Maya Baker é uma pogue e trabalha na casa dos Cameron's junto de sua mãe, na casa da família kook ela descobre o amor e se envolve e algumas aventuras.
Eu sempre briguei muito com os meninos, vivíamos em guerra, sempre ficava triste e ia correndo contar tudo para a minha mãe, chorava no colo dela.
Quando eu estava errada, ela me abraçava e me ajudava a consertar as coisas, com os incríveis conselhos dela, mas quando eu estava certa... Ela dava uns bons puxões de orelha neles.
O Pope sempre me defende, eu estando certa ou errada... Ele sempre tá do meu lado, me defende na hora da briga e chama a minha atenção quando estamos a sós, sempre me ajuda a lidar com meus sentimentos...
Com o John B, as brigas são constantes, nunca é algo sério, mas, sempre é uma briga, somos muito unidos, mas sempre temos discussões bestas e infantis.
Já o Jj... Ele é muito cabeça dura e eu não sou diferente, ele fala e eu sempre respondo na mesma altura, a gente quase nunca briga... Só que quando nos desentendemos, ninguém consegue nos ajudar, só nós mesmos.
...
Minhas mãos estavam frias, estava me sentindo culpada, era a minha obrigação negar quando Topper disse aquilo, eu não sou uma deles, por que confirmei?
Eu sou tão idiota que nem vi o meu melhor amigo lá, trabalhando... Me servindo.
Me senti fraca e estava necessitando de um abraço, sem perceber já estava batendo na porta do quarto do Rafe, quando percebi o que eu estava fazendo, já era tarde.
°Rafe Cameron°
Ouvi alguém bater na porta do meu quarto, levantei da cama e fui ver quem era, quando abri a porta me deparei com Maya, os seus olhos estavam encharcados de lágrimas e seu cabelo estava amarrado em um coque mal feito.
Rafe: - ai meu Deus, o que foi? - dou espaço para ela entrar.
Ela soluçava e isso me deixava cada vez mais preocupado.
Pelo pouco que conheço a Maya, sei que ela é bem emotiva, esse choro todo pode ser por algo bem complexo, mas pode ser também pela simples morte de uma formiga.
Rafe: - vem, senta aqui. - bato de leve na minha poltrona, ela se senta e eu me abaixo, ficando cara a cara com ela. - me conta... O que aconteceu? - coloco minha mão em seu rosto e seco as lágrimas recém chegadas.
Maya: - desculpa te incomodar, não sei porquê eu vim pra cá... - ela fala em soluços.
Rafe: - vou ter que fazer uma placa enorme, dizendo que você não me incomoda, talvez assim você entenda... - dou um sorriso fraco. - quer um abraço?
Ela confirma com a cabeça e eu a abraço.
Decidi respeitar o tempo dela, uma hora ou outra ela vai me contar o que tá acontecendo.
Um tempo se passou e ela se soltou dos meus braços e respirou bem fundo.
Maya: - obrigada...
Rafe: - tá tudo bem? Precisa conversar?
Ela puxa o celular de seu bolso traseiro, desbloqueia e abre em uma conversa específica.
Maya: - toma, pode ler... - ela me entrega o celular.
Li aquilo tudo e não pude conter minha risada, até que percebi o olhar nervoso de Maya em mim.
Rafe: - desculpa, é que do jeito que você entrou chorando... Achei que era algo pior! - devolvo o celular.
Maya: - você não entende, né? - ela se levanta da poltrona e eu fico de pé, ela fica na minha frente e posso ver seu humor mudar novamente.
Rafe: - talvez eu não entenda mesmo, você pode me explicar? - seguro o rosto dela e o levanto, para poder olhar fixamente em seus olhos.
Maya: - é a minha única família. - ela diz seco. - fui ingrata e por isso posso perder a amizade deles. - ela tira a minha mão de seu rosto e se afasta de mim.
Rafe: - ok, acho que você pode sobreviver sem eles... Até porquê... Você tem a mim. - ela me olha confusa e eu perco a meada da fala por um instante. - a Sarah... - volto a falar naturalmente. - o meu pai e até a Rose...
Maya: - sou grata a todos vocês, mas não é porque tenho novas pessoas em minha vida que devo descartar os meus amigos... - ela se senta na minha cama.
Reviro os olhos.
Rafe: - sei que é importante para você, por que não chama eles para cá? Vocês podem ter uma conversa mais madura e tentar resolver isso como pessoas civilizadas...
Maya: - posso trazer eles para cá?? Sério?? - um sorriso se faz naquele rosto que até a pouco tempo atrás só chorava.
Rafe: - aqui também é sua casa, ne? Não gosto deles, você sabe disso, mas, se vai te fazer bem, não vejo problema nisso...
Ela se levanta da cama e pula em mim, me abraçando forte.
Me senti aliviado por saber que ela estava bem e que no fundo era só um tanto de exagero da parte dela.
Maya: - obrigada por me ajudar, em horas como essa, eu nunca sei o que fazer, entro em desespero e acabo agindo de maneira burra. - ela começa a falar sem freio, me trancando naqueles olhos enormes e cheios de vida. - o Pope sempre fala que eu tenho que parar um pouco e pensar nas coisas, ele sempre diz que eu sou o coração do grupo... E claro, ele é a mente. - ela finalmente faz contato visual comigo e posso sentir meu coração acelerar de uma maneira diferente. - desculpa... Tô falando muito...
Não falo nada, só respondo com um sorriso pequeno.
Rafe: - quer ir tomar sorvete? - me aproximo da janela e percebo que está escurecendo. - acho que não está tão tarde ainda...
Maya: - quero! Só vou trocar de saia... - ela me olha com insegurança.
Rafe: - relaxa, desculpa por aquilo... - me refiro ao motivo de voltarmos mais cedo da casa do Topper e ela entende. - não sei o que aconteceu, só que foi péssimo ver aqueles caras te desejando... Não precisa trocar de roupa, se alguém falar merda pra você, eu resolvo.
Maya: - você ficou com ciúmes, porque me ama! - ela coloca o dedo indicador no meio do meu peito, aquelas palavras me pegaram desprevenido. - claro, eu sou incrível, quem não me ama???
Reviro os olhos e mudo meu humor para um bom sarcasmo.
Rafe: - aaaa é, você é incrível...
Maya: - odeio quando você fala com todo esse seu sarcasmo, até parece que eu sou uma pessoa chata... - ela abre a porta do meu quarto e sai junto comigo.
Rafe: - você é a própria chatice em pessoa!
°Maya Baker°
Esses momentos com o Rafe me fazem esquecer das coisas horríveis que ele faz.
...
Fomos andando para a sorveteria, um milagre! Já que o Rafe usa aquela moto para tudo!
Demos várias risadas e conversamos muito! Descobri que quando pequeno, Rafe morria de medo de ficar sozinho em seu quarto escuro e por isso ia pro quarto de Sarah, para dormir com ela.
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