Capítulo 3: Retorno

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O acampamento estava a poucos quilômetros das ruínas, uma coleção de tendas e equipamentos espalhados em um vale protegido. O sol começava a subir no horizonte, lançando longas sombras sobre o terreno árido enquanto a equipe se arrastava de volta, exausta e abalada.

Sofia, ainda sentia uma leve tontura. Seus pensamentos estavam fixos no artefato e nos eventos estranhos que haviam ocorrido. Precisavam descobrir o que estava acontecendo, e rápido.

Ao chegarem ao acampamento, foram recebidos por Luiz, o chefe da expedição, que imediatamente percebeu o estado perturbado de todos.

— O que aconteceu? — perguntou ele, preocupado.

— Encontramos um artefato nas ruínas — respondeu Sofia, com a voz firme apesar da exaustão. — Algo que nunca vimos antes. Mas logo após encontrá-lo, desmaiamos, e quando acordamos, alguns de nós estavam doentes. Precisamos de ajuda médica e de especialistas para decifrar as inscrições.

Luiz franziu a testa, mas não fez mais perguntas. Em vez disso, começou a organizar a equipe para garantir que todos recebessem os cuidados necessários. Enquanto isso, Robert reuniu Daniel, Lívia, John e Sofia para discutir o próximo passo. O artefato ainda estava nas ruínas, e eles precisavam descobrir mais sobre ele.

— Precisamos retornar às ruínas — disse Robert, a voz resoluta. — Mas desta vez, devemos estar preparados. Daniel, você pode trazer o equipamento de análise linguística? E vamos precisar de mais mãos para nos ajudar.

— Claro — respondeu Daniel. — Só preciso de um minuto.

A equipe preparou o equipamento e se armaram com todos os recursos disponíveis para investigar o artefato com segurança.

Quando o sol estava alto no céu, o grupo estava pronto para retornar às ruínas. Equipados com sensores, câmeras e ferramentas de análise, partiram em direção ao local onde o artefato foi encontrado.

Ao chegarem, começaram a trabalhar metodicamente. Robert instruiu a todos para manterem distância do artefato até que pudessem determinar a origem das inscrições. Daniel configurou os equipamentos de análise, enquanto Lívia, John e Sofia se concentravam em documentar cada detalhe do artefato. Horas se passaram enquanto a equipe trabalhava incansavelmente. Finalmente, Daniel chamou a atenção da equipe, seu rosto refletindo uma mistura de surpresa e preocupação.

— Robert, acho que encontrei algo — disse ele, apontando para a tela do computador. — As inscrições no artefato não correspondem a nenhum idioma humano conhecido. Parece uma combinação de símbolos de várias culturas antigas, mas com padrões que não conseguimos decifrar.

Robert franziu a testa, olhando para a tela. Os símbolos eram complexos, intricados e não faziam qualquer sentido.

— E há mais — continuou Daniel. — O artefato emite uma forma de radiação que não conseguimos identificar. Não é perigosa em pequenas doses, mas deve ter sido a exposição prolongada que nos fez desmaiar.

O coração de Sofia bateu mais rápido. As peças do quebra-cabeça começavam a se encaixar, mas a imagem que formavam era assustadora. Quem teria criado algo assim, e para qual finalidade?

— Precisamos de ajuda externa — disse Robert. — Vou entrar em contato com especialistas em linguística. E precisamos isolar este artefato até entendermos melhor o que estamos lidando.

Todos concordaram, e enquanto começavam a embalar o equipamento, Sofia não conseguia afastar a sensação de que estavam apenas arranhando a superfície de um mistério muito maior. Algo os observava, algo antigo e poderoso, e sabia que precisavam estar preparados para o que estava por vir. Com o artefato cuidadosamente embalado, a equipe voltou ao acampamento, onde Luiz aguardava ansiosamente por notícias.

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