Seus tênis batiam no chão comprido daquele corredor, dentro do grande prédio, em território asiático. Seus olhos presos ao chão encerado, brilhante e limpo, procuravam apenas ir até sua sala, onde enfrentaria seu penúltimo dia neste lugar, ele enfim estaria livre, liberto deste lugar frio e escuro, a seus olhos.
Carregando sua bolsa de ombro, como qualquer estudante dali, olhava para o relógio em seu pulso. Seu cabelo arrumado, junto a seu uniforme que sempre vestia, se tornou a roupa que mais usou nesses últimos anos. Pronto, ou talvez não, para entrar em sua sala, e ter que passar mais de cinco horas na sala acondicionada, com seus colegas de classe. E porra, aquilo era um saco.
Ele estava mais velho, o tempo se passou devagar, e aquele lugar era como o inferno na terra. Oque lhe matava era os olhares sob si, submissos a beleza que o rapaz tinha. As risadas das meninas em cochichos, o mal encarar que os atletas davam, por sempre ter que ser um tipo de atração para as garotas. Seu olhar doce e gentil, era uma tentação, que apenas aumentava conforme o tempo.
Seus pés pararam em frente a porta da sala de Economia. Os dedos de sua mão seguraram e fizeram pressão para abrir a porta de madeira lisa Suíça. Seus passos sutis até sua mesa, dando um sorriso forçado para seu professor. Fechando a porta, sentando-se em sua cadeira vazia. Com sua lapiseira marcando a folha de seu caderno. Com um seu sorriso agradável, porém o mais forçado dentre os forçados.
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