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Acordei antes de Kenma, que dormia feito um anjo com sua cabeça ainda apoiada em meu peitoral, me abraçando. Decidi que iria fazer um café para mim e para ele, e de que tiraria um dia de folga para mim hoje.
Mandei mensagem para meu chefe, e meu pedido para tirar um dia de folga foi aceito. Com delicadeza, coloquei a cabeça de Kozume apoiada no travesseiro, e ele sequer despertou, já que aparentemente estava em um sono bem pesado.
Fui na padaria, tentando fazer nenhum barulho para não correr o risco de acordar Kenma. Voltei uns 15 minutos depois e fiz todo o café, todo bem bonitinho para que o dia do meu meio loiro começasse bem.
Coloquei tudo em uma bandeja, bem ajeitado. E com cuidado, fui até o meu quarto, onde Kozume ainda estava morto na cama.
— Gatinho. — chamei Kenma e ele apenas se mexeu na cama e começando a murmurar algo que eu não consegui entender. — Ei, acorda. — cutuquei ele de novo, e dessa vez vi ele abrir os olhos.
Kozume me olha e parece estar confuso, e em seguida olha ao seu redor.
— Kuro… O que eu estou fazendo no seu quarto? — ele me pergunta.
Ah.
— É… bem… é… — Deus, como é que eu ia explicar que a gente fudeu até cair na noite passada? — Então, ‘cê não se lembra não?
— Não? — ele se senta na cama. — Meu Deus, que dor. — ele parece parar para tentar lembrar o que tinha acontecido. — Eu realmente não… lembro. — seus olhos se arregalaram, como se tivesse se lembrado de tudo.
Vi seu rosto aos poucos ficar vermelho e ele me olhar com um leve desespero e depois virar o rosto.
— Lembrou? — falei enquanto ria um pouco da reação dele.
— Lembrei. — ele enterra seu rosto nas próprias mãos. — Hum? O que é isso? — ele aponta para a bandeja.
— Um café na cama, para nós dois. — sorri e coloquei a bandeja entre eu e ele e me sentei na cama.
O meio loiro apenas me observava ajeitar tudo o que restava, e eu realmente não sabia o que ele estava pensando.
— Me desculpa. Eu estava muito bêbado. — ele começava a tomar seu café e evitava me olhar nos olhos.
— Pare de pedir desculpas, se arrepende de algo? — ele me olha e fica quieto.
— Não. Definitivamente não.
Começamos a tomar nosso café, o clima não estava o dos melhores, e parecia que tanto eu quanto Kenma queríamos falar alguma coisa.
— Você quer falar sobre o que aconteceu? Ou... — perguntei para Kenma e ele me olha.
— Quero.
Respirei fundo e comecei a pensar sobre comi eu iniciaria essa conversa.
— Por que bebeu ontem?
— Eu… eu ando meio estressado desde aquele dia no bar. E tinha coisas que eu queria tanto ter te falado naquele dia, mas minha coragem não deixou.
— Kenma, que coisas? — perguntei enquanto já colocava minha xícara de café vazia em cima da bandeja.
Escutei ele respirar fundo, aparentemente juntando coragem e me olha, um olhar determinado.
— Semanas atrás, conversei com Shoyo sobre… bem, você. Ele me encorajou a falar o que eu guardava para você, eu ia falar no dia do bar… mas… sei lá. Não falei.
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Drunked Call. | KuroKen
FanfictionJá havia passado do horário de fim do expediente, Kuroo hoje estava fazendo hora extra, estava receoso de ir para casa. Até que recebe uma chamada do número de Kenma, e o tom de voz de seu amigo o preocupa; rouco, baixo, e necessitado. ────────────...