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🔞Se houvesse uma palavra para descrever como estou agora, é entediado. Já são quase nove da noite e eu ainda estou no meu local de trabalho. Não tem mais ninguém aqui, só eu criando coragem para sair da cadeira e ir para a minha casa.
“Ah Kuroo, por que você não quer ir para sua casa?” Simples, eu estou evitando meu querido amigo, Kenma.
Desde semana passada, quando fomos para um bar junto de nossos amigos íntimos, sei lá… Tá cada dia mais difícil reprimir os sentimentos que tenho pelo Kozume, sentimentos esses que eu provavelmente reprimo desde o meio da minha adolescência.
No último final de semana, especificamente no sábado, fomos num bar junto de nossos colegas. No caso Kageyama e Hinata, Bokuto e Akaashi, e Tsukishima e Yamaguchi. Parecia até mesmo um encontro de casais, já que todos ali namoram e apenas eu e Kenma que não.
O clima ficou bem constrangedor nesse dia, e, por incrível que pareça, foi a primeira vez que Kenma bebeu álcool. Descobrimos que ele definitivamente não é forte para bebida, mas quando todos — inclusive eu — já estávamos no auge da embriaguez, Kenma estava segurando meu queixo e encarando meus lábios. Pode ter certeza que minha alma foi no céu, deu um oi para Deus e voltou para meu corpo.
Kenma teve ações muito suspeitas nesse dia, e eu não consigo olhar no rosto dele por sequer cinco segundos sem ficar parecendo um idiota com o rosto avermelhado. Tenho certeza de que ele nem lembra de suas ações desse dia, já que ele esquece das coisas quando está sóbrio, quem dirá bêbado.
Meus pensamentos são interrompidos pelo toque do meu celular, que ecoa pelo escritório que até então estava no mais mortal silêncio.
Peguei o aparelho e chequei o nome de quem me ligava, e adivinha só? O dono dos meus pensamentos. Kozume Kenma.
Respirei profundamente antes de atender a ligação, finja normalidade Kuroo, finja normalidade! Ele é só seu amigo, seu amigo de infância.
— Oi oi Kenma. — falei em um tom nervoso, droga.
— Hey, Kuro… — ele me chama pelo pequeno apelido. — Eu preciso de você aqui. Agora. — ele dizia em um tom imperativo.
Meu cérebro se derreteu e meu coração quase estourava meu peito, merda, não fale nesse tom Kenma.
— Do que você precisa, Kenma? — notei uma leve demora pela resposta do outro lado da linha.
— Eu preciso de você. — ele diz e a ligação cai.
Por mais que provocante seja o tom da voz de Kenma na ligação, rouca… e até mesmo necessitada, eu tenho que me conter! Ele pode estar passando mal em casa, pode ter tido algum acidente!
Me levantei de forma brusca da minha cadeira e enfim tive a decência de sair do meu escritório e ir até meu carro. O meu local de trabalho fica meio distante do meu apartamento com Kozume, uns quinze ou vinte minutos.
Dirigi na alta velocidade, sem medo de ser multado e com a sorte das avenidas não estarem tão cheias de carros.
Não demorou muito para que eu chegasse no meu apartamento, quando cheguei perto da porta, já pude escutar uma música levemente alta vindo do interior do local. Procurei minhas chaves no meu bolso e destranquei a porta, logo vendo o estado em que a sala de estar estava.
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Drunked Call. | KuroKen
Hayran KurguJá havia passado do horário de fim do expediente, Kuroo hoje estava fazendo hora extra, estava receoso de ir para casa. Até que recebe uma chamada do número de Kenma, e o tom de voz de seu amigo o preocupa; rouco, baixo, e necessitado. ────────────...