𝗛𝗘 𝗟𝗢𝗢𝗞𝗦 𝗟𝗜𝗞𝗘 𝗔𝗡 𝗔𝗡𝗚𝗘𝗟 | 𝘚𝘰𝘶𝘵𝘩 𝘗𝘢𝘳𝘬

⁰²⁵ | 𝐛𝐚𝐝 𝐡𝐚𝐛𝐢𝐭𝐬

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Dias depois

- Aquilo foi um gatilho imenso para Vanny, que não cogitou em chorar, aquilo estava se repetindo outra vez, se afogou nas águas de seu passado tempestuoso.
Depois da morte de sua filha, ela pensou que nunca poderia quebrar seu coração de gelo.

Logo, ela se permitiu descobrir o amor outra vez, quando alugou sua casa, e aquele garoto apareceu, seu jeito gentil - até demais - a deixou intrigada.
Vanessa considerava [Nome] como um filho, um filho que nos momentos densos ela precisou.

Suas lágrimas já não existiam mais, pois seu filho retirou toda a escuridão de seu coração frio e gélido, como o nascimento de flores após o inverno.

Mas essa vida também pode causar cicatrizes, o mundo foi cruel, se perguntava se Deus tinha lhe castigado, seu filho estava morto.
Ela já não tinha mais o brilho em seus olhos bravos e brilhantes, ela tinha perdido seu filho, e a única coisa que restou, foi suas lágrimas.

Se afogando novamente nas garrafas naquela sala vazia e escura.
O som do silêncio foi intenso, e suas lágrimas molharam o chão, gota por gota, ela sabia, essa vida sangrenta pode causar feridas mas nada quebrava como um coração.

Ela se recordou, dos dias anteriores, um dos dias que mais tinha vontade de voltar, naquela manhã de sexta-feira.

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── Bem, podem assinar aqui, aqui e aqui. ── O advogado apontou para o documento.

Naquele escritório com cheiro de café forte, Vanny, [Nome] e seus pais, assinavam o documento iria garantir que agora Vannessa Bulldiger ficaria registrada como sua mãe.
Era um processo burocrático, mas ela aguardou, por [Nome] e ela mesma.

Ela sentiu seu coração palpitar mais rápido de felicidade, quando a mulher que suspirava, mãe de [Nome], assinou junto ao seu marido.
Ela sorriu segurando o papel com cuidado, como se sua vida dependesse disso.
Ela lacrimejando, abraçou seu filho.

"Ah, não chore, por favor.." [Nome] sorriu, retomando o abraço repentino, deitando sua cabeça em seu ombro, a acolhendo em seus braços.

Ela somente sorriu de felicidade, sentindo o amor e a paz outra vez, onde ela poderia ser feliz outra vez.

Seus pais fingiram estar felizes com isso, e Vanny franziu mortalmente para eles, enquanto ainda abraçava, protegendo seu filho daqueles monstros que seriam presos por seus crimes de uma vez.

"Podemos ir pra casa, mamãe?"
Vanny assentiu desesperada, seu filho a chamou de mãe, tudo bem que ele era um pouco maduro demais pra isso, mas ela não ligou e abraçou seu filho chorando, e ele tentando a acalmar.

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Todos de vestidos com roupas escuras, com seus guarda-chuvas, se protegendo contra as gotas que ameaçaram cair do céu.
Todos ainda em choque, olhando para o caixão, vendo seu corpo, em um bom terno, sua pele mais pálida, ainda em seu rosto sem vida, havia um sorriso, que nem a morte conseguiu tirar dele.

Wendy chorava, ainda em silêncio, considerada uma garota forte, mas naquele momento, seu olhar fixo sobre seu rosto, ela sentiu uma dor maior do que um tiro, abraçando Bebe que acariciou seus cabelos escuros.