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- Alô, Taetae! Tudo bem? - Falou ao telefone, após ouvir o "Alô" do outro lado da linha.- Yunah! Quanto tempo! - A voz amigável de sempre, fez Yunah sorrir. - A que devo a honra da ligação? Espero que esteja tudo bem.
- Está sim! Preciso de um favor seu, na verdade. Espero que não me ache muito folgada, mas você ainda trabalha na delegacia? - Após receber uma resposta afirmativa, continuou. - Será que podemos nos encontrar esse final de semana? Queria tirar algumas dúvidas sobre um caso aqui onde trabalho e talvez você possa me ajudar com algumas informações.
- Claro, podemos sim! Vou te mandar o endereço da minha base por mensagem e a gente programa certinho, pode ser?
- Combinado, Taetae! Nos vemos então! Até mais!
Após se despedirem, Yunah viu as notificações de mensagens do amigo em seu aplicativo de conversas.
Após a última consulta com Yoongi, não conseguia tirar da cabeça a informação do dinheiro bloqueado e dos advogados do rapaz.
Esperou um tempo para pensar se devia ir atrás de qualquer coisa e se envolver mais ainda no caso, mas não conseguiu frear a curiosidade.Por mais que, muitas vezes, fosse difícil de confiar nas pessoas, sua intuição naquele momento acendeu luzes vermelhas em sua cabeça.
Resolveu que tentaria entender mais a fundo, desde a origem, já que seu paciente também parecia não querer se prolongar no tema. Então, se lembrou de seu amigo Taehyung, com quem havia estudado durante o colégio e se tornou policial.Ele poderia ter alguma informação sobre o caso e, ela sabia que poderia confiar nele para descrição no assunto. Já havia a ajudado, quando, por assistir muitos casos de psicopatas na faculdade, sempre pedia que ele puxasse a ficha dos caras com quem iria sair, para garantir que estava a salvo.
Definitivamente, sentia que, se tivesse mais respostas, conseguiria avançar da melhor forma no caso de seu paciente.
Paciente esse que, durante as próximas duas semanas, para seu completo desespero, se fez presente como nunca.
Yunah tinha a impressão de que, por onde olhava, podia ver o homem. Quase como um predador, observando a presa à distância.Diferente do mundo animal, porém, esse predador apenas tentava ajudá-la ao se aproximar.
A ajudou a levar os prontuários pesados até o arquivo, a comprimentava com sorriso sempre que passava por ela e chegou até a acompanhá-la, em silêncio, em uma das suas caminhadas após o almoço.Ele havia dito em algumas das consultas anteriores, que se tornaria melhor. Mas ela não esperava que ele realmente tentaria.
Conseguia enxergar todos os seus bloqueios e limites em conversas que tinham, ocasionalmente ou em consultas, mas era claro que ele estava se esforçando para se abrir mais.Poderia dizer que se parecia com outra pessoa, não fosse pelas piadas de duplo sentido tão características dele.
Isso não havia mudado e ela tinha a impressão que nunca mudaria. Entretanto, algo estava diferente e isso a assustava, pois não era algo que o rapaz poderia mudar.Era nela a diferença.
Apesar de sempre ter se sentido um pouco incomodada com as brincadeiras de Yoongi, sabia distinguir que era apenas um mecanismo de defesa dele e se blindava, esquivando ou deixando claro que não havia sentido as falas do rapaz.
Entretanto, nos últimos dias, estava sentindo uma dificuldade tremenda em separar o que ouvia, do que absorvia.
E estava se sentindo uma esponja.
Cada palavra mais arrastada do paciente, era impregnada em uma mente como um parasita.
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Ashes
Fiksi Penggemar[FINALIZADA] Ele foi supostamente acusado de matar sua família e agora se encontra em uma clínica psiquiátrica. Enquanto lida com sua culpa e com seus pesadelos, começa a ter consultas com a Dra. Yunah, sua nova terapeuta. No entanto, ele se mantém...