capítulo 3

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Margareth Raymond

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Margareth Raymond

Fico um tempo olhando para meu reflexo no espelho, que em nada se parece com a mulher que saiu da casa de minha irmã. Desço a escada e escuto dona Emily conversando com meu cunhado.

– Sua cunhada vai me acompanhar, ela será a babá de meu filho. – Paro em um ponto que eles não me veem.

– Margareth é muito competente e caprichosa com o trabalho, a senhora não irá se arrepender de haver tomado essa decisão.

– Estou gostando e meu filho se adaptou bem aos seus cuidados. Agora, com a adoção de Will, meu irmão é quem deve vir à cidade para administrar meus bens, mas peço que o senhor continue indo à fazenda duas vezes ao ano. – Desço as escadas sem fazer barulho.

– Sim, senhora. Tudo será feito conforme seu desejo. – Seu rosto se vira em direção à escada dorsal e, ao me ver, seus olhos se abrem em espanto. – Margareth? A senhora está diferente.

– Bom dia, poderia despedir-se de Matilda por mim. – Ignoro seu comentário e ele continua me olhando abobalhado.

– Vamos, Maggie?

– Vamos, senhora. – Faço uma saudação ao meu cunhado e saio da casa. A rua está fria e diferente de quando cheguei. Ajusto o xale em volta do meu corpo, ele está quentinho. O cocheiro nos ajuda a subir na carruagem, sento-me em um lado e a senhora Emily com Will no outro, ao meu lado, tem algumas cestas.

– Míriam colocou algumas guloseimas. Não pretendo parar para comermos, assim, ao anoitecer, estaremos chegando em casa.

Nossa partida para sua fazenda foi tranquila, porém longa e algumas vezes fiquei com Will no colo para dona Emily descansar e vice-versa. Às vezes, quando ele estava no colo da outra, cochilávamos, pois apesar da carruagem ser bastante confortável, a viagem era cansativa. Quando a noite principiava, paramos.

– Chegamos, senhora. – O cocheiro abre a porta e nos ajuda a descer. Olho para casa de dois andares bem conservada, na frente tem um pequeno jardim e um caminho de pedra que lava até a porta, ajeito Will no colo e a porta abre, vejo um homem de cabelos castanhos bagunçados e roupas simples.

– Irmãzinha, estava ficando preocupado.

– Matthew, irmão! – Dona Emily vai ao seu encontro, ele anda um pouco e posso observar que ele manca, por isso que ela disse que as crianças não o aceitavam. Lembro-me de que tínhamos um vizinho que mancava e as crianças o rejeitavam. Minha mãe falou que muitas crianças como ele eram rejeitadas pelos pais também. Ela segura a sua mão e o guia até onde estamos, ele me olha sério e depois para o bebê em meu colo. – Venha, irmão, esse é Will, meu filho, eu o adotei. Essa é Margareth, ela vai me ajudar a criá-lo.

– Oi! – Sua voz sai seca, demonstrando seu desagrado.

– Boa tarde, senhor. – Ele estreita os olhos, fico com medo de que ele possa me dispensar.

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