capítulo-12

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Liz: on

O mundo inteiro, está sofrendo com a falta de água, está chovendo pouco e a população gastando muito.
A água é vida, é saúde, é limpeza, é trabalho e até mesmo comércio. Assim tornando-se a maior riqueza do planeta, mesmo que os homens dizem que é o ouro, a ganância os tornam cegos.
Caramba... relendo meu trabalho que fiz com ketlen, percebi que está ficando ótimo- pensei comigo
Deixei meu caderno em cima da cama e me vesti, tenho que visitar minha avó- pensei colocando uma boina lilás, sobre meu cabelo escorrido.
Caminhei uma quadra, quando cheguei perto de uma padaria e vi ela Malu. Paralisei não consegui me movimentar ao ver ali a garota que eu tanto sonhara. Foi como se meu corpo não respondesse aos meus sentidos, uma parte queria fugir e a outra ficar.

-Oi, quanto tempo! -Malu se aproximou dizendo, seus olhos brilhará como o mar refletindo o sol
-o...oi é me..mesmo... que coisa né -eu disse com a voz trêmula, Malu se aproximou timidamente e depositando um beijo em minha bochecha, e pude sentir seu cheiro doce.
-como você está?
-estou bem e você?- eu perguntei num sorriso de canto, olhando para os lados, para disfarçar minha admiração pelo seu olhar azul como o mar.
-bem, aonde você vai linda assim e tão cedo? -ela disse estudando meu corpo com os olhos
-na minha avó, ela está um pouco doente -eu disse um pouco triste
-espero que ela melhore logo, e também ela tem a neta mais linda do mundo -disse Malu e eu senti um poder em suas palavras, parecia que tudo melhorou em ato de mágica, ela tinha uma coisa que me contagiava que me dava tranquilidade.
- quer vir comigo? -eu perguntei pensando em minha avó, se ela me faz sentir assim com minha avó também funcionaria
- na sua avó? -perguntou Malu com uma cara de espanto
- sim ela vai adorar te conhecer- eu disse e Malu riu e alto
-você se lembra a última vez que eu fui em sua casa, uma hora me trata mal e agora me trata como sua amiga -Malu disse parecendo estar aborrecida
- me desculpe, nunca mais te trato mal, vamos por favor? -eu disse tentando convencê-la
-primeiro tenho que passar em casa, levar os pães para minha mãe, vamos comigo e eu vou com você- Malu mostrou a sacola de pães, eu acenti e fomos.
No caminho até lá, não dissemos uma sequer palavra. As ruas estavam esburacadas e uns barracos quase caindo aos pedaços, a casa de Malu era um palácio perto das outras.
-bom é aqui que eu vivo, entre -disse Malu abrindo a porta pra mim. Entrei e vi uma mulher segurando um bebê, ela me parecia triste.
-bom essa é minha mãe e no seu colo minha irmã Marie -Malu disse apontando a mulher triste e sorrindo
-oi, prazer sou Mariana -disse a mãe de liz
-o prazer é meu, sou liz - eu disse estendendo minha mão e ela apertou mas logo soltou.
-bom liz vamos? - Malu me levou até a porta e fomos até a casa de minha avó.
Ela estava sentada em sua cadeira de balanço na varanda, sua pele estava pálida e a voz quase nem saía.
Dei um abraço nela e a presentei para Malu. Minha vó sorriu ao velá, aquilo foi estranho fazia tempo que não há via sorrir.
- você é... uma... garota... muito... bela...- disse minha avó para Malu
-vovó não se esforce para falar você está fraca- eu disse segurando em suas mãos trêmulas.
- Obrigada senhora, você é muito bondosa, sua família deve te amar muito- Malu disse olhando para mim, ela me fez perceber o amor que eu tinha pela minha avó, e aquela liz ruim se fora naquele instante.
Deixei Malu com minha avó e entrei pra cozinha, tomar água.
-a sua avó quer um copo de água- senti uma mão em meu ombro, me virei, era Malu com aqueles olhos azuis e sua boca rosinha, a se abrir com delicadeza para falar "a sua avó"
- não precisa se aproximar tanto- eu disse me afastando de Malu
- me desculpe é que eu ia pegar água pra sua avó, e você estava na frente do frilto- disse Malu, parecia sincera... será que ela não me ama mais?
Malu pegou a água e levou para vovó, virando as costas pra mim. Olhei pela janela da sala e Malu fazia minha avó sorrir alto- oque é que essa garota tem? As dúvidas por esse jeito de Malu, me fazia querer ter ela por perto, eu ah desejava, era esquisito mas era inevitável.
- liz... liz... -Malu gritou num tom desesperado e eu corri até ela aonde estava minha avó
-oque foi oque aconteceu? -perguntei preocupada
-eu estava conversando com ela e do nada fechou os olhos- Malu apontou para minha avó, senti sua pulsação que estava normal, ouvi um leve ronco.
-você matou ela- eu disse mentindo
-oque? Eu não fiz nada pra ela- Malu revirou os olhos e eu cai na risada
-você nunca teve avó? Elas sempre dormem enquanto falamos com elas, quer dizer nem sempre, minha avó tem andado perturbada ultimamente e só dormia com remédios, e você fala tanto que ela não aguentou- eu disse
-ufa! Acho que ela não gostou de mim -Malu abaixou o olhar
-não se preocupe ela te adorou- eu disse erguendo o rosto de Malu e colocando seu cabelo atrás da orelha, ela mordeu os lábios e me olhou fixamente
-oque você tem, que me deixa assim, que me faz perder os sentidos?- perguntei e ela me olhava com a boca entre aberta-Depois daquele beijo eu... eu... só desejo sua boca, es tão misteriosa
-liz oque... você está querendo?- Malu perguntou me parecendo confusa
-quero você, desvendar seus segredos, esse enigma que faz meu coração acelerar- eu disse olhando seus olhos agora arregalados, não me contive, a beijei intensamente e ela retribuiu entrelaçando sua língua na minha, senti o gosto doce de sua boca, meu corpo estremecia a cada toque dela.
-não liz ! Isso não pode voltar a acontecer- Malu disse se levantando do banco que estávamos.
- porque não, você não me ama mais?- perguntei e meus olhos lacrimejaram, tentei segurar a lagrima
-não... -disse Malu virando as costas e abrindo a porta pra sair, esperei Malu olhar para traz- se ela olhar ainda me ama- pensei comigo, Malu olhou, foi embora e uma lágrima caiu em meu olhar.
Peguei minha avó pelo braço e a levei em sua cama.

