Amor et Scelus (SASUSAKU x MÁFIA)

Contractus

CAPÍTULO 5

Sakura sentiu calor, depois frio, depois congelou. Encarou Sasuke, certa de que ouvira mal.

– O que disse?

–A famiglia não é mais poderosa como antes, mas também não quero perder ninguém de vista. O casamento dará proteção para você e Salvatore, do contrário, ficarão vulneráveis.

– Não. Impossível... Casar com você! Nada sabemos um sobre o outro.

– As circunstâncias de nosso relacionamento não são comuns. Além disso, já fizemos coisas fora da sequência, não acha?

Ela riu, mas foi com tristeza.

– Nosso caso nada tem a ver com um romance.

Ele concordou.

– Por isso quero assegurar que lhes darei toda a proteção.

– Oh, Deus!

– Sakura...

– Não. – Ela se afastou. – Isso é absurdo, precisa encontrar outra maneira de proteger Salvatore.

– Não há. Existe um código silencioso, gattina... Podem ser bandidos, mas respeitam a família. Com o casamento, você e Salvatore ficam além de seus limites.

– Mas ainda não será uma garantia total, certo?

Sasuke deu de ombros.

– Nada na vida é garantido. Não tenho intenção de me envolver naquele estilo de vida, mas haverá resistência. Um casamento temporário será a melhor opção.

A fria declaração fez ela estremecer. Sakura recuou até dar com as costas na janela.

– Não posso, Sasuke... Não posso simplesmente mudar de vida e levar meu filho para morar não sei onde, sempre olhando por cima do ombro para ver se não sou seguida!

– Veja! – Ele a segurou e fez um gesto displicente com a outra mão, fazendo com que ela olhasse para a rua, onde os guarda-costas vigiavam. – É assim que deseja que Salvatore viva? Cercado por homens de preto com armas? Honestamente, acha que terá um momento de paz no parque, sabendo que a vida dele pode estar em perigo a cada segundo do dia?

– Não é justo falar assim, Sasuke .

A risada amarga dele ecoou na sala.

– A vida nunca é justa, gattina – murmurou.

– Acredite, tenho grande experiência com injustiças. Por isso não desejo o mesmo para nosso filho. Ele terá meu nome e minha proteção.

– Mas não pode garantir isso, pode? Não é melhor procurar as autoridades e contar a respeito?

Ele suspirou.

– Posso fazer isso. Meus advogados sabem o que está acontecendo. Danzou pode ter cometido crimes no passado, ainda não sei. Porém, tecnicamente, ainda não cometeu nenhum crime, só fez ameaças veladas. E mesmo quando cometer algum crime, a justiça é lenta, Sakura, você deveria saber disso sendo advogada.

Ela sabia disso. Entretanto, não podia ceder.

– Ainda podemos...

– Podemos fazer muitas coisas – interrompeu ele –, mas nada será tão rápido como o que estou propondo. No mínimo nos dará tempo até que eu encontre outra solução.

Sakura se afastou. Pensou nos pais e no clima severo onde vivera. A falta de amor dos pais não fora apenas dirigida para ela. Eram frios um com o outro, e, enquanto crescia, Sakura percebera que o único motivo para terem permanecido juntos fora a obrigação que tinham para com ela.