Capítulo 8

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Duarte on

Fizemos o caminho até Espanha mais especificamente até Madrid, durante o caminho eu não consegui-a parar de pensar na Margarida a beijar o Eduardo, eu não sei porquê mas aquilo incomodou-me de alguma forma.
Chegámos a Madrid e fomos até uma casa de touros, lá encontramos o meu tio, e os donos, que nos apresentaram o local e depois fomos almoçar.
Conhecemos a sua família, quer dizer conhecemos apenas a mulher dele, já que os filhos não estavam presentes.
Depois fomos para a praça onde iria ocorrer a tourada.

(. . .)

Ficámos num hotel perto da cidade, acabámos por jantar no hotel, e agora estávamos no quarto de hotel, que eu dividia com o Felipe.

—Duarte—ele chamou-me ao sair da casa de banho—Que tal irmos a uma discoteca?
—Não me apetece ir, estou cansado
—Vá lá, á quanto tempo é que não te divertes?

Eu pensei no que ele acabará de dizer, nem me lembrava qual foi a última vez que eu tinha saído para um bar ou para uma discoteca, ou me tinha divertido.

—Quem sabe, não encontramos umas gajas—ele disse animado—Vá lá, vai ser divertido
—Nós temos conceitos de diversão bastante diferentes
—Pelo menos fazes-me companhia!
—Eu sou vou, porque prometi á tua irmã que tomava conta de ti

Ele ficou ainda mais animado por eu ir com ele, mudámos de roupa e saímos do hotel, no caminho mandei uma mensagem ao meu tio a avisar onde íamos, logo chegámos a uma discoteca, fomos diretamente ao balcão, pedimos as bebidas, e virámo-nos para a pista de dança, a observar as pessoas.

—Eu vou á casa de banho—ele disse, e saiu de ao pé de mim.

Peguei no meu telemóvel, e mandei uma mensagem para a Margarida, a perguntar-lhe como tinha corrido o dia, após alguns minutos recebi a sua mensagem, ela disse-me tudo o que tinha feito, e até disse que a herdade estava vazia, assim que nós saímos, mas eu questionei-a se só estava ela na herdade, mas ela disse-me que não.

Ela também disse, que sem nós a herdade não era a mesma, depois perguntou-me como tinha corrido o dia, e eu disse-lhe tudo o que tinha feito até agora.

Ela disse-me para cuidar do Felipe, e eu disse-lhe que ela podia contar comigo, para isso.

—Estás muito sorridente—disse o Felipe assim que voltou—Com quem estavas a falar?
—Com a Guida—eu disse desligando o telemóvel
—Ui, ui—ele disse com insinuações
—Não é nada do que estás a pensar
—Eu vou dançar queres ir?
—Não, obrigado, eu fico aqui
—Tu é que sabes—ele disse acabando com a sua bebida e saindo de ao pé de mim

Eu ri-me da sua atitude e neguei com a cabeça.
Continuei a falar com a Margarida, até que o telemóvel do Felipe começou a tocar, quando olhei vi o nome Marta escrito no ecrã, e era o nome da minha irmã mais velha.
Deixei o telemóvel tocar, e de seguida vieram algumas mensagens, uma delas era a dizer que estava com saudades, ao olhar a foto, vi que era mesmo a minha irmã.
Desde quando é que eles tem alguma coisa?
Olhei para o Felipe que estava a dançar com duas raparigas, espero bem que ele não tenha nada com a irmã.

(. . .)

Encerrámos a noite e fomos para o hotel.
O Felipe queria levar as duas para o hotel, até disse que uma delas podia ser para mim, mas eu neguei.
Como ele estava muito bêbado foi uma tortura trazê-lo até ao hotel, tenho a certeza que se a Margarida cá estivesse ele já tinha levado na cabeça, deitei-o na cama, e tirei-lhe os sapatos.

Quando dei conta ele já estava a dormir de boca aberta

Tirei-lhe uma foto e mandei para a Margarida, que logo me respondeu com uns emojis a rir, desejámos boa noite um ao outro, eu desliguei o telemóvel, mudei de roupa, lavei os dentes e fui dormir.

Meu Toureiro-Duarte FernandesOnde histórias criam vida. Descubra agora