three - You belong to Me

5.9K 549 200
                                    

You're in my word now, you can stay, you can stay
But you belong to me, you belong to me....

            House of ballons - The weeknd


Capítulo 3

Mais loucura

                           NOLAN

    Eu sei por que eles vieram, porque tem um deles escondido aqui, mas o ignorei, não valeria a pena ver lágrimas de um cara mijão pedindo por misericórdia e para não matá-lo, e com certeza o mataria, mas eu gostava desse joguinho de gato e rato.

Entrego uma roupa para meu anjo, que a veste rapidamente. Ela não questionou o por quê ter roupas femininas e do seu tamanho na casa, mas vi seu olhar de julgamento, é tão expressiva, esse é o seu maior charme.

O tempo vai passando, e o barulho de  portas sendo arrombadas fica mais alto e mais próximo. "Vai ser incrível". Abro um sorriso de felicidade para matar esses cretinos. Pego meu facão dentro da minha bolsa que estava no chão, e Mia arregala os olhos.

— Você vai encarar armas com um simples facão?! — ela se exalta e ficou evidente sua expressão de descrença.

— Claro, anjo. — digo tirando o facão da bainha de couro preto. — Existe coisa melhor do que encarar seus inimigos que se acham mais poderosos só por ter armas? Para mim, com certeza não.

— Mas e se eles estiverem em mais de dez? — ela morde os lábios. Como eu queria colocar a minha língua entre eles, aqueles lábios carnudos e amarronzados como seus lindos mamilos. Quero enfiar minha língua dentro daquela boquinha e depois em sua boceta, fazendo-a implorar por mais.

— Não importa, podem estar em mil, mas se encostarem em você teriam uma morte lenta pra caralho. — Digo, me aproximando, e como sempre, ela tenta se afastar, mas envolvo meu braço em sua cintura e Mia se debate. — Se sequer olharem para você é um sinal que querem esse destino.

— Você nem me conhece, então por quê diz essas coisas como se fosse a porra do meu namorado? — Ela continua tentando se soltar de meu aperto.

— Se é isso que você acha. — solto-a e começo a me preparar para a chegada dos nossos "amigos".

— Você não respondeu a minha pergunta! — ela olha dentro de meus olhos, seus olhos negros que parecem ver minha alma, os mesmos que eu vi e fiquei obcecado anos atrás, os mesmos que aliviaram o peso de meus demônios, só faltava a merda do sorriso para completar.

— Eu te conheço bem até demais, só você que não me conhece. — me viro e tiro uma pistola da mesma bolsa que tirei o facão. — Toma, você sabe usar não é? — Ofereço a arma para ela.

— S-sim. — ela pega a arma. — Eu sei que agora não é hora, mas o que você quis dizer com "me conhece bem até demais"? — ela pergunta hesitante.

— Um dia você descobrirá. — dou-lhe outro sorriso. — Se prepare. — Digo, colocando as malas de mantimentos e roupas atrás do sofá.

   Ela hesita um pouco, se vira e entra em um quarto aleatório, sei lá pra que.

Vejo eles se aproximando pela janela, o barulho da porta sendo quebrada soa pela casa, e eu me sento no sofá.

— O que querem, Cavalheiros? — perguntou aos homens armados que entram na sala.

— Quem é você? — Um careca barbudo pergunta.

— isso importa? — ele tenta avançar em mim, mas é impedido por um cara de cabelo castanho e que usa roupas bregas.

The disaster Onde histórias criam vida. Descubra agora