Margarida on
Faltava cerca de uma semana para o casamento, o Duarte não me dirigiu mais a palavra, o que me fez perceber que ele não gostava tanto de mim, como dizia que gostava.
Após sair do trabalho, tive de ir buscar a Valentina ao hospital, ela foi fazer uma ecografia para ver se estava tudo bem com o bebé, no dia anterior ela tinha-me perguntado se eu a podia ir buscar, e eu acabei por aceitar, afinal ela estava grávida, e requeria um certo cuidado.
Achei um bocado estranho o Duarte não estar presente, afinal o filho tecnicamente era dele, mas resolvi não questionar, afinal o relacionamento não era meu.
Estacionei o carro, e mandei-lhe mensagem a avisar que já estava á espera dela, e ela mandou-me mensagem a avisar que iria sair.
Passado alguns minutos vi-a sair juntamente com um homem, eles pararam na porta do hospital, e trocaram algumas palavras, ele tocou-lhe na barriga e ela sorriu para ele.
Eles acabaram por se despedir um do outro, e ela começou a caminhar até ao carro então fingi que estava a olhar para o telemóvel.
—Obrigada por me teres vindo buscar—ela respondeu ao entrar no carro
—Sem problema—eu respondi e liguei o carro
Fizemos o caminho até á herdade, fui com mais cuidado por causa dela, ao longo do caminho fomos conversando, ela falou-me sobre a ecografia, e que estava a pensar revelar o sexo do bebé no casamento, e eu acabei por dizer que era uma boa ideia.
Chegámos á herdade, estacionei o carro, e entrámos as duas juntas, subi para o meu quarto, e mudei de roupa.
(. . .)
Esta semana seria para ir ver a Igreja, o local onde seria feito a festa do casamento, e o vestido para a noiva.
Começamos pela Igreja, a Valentina já tinha uma igreja em mente, por isso só foi necessário falar com os responsáveis da Igreja, e a Igreja seria em Espanha.
No dia seguinte, procurámos por uma herdade em Espanha, mas acabou por ficar decidido que seria feito na herdade da família Espanhola.
No outro dia tive de ir a Espanha, por causa dos vestidos das madrinhas e o vestido de casamento.
Ao entrar na loja de vestidos de casamento, fiquei encantada com o local, vim eu, mais a noiva, a mãe dela, e algumas amigas da Valentina.
Fomos recebidas por uma senhora, fomos encaminhadas para uma zona da prova de vestidos, e sentámo-nos num sofá, que ficava de frente para uns espelhos, e um género de palco, para a noiva mostrar o seu vestido.
Olhei para os vestidos, cada um era mais bonito que o outro, e pela aparência do local e dos tecidos, dava para perceber que não era nada barato.
(. . .)
Após bastantes vestidos, a Valentina finalmente escolheu um, e finalmente saímos daquela loja, mas acabámos por ir para um centro comercial, fazer compras.
Chegámos á herdade, após passar praticamente o dia todo fora, os amigos do Duarte vinham cá jantar á herdade, tal como as amigas da Valentina.
Eu estava um pouco cansada do dia, e ainda faltavam algumas horas para o jantar, então subi para o quarto para descansar um pouco.
Estava a mudar de roupa quando houve uma batida na porta, após dar permissão á pessoa para entrar, vi que era o Afonso.
—Vim ver como estavas, após um dia inteiro de compras—disse ele entrando e fechando a porta do quarto
—Estou de rastos—eu disse sentando-me na cama—Aliás ía mesmo agora dormir um bocado
—Posso me juntar a ti?
—Claro—eu respondi
Ele descalçou-se, tirou a camisola, e deitou-se na minha cama, quando eu me estava prestes a deitar, ele puxou-me para ao pé dele, e eu acabei por deitar a minha cabeça no seu peito.
Não fiquei muito surpresa, já que era algo comum entre nós.
Após alguns minutos acabei por adormecer.
(. . .)
Acordei a ouvir pessoas a falarem, remexi-me na cama, mas sem abrir os olhos, e senti alguém a agarrar-me.
—Opa, eles são tão fofos—ouvi uma voz feminina dizer
—Meninos venham cá—reconheci a voz da Valentina
—Podem fazer menos barulho—ouvi a voz do Afonso e senti ser puxada para mais perto dele
—Está quase na hora do jantar por isso levantem-se—ouvi a Valentina dizer—Meninos venham cá ver este dois
Abri os olhos, e encontrei o meu olhar com o do Duarte, que ao que parece tinha acabado de chegar ao quarto, ele olhou para mim e para o Afonso, e o seu olhar mudou de sério, para uma expressão desiludida, fiquei um pouco sentida com o seu olhar.
Sentei-me na cama, e passei as mãos no cabelo
—Podem sair do quarto—disse o Afonso
—Vamos deixar os pombinhos sozinhos—disse a Valentina indo até á porta do quarto incentivando os restantes a fazerem o mesmo
Troquei um último olhar com o Duarte até ele sair do quarto.
—Não se demorem—disse ela antes de sair e fechar a porta
Suspirei, levantei-me e fui até á casa de banho.
Fechei a porta e olhei-me ao espelho, eu estava com uma cara de sono, e um pouco despenteada.
Passei a cara por água, e de seguida começei a despir-me, entrei dentro da banheira, e quando estava prestes a ligar o chuveiro, ouvi uma batida na porta.
—Sim?
—Vou só mudar de roupa—disse o Afonso do outro lado da porta
—Okay—eu respondi e liguei o chuveiro
CONTINUA...
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Meu Toureiro-Duarte Fernandes
Fiksi PenggemarMargarida Santos, uma garota de 22 anos, que nasceu e cresceu numa herdade, juntamente com a sua família e a família dos patrões dos pais. Ela sempre gostou de animais principalmente cavalos, ela terminou a faculdade de veterinário, e está pronta pa...