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Depois de tanto procurar um emprego para a mamãe e não ter sucesso, nós voltamos para casa, estávamos fazendo um café da noite para comermos antes de dormir. John B entrou sem bater na porta e veio até nós.

Cloe: - garoto! Assim você me mata de susto! - mamãe se encostou na parede da cozinha e colocou uma mão no coração.

John B: - desculpa tia, não sabia que ia te assustar assim - ele chega perto da mulher e a abraça.

Cloe: - tudo bem meu filho, o que veio fazer aqui? - ela se solta do abraço e vai até a geladeira pegar uma jarra de água.

Maya: - É John B, vai embora! - dou um sorriso e chego mais perto dos dois.

Cloe: - para com essas brincadeiras sem graça Maya! - ela me repreende. - O John B é muito bem vindo aqui, ele sabe disso.

John B: - sei sim tia, ela que é sem graça... Eu só vim saber se a senhora conseguiu algum emprego...

Cloe: - ainda não, mas amanhã vou sair bem cedinho para procurar mais. - ela coloca alguns pratos na mesa.

Maya: - senta aí cabeçudo, vamos comer!

John B: - eu estou trabalhando lá na casa do senhor Cameron, limpo os barcos e cuido de algumas coisas... Posso ver se ele não quer alguém lá dentro, se a senhora quiser, claro. - ele se senta e começa a comer com a gente.

Cloe: - seria ótimo! Filho, se você conseguir isso para mim, eu serei eternamente grata a ti!

Maya: - eu vou também, quero ajudar a mãe

John B: - não sei se ele aceita, mas vou tentar...

Depois de comer a mamãe chamou o John B para dormir aqui, ele aceitou e acabou dormindo lá na sala.

....

John B foi abandonado pela mãe quando ele era apenas um neném e a minha mãe sempre foi amiga do pai dele, então ela ajudava sempre que podia, por consequência desse ato de bondade da mamãe, eu virei melhor amiga do John B. O pai dele morreu recentemente, a minha mãe até tentou trazer o John para morar aqui, mas ele negou, disse que prefere ficar lá, no castelo.

- ° John B °

Acordei na mesma hora que a tia Cloe, tomamos café e eu fui trabalhar enquanto ela procurava um lugar para trabalhar, a vida dos pogues é assim: nascer, trabalhar e morrer, infelizmente eu sou um pogue.
Trabalho na casa dos Cameron's, os mais ricos de Outer Banks, eu e os meus amigos chamamos eles de "super kooks"

Vejo o senhor Ward sair de casa, ele é o dono da mansão.

John B: - senhor Cameron! - grito para chamar a atenção dele.

Ward: - John B? Oi, algum problema?

John B: - então... Eu tenho uma tia, ela me criou...

Ward me olhava com atenção mas seu olhar também não negava a pressa que ele tinha.

John B: - ela foi demitida, precisa de um emprego.

Ward: - e você quer que ela trabalhe aqui, certo?

Afirmo com a cabeça mas não falo nada.

Ward: - olha garoto, não coloco qualquer pessoa na minha casa, tenho filhos e uma esposa, se eu não conheço a pessoa, eu não confio... - ele me olha com piedade. - traga ela, preciso conhecê-la.

John B: - obrigada senhor Cameron! Que dia eu posso trazer ela??? - falo animado.

Ele olha o relógio e me responde.
Ward: - pode ser daqui uns 50 minutos.

O rapaz sai e eu vou logo chamar a tia Cloe, ela estava perto da mansão, então não demorou para achar ela.

John B: - tia, o senhor Ward quer conhecer a senhora, acho que ele vai pensar em te contratar!

Cloe: - que notícia boa John! Obrigada, filho, quando podemos ir lá???

John B: - agora...

Cloe: - tem certeza??

John B: - sim, ele que falou pra ir agora.

- ° Maya °

Ouvi quando mamãe saiu de casa com o John, mas preferi esperar eles saírem para finalmente levantar.

Fiz uma faxina na casa e preparei o almoço, não sabia se eles iriam vir almoçar, mas se viessem não iam ficar com fome.
Depois que fiz as minhas obrigações, eu resolvi ir surfar, minha cabeça anda muito cheia ultimamente, estou preocupada com a falta de emprego da mamãe...

Prendi meu cabelo, coloquei um biquíni e um short, peguei a prancha e fui para a praia de pé.

Passei a tarde toda no mar, só eu e a luz do sol, adoro essa sensação... Ouvir o barulho das ondas e sentir o vento salgado no meu rosto, é o meu momento de paz.
Resolvi sair da água para comprar uma garrafa de água, mas já estava ficando de noite e não tinha nem sequer um mercado aberto e eu não queria ir para casa por agora, continuei andando até chegar em figure eight, encontrei um mercado e entrei nele, por mais que o local pareça ser caro, uma água não pode passar de 3 reais, ne?

??: - acho que esse lugar não é para pessoas que nem você. - uma voz arrogante é ecoada no meu ouvido.

Maya: - é? E por que não? - me viro para ver quem é o sem educação.

?: - ele tem razão, aqui não é lugar para pogues que nem você. - outro rapaz chega perto de mim e coloca uma mão no meu ombro.

Maya: - tá de brincadeira? - debocho da cara do rapaz que acabou de chegar.

???: - tá bom Kelce, não precisa tocar nela. - mais um engomadinho? Sério?

??: - Deixa de ser chato Topper! Ela é uma pogue, tem que saber que aqui não é o lugar dela. - o arrogante eleva a voz novamente.

Ignoro os três e pego minha água, mas logo percebo que eles não gostaram disso.

?: - tá achando que é quem para nos deixar falando sozinhos?? - o tal do Kelce se aproxima de mim.

Maya: - se tocar em mim novamente eu vou gritar! - tento avisar.

?: - tá ouvindo isso Rafe? Ela vai gritar! - ele afina a voz e ri de mim.

??: - relaxa gatinha, nós não batemos em mulheres. - ele toca no meu cabelo e manda um beijo de maneira debochada.

???: - não precisamos fazer isso, ela só veio comprar uma água!

Maya: - que bom que não são covardes, mas relaxa ai, não quero invadir teu território... - falo em tom de sarcasmo.

Rafe: - entendi, você é metida a engraçadinha, certo? - ele me olha sério com um sorriso falso no rosto. - nos vemos por aí, palhaça.

Os três patetas saem do mercado e eu tenho uma crise de riso, o moço do caixa me olhou estranho enquanto eu ria igual uma criança, eles acham mesmo que eu vou levá-los a sério? Para isso acontecer eles tem que começar a parar de usar um quilo de gel no cabelo...



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