Capítulo 30

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Duarte on

Já estávamos na herdade, entretanto a Margarida apagou, então tive de a levar para o quarto, coloquei-a delicadamente sobre a cama, e agachei-me para a descalçar.

—O que estás a fazer?—ela questionou sentando-se na cama
—Estou só a descalçar-te—eu respondi ao terminar de tirar as botas com delicadeza

Levantei-me, fui ao armário e procurei algo para ela vestir.

—Veste isso—eu disse estendendo-lhe um conjunto de pijama
—Eu estou bem assim—ela disse levantando-se

Mas eu empurrei-a ligeiramente para trás e ela voltou a sentar-se na cama.

—Não vais a lado nenhum—eu disse-lhe

Ela olhou para mim com um sorriso malicioso e mordeu o lábio, provavelmente tinha pensado em coisas que não devia.

—Vá veste-te lá

Ela pegou nas roupas colocando-as sobre a cama, ela pegou na barra do vestido, e eu virei-me de costas para ela.

—Podes olhar, não é como se nunca me tivesses visto sem nada—ela disse e soltou uma gargalhada

Eu ri-me e neguei com a cabeça, ouvi um barulho de algo a cair seguido de um grito e uma gargalhada, ao me virar vi-a sentada no chão perto da porta com uma camisola na cabeça.
Aproximei-me dela e ajudei-a a vestir a camisola, peguei nela, estilo noiva.

—Já te disseram que pareces um príncipe encantado?—ela perguntou-me enquanto eu a levava até á casa de banho—Eu posso ser a tua princesa podemos casar e ser felizes para sempre, o que achas?

Ela claramente estava bêbada e era bastante engraçado vê-la assim.

—Acho perfeito—eu disse ao pousa-la na porta da casa de banho
—Então é bom que me peças em casamento, não tenho a vida toda
—Estou a tratar disso, vou á cozinha mas já volto—eu disse indo até á porta do quarto
—Vai, mas não demores

Sorri com o que ela havia dito, fui até á cozinha e peguei nos comprimidos para a ressaca.

Voltei para o quarto e ela estava sentada na cama, estendi-lhe o copo e o comprimido, ela tomou o comprido, e pouso o copo sobre a mesa de cabeceira.

—Podes dormir comigo?—ouvi-a perguntar

Fui ao meu quarto, mudei de roupa e voltei para o quarto dela.

Deitei-me ao seu lado, e ela deitou-se sobre o meu peito, envolvi os meus braços em sua volta, e dei-lhe um beijo na testa, confesso que já tinha saudades de dormir a seu lado, porque dormia tranquilamente livre de preocupações.

Margarida on

Dia seguinte

Abri os olhos e vi que estava no meu quarto, senti uns braços ao meu redor, olhei para ver quem era e vi o Duarte, que estava a dormir tranquilamente.

Olhei para o seu rosto, ele tinha uma pele delicada e bem cuidada, os seus cabelos loiros de cor natural, mas o que mais me encantava nele eram os seus olhos verdes pelos quais eu tanto me apaixonei.

Mas foi quando me apercebi que não pertencíamos um ao outro, ele estava destinado a outro alguém e eu tinha de começar a habituar-me a essa ideia, por mais que me custasse.

Senti um aperto na minha cintura, ao olhar para ele novamente, ele estava acordado e a olhar para mim.

—No que estavas a pensar?—ele questionou-me
—Nada de importante—eu disse e sentei-me na cama

Coloquei os pés para fora da cama e levantei-me espreguiçando-me.

Estava de frente para o espelho e apercebi-me que não estava com a roupa de ontem á noite, olhei ao redor e vi o vestido num canto do quarto, ao pensar um pouco apercebi-me do que se tinha passado de ontem para hoje.

—Precisas de ajuda?
—Não, é melhor ires ter com a tua noiva, ela deve de precisar mais de ti do que eu
—Não sejas assim—ele disse levantando-se da cama
—E como é que é suposto eu ser?—eu perguntei retoricamente, virando-me para ele e cruzando os braços—Se a pessoa que eu amo, a pessoa com quem eu quero casar e quero que seja pai dos meus filhos

Eu fiz uma pausa antes de continuar, na tentativa não chorar.

—Se essa pessoa ama outra, vai casar e vai ter filhos com ela—eu disse-lhe e ele manteve uma expressão neutra

Fiquei á espera que ele dissesse algo, mas ele nada disse.

—Sabes que mais, saí do meu quarto e vai ter com a tua futura mulher—eu disse-lhe e virei-me de costas para ele para que ele não me visse chorar
—Só quero que saibas uma coisa—ele fez uma pausa e pude ouvir os seus paços em direção á saída do quarto—Eu não a amo

Dito isto ouvi a porta do quarto a fechar-se, e finalmente pude chorar.

Pensei no que ele havia dito, e se ele não a ama porque é que ainda está com ela?

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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Meu Toureiro-Duarte FernandesOnde histórias criam vida. Descubra agora