Malu: on

Meu Deus, isso foi um sonho? Porque eu não resisto a essa garota?-Caminhava em passos longos me perguntando. Eu não via a hora de chegar em casa, o beijo de liz, me deu uma adrenalina uma coisa que eu nunca senti ao beijar outras garotas, me sentia angustiada de vela dizer coisas lindas e eu a neguei... ela bem que mereceu pelo oque me faz passar aquele dia em sua casa.
Chegando em casa jheison estava lá brincando com minha irmãzinha, parei por um instante, encostada na parede da sala e imaginei liz ali brincando com Marie, arrancando sorrisos dela como jheison estava.
-Malu?- perguntou jheison me trazendo para a realidade
-oi amigo, que bom te ver aqui- eu disse dando um beijo em seu rosto
-sim, e te trouxe uma notícia, lembra do meu primo que eu falei da outra vez? -jheison me perguntou animado
-sim, da barraquinha de sorvete?
-é ele mesmo miga, ele precisa de freelance pra hoje e paga 100 reais- jheison disse sorrindo
-nossa sério? -perguntei me lançando para os seus braços
-sim seríssimo, você vai?
-mas é claro... To precisando comprar algumas coisas pra casa- eu disse
-ta as 6 passo aqui para te mostrar aonde fica, beijos gatinha- disse jheison saindo, peguei Marie no colo e comecei a brincar com ela, jogando pro alto e riamos feito crianças, quer dizer elá era criança e eu... também rsrs
-minha bonequinha, você já está grandinha hein, precisa de roupas novas e quentes, sapatinhos e um manto pra te cobrir- disse deixando Marie de pé em meu colo- a tata promete que vai ajudar a nossa mãe cuidar de você- depositei um beijo em sua bochecha, ela encostou sua cabeça em meu peito e bocejou, a nanei e ela dormiu.
-filha não vai almoçar?- minha mãe disse com algumas roupas na mão e um balde
-não obrigada, não estou com fome- eu disse, levando Marie até a cama e fui ajudar minha mãe nas tarefas.
Trabalhei de freelance no sábado e no domingo.

