004
Nishimura Riki
Eu havia prometido não só para mim, mas também para Saeyon, que nunca a deixaria.
Eu estava determinado a cumprir.
Ao entrar no restaurante, me vi puxando a cadeira para que a mesma sentasse. Me sentando ao seu lado.
Shin Sayeon…
Ela era perfeita e eu estive tentando negar isso a anos.
Desde que o dia começou minha mente tem me condenado com memórias de apenas alguns meses atrás.
Como as noites em que eu dormia em sua casa, e até mesmo coisas que eu não me lembro.
~ 2 meses antes ~
Já era o fim do inverno na Coreia, mas a temperatura permanecia a mesma a quase três dias.
Yeonnie havia me convidado para uma noite de filmes, e eu não pude recusar.
Mesmo que eu quisesse estar ali, eu tentei meu máximo ficar o mais fisicamente longe da mais velha, porque…
… Eu estava muito confuso ultimamente.
Eu e ela nunca tivemos problemas com toque físico.
Dividimos a cama, nos abraçamos, fizemos skin care um do outro e ela já havia me visto sem camisa incontáveis vezes.
Mas porque isso parecia estranho agora?
Já estávamos deitados para dormir e eu tinha insistido por um colchão separado, mas minha cabeça girava e eu não conseguia dormir naquele frio de merda.
Eu sentia o perfume de Sayeon ao meu lado, deitada em sua cama. E isso estava me deixando louco.
Minha mente me dizia para levantar, mas eu tentava encontrar coragem para isso.
Enfim, eu me levantei do colchão.
─ Yeonnie… ─ eu sussurrei. ─ Está dormindo?
─ Uhum, me deixe em paz. ─ resmungou, se mexendo um pouco.
Eu ri baixinho, subindo na cama e a abraçando por trás.
─ Certo. ─ sorri, envolvendo sua cintura em meus braços. ─ Vou ficar aqui apenas por um tempo aqui.
Pude ouvi-la bufar.
─ Ok… ─ senti uma de suas mãos tocar a minha.
Era estranho.
Era… muito bom.
~ Atualmente ~
Ao olhar para a vista à minha frente, eu pensava em como sempre fomos só nós dois. Em como quando eu era idiota e pensava que dormir de conchinha com a sua melhor amiga era normal.
Mas como eu senti meu coração bater tão forte como uma bateria aquela noite, ou senti a pele da mais baixa arrepiar sobre meus dedos.
E talvez, sempre fosse pra ser assim.
E o quanto mais eu achava normal, mais eu queria que esse fosse o nosso normal.
─ Nós temos que parar do nada para pensar na vida. ─ ela disse, sorrindo levemente enquanto olhava o cardápio do restaurante.
Eu a observei com cuidado, balançando a cabeça.
─ Ah, certo. Desculpa. ─ ri nasalado. ─ O que você vai pedir? ─ perguntei, olhando para o cardápio.
─ Esse. ─ apontou para o prato na folha.
Eu concordei com a cabeça.
─ O mesmo pra mim. ─ minha mão embalou a dela. ─ Mais alguma coisa?
Ela sorriu daquele jeito adorável de sempre, negando com a cabeça.
Depois de fazer o pedido eu me vi conversando com a garota ao meu lado sobre tudo e nada ao mesmo tempo.
Nossas conversas iam de como uma das amigas dela tinha beijado um garoto enquanto estava bêbada na festa de Ethan, mas não tinha memória disso, me fazendo questionar como se beija alguém nesse estado e não se lembra de nada?
Em seguida, o assunto foi a Kamari, que tinha perdido a hora três dias seguidos depois de passar a noite planejando uma viagem em grupo para Jeju no mês que vem.
E então, falamos sobre o ponto em que o Ethan estava correndo atrás da mesma garota a um mês, no caso, era a Layla.
Eu sinceramente desisti de entender esse grupo caótico que as quatro formam.
─ Vocês já pensaram em fazer terapia coletiva? ─ ri, deitando a cabeça em seu ombro.
─ A Layla se recusa a ir. ─ brincou, beijando minha testa.
─ Para onde vamos depois do almoço?
─ Podemos ver um filme. ─ eu concordei com um grunhido. ─ Na sua casa ou na minha?
─ Na minha. ─ respondi, me endireitando na cadeira ao ver nossa comida se aproximar.
Já depois de ter comido, nos levantamos e pagamos a conta.
Ao sair do restaurante já eram quase 15h, considerando que fomos almoçar praticamente às 13h30.
Andando na calçada de mãos dadas, o mundo pareceu fazer sentido mais uma vez.
Amar alguém pareceu muito menos clichê.
Gostar da melhor amiga pareceu menos inevitável.
Esperar o pior pareceu quase impossível.
E estar apaixonado por quem sempre foi pra ser…
… Ah, isso foi só o destino brincando comigo.
─ Sayeon.
─ Hum? ─ olhou para mim.
─ Obrigado. ─ eu parei para olhá-la nos olhos. ─ Obrigado por ser o meu destino.
Ela sorriu, eu amo citar esse fato.
Ao me inclinar, ergui seu queixo com uma das mãos. Olhando seus olhos brilhantes e as bochechas coradas que se tornaram comuns de ver na garota.
Meus lábios tocaram os dela em um beijo gentil e calmo, suspirando antes de sentir seus braços envolverem a minha cintura.
E no fim, eu não quero estar morto, eu prefiro estar vivo, eu quero você e eu realmente…
… Escolho acreditar que foi destino.
Fim.
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𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐲 •° - Niki
Romance࿐ 🖇!? Dois melhores amigos que fingem se odiar. = Sentimentos confusos. Sayeon e Niki são amigos desde os 6 anos, mas nos últimos meses certas situações despertaram novas sensações entre eles. Ou Nishimura Riki se condena por pensar que talvez este...