite eu choro com saudades dela, a mulher que me ensinou a andar, escrever, a ser quem sou hoje - digo sorrindo com lágrimas nos olhos - essa dor é insuportável.

- sim é - diz me olhando e enxuga minhas lágrimas, bebemos o leite quente e já estou com sono, mas ainda estou com medo.

- Rodrigo.....eu....posso dormir com você? - pergunto com medo mas o mesmo sorrir.

- claro, sol, vamos pro quanto -  deito na cama o mesmo coloca uma camisa e se deita também.

- boa noite

- boa noite, sol

Fim do EP
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