Liz: on

Esse fim de semana foi especial, porque fiquei cuidando de minha avó e também por causa de Malu, não sei oque deu em mim mas foi bom.
Acordei bem disposta, para ir para o colégio, o relógio nem despertou e já tinha me levantado, fiz minhas necessidades matinais, tomei um banho e me vesti. Vesti o uniforme, ketlen também vestia, agora só as fashion usam uniforme- pensei comigo pegando minha pochet rosa.
Desci correndo as escadas, meus irmão já haviam terminado seus café e estavam indo ao estacionamento.
-da pra vocês me darem uma carona? -eu perguntei ajeitando meu cabelo em um coque, Victor e julio me olharam e começaram a rir- qual é a graça?
-estou olhando pra ela- disse Victor num tom irônico
-você ta gata, só que só os babaca usam uniforme- disse julio um pouco com pena
- é isso que vocês acham? Pois bem... agora eu sou do grupo dos babacas- eu disse e novamente os dois começaram a rir.
Chegando na escola vi ketlen me esperando no estacionamento.
-você está linda! -disse ela, me analisando dos pés a cabeça, eu sorri tímida, não consegui falar nem obrigado.
Entramos no corredor rebolando e todos nós olharam, não sei oque pensaram, e nem queria saber, alguma coisa estava mudando em mim.
Já era hora do intervalo e eu estava faminta, de segunda a merenda era mingau, aff tenho nojo de mingau. Fiquei sentada sozinha debaixo de uma árvore e ketlen veio até a mim.
-nossa foi difícil te encontrar, te procurai, pelo colégio tudo- ketlen disse com a voz cansada
-vem senta aí- eu disse sendo amigável com ela
-tenks -ela disse sorrindo, enquanto eu olhava seu lindo sorrisso, meu mundo começou a rodar e aquela bela imagem foi se ofuscando, ficando escura...
-liz... liz? Você está bem?- disse ketlen me segurando em seu colo
-não sei oque ouve comigo derrepente tudo ficou escuro -eu disse me levantando.
-você comeu algo hoje? Perguntou ketlen
-não, mas não deve ser isso -eu disse me sentando um pouco longe de ketlen, ela se levantou e foi em direção a vendinha do colégio. Ketlen voltou com as mãos cheias, me deu uma lata de coca, duas coxinhas enormes e um salgadinho sensação.
-oque vai alimentar uma multidão?-eu disse espantada ao ver tanta coisa
-não... é pra você pode comer- olhei pra coxinha, eu estava com muita fome, então comecei a comer, abri a latinha em um click e bebi, dividi o salgadinho com ketlen.
-vou no banheiro- eu disse deixando ketlen pra traz, mas logo percebi ela me seguindo.
Entrei e fiz minhas necessidades
-que boa amiga, você tem...-disse ketlen por traz da porta, eu abri a porta e fui lavar a mão
-eu não posso ser sua amiga- eu disse para katlen que olhava pelo espelho a retocar seu batom rosa
-porque não?- ela disse com os olhos verdes atentos a mim
-porque eu axo que sou lesbica- falei e me arrepiou a espinha, ketlen se aproximou de mim, pude sentir sua respiração e o seu perfume florata, chegou mais perto- oque será que ela ta faz...- nem terminei de pensar e ketlen começou a me beijar, seu beijo era quente e envolvente, tinha gosto de hortelã, sua língua procurou a minha e eu correspondia com a minha.
Até que ouvi alguém sair de uns dos banheiros, provavelmente deve ter ouvido nossa conversa

Após aquele beijo (Romance Lesbico)- EDITANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora