A Falsidade

Escapando de Todos

Ângela corre para fora do hospital, quando cai e quase é atropelada por uma das ambulâncias que estavam chegando ali. Ela levanta-se rapidamente, vê os enfermeiros correndo para fora e tiram uma mulher em uma maca de dentro da ambulância, a Carmem chega perto dela e também observa o desespero dos enfermeiros naquele momento para tentar salvar a vida da mulher. Os olhos de Ângela enchem-se de lágrimas quando ela vê que conhece a mulher na maca, ela corre desesperadamente e ao chegar perto ela grita:
- Mãããããeee!!! Mãe o que aconteceu?!

A mulher na maca era a mãe de Ângela que teria sofrido um ataque cardíaco ao saber que sua filha teria sido esfaqueada na escola. Vendo que ela não consegue responder, Ângela pergunta à um dos enfermeiros:
- O que aconteceu com minha mãe?!

O enfermeiro responde:
- Nós ainda não sabemos moça, agora com licença que ela precisa ir para a UTI.

Ângela de desespera e corre para abraçar Carmem que nesse momento estava com a expressão muito triste. O pai de Ângela chega, à puxa e pergunta com um tom bravo na voz:
- Você está louca? Viu o que fez com sua mãe sua pirralha! Ela sofreu um ataque cardíaco por sua causa!

Ângela sem saber do que o pai dela estava a culpando, perguntou chorando:
- Mas o que foi que eu fiz pai? Por que ela teve um ataque cardíaco?

Ele responde:
- Ligaram da sua querida escola falando que você se envolveu em uma briga e te esfaqueram! Assim que sua mãe soube, ela não conseguiu segurar o nervosismo e caiu desmaiada! Pelo jeito você já sabia não é? Porque já está até aqui!

Ângela arregala seus olhos assustada e diz:
- Mas pai, eu não fui esfaqueada, foi um amigo meu e ele está em estado grave nesse hospital e eu não sabia de nada sobre a mamãe.

O pai de Ângela se altera e lhe dá um tapa no rosto, Carmem nesse instante fica à frente de Ângela e grita para o pai dela:
- Você está louco seu maldito? Não bata nela ou eu irei chamar a polícia!

O pai de Ângela começa a rir em voz alta e chama a atenção de algumas pessoas que estavam ali. Carmem abraça Ângela para tentar confortá-la quando ele a puxa de seus braços e sai arrastando ela pelo estacionamento do hospital, Carmem tenta impedir mas é derrubada e cai ao chão.

Ângela e seu pai adentram ao carro e lá começa uma série de espancamentos, Ângela apanha de seu pai sem dó nem piedade, ela grita mas ninguém à ajuda, até que ela desmaia e eles vão para casa. Chegando lá, Marcos à puxa do carro ainda desmaiada e sai arrastando o corpo de Ângela pelo quintal como se fosse uma carcaça de animal morto. Alguns vizinhos observam toda a cena macabra e resolvem chamar a polícia. Ele à joga para dentro de casa e observa ali, Ângela desacordada e indefensa, ela à olha por alguns minutos e resolve tirar-lhe toda a roupa de Ângela. Ele ainda em pé e a observando, começa a se despir e estupra Ângela ainda desacordada. Isso durou 25 minutos, até que a polícia arromba a porta vê toda aquela cena horrível. Eles prendem Marcos e Ângela é levada para o hospital, alguns vizinhos tentam linchar Marcos mas são impedidos pela polícia. Ele é levado para a delegacia e Ângela para o mesmo hospital onde sua mãe e André estavam internados.
Ao chegar na delegacia, Marcos é interrogado e levado para uma das celas, um dos policiais grita ao colocá-lo lá:
- Ta aí mais um pra vocês fazer em de mulherzinha. Esse estuprou a própria filha, agora ele é todo de vocês.

Um dos bandidos chega perto de Marcos e fala com uma voz perversa:
- Então você estuprou a própria filha? Sabe o que fazemos aqui com pessoas como você? Não sabe não é? Nós somos o contrário dos animais, nós comemos primeiro, depois matamos.

Os policiais apenas escutam os gritos de Marcos e caem na gargalhada.

No hospital Ângela acorda e se depara com uma enfermeira ao seu lado, sem lembrar de nada ela se desespera e tenta levantar da cama onde vê agulhas enfiadas em seu braço, ao sentir a dor ela deita novamente e a enfermeira lhe fala:
- Calma aí mocinha, você não pode ir agora, terá que ficar aí deitada até ficar bem, daí poderá ir para casa.

Ângela pergunta ainda assustada com tudo aquilo:
- O que aconteceu comigo? E porque meu corpo está doendo tanto? Cadê minha mãe e o André como está?

A enfermeira responde:
- O André está bem e fora de perigo algum, já a sua mãe eu não posso te dizer porque eu não sei qual o nome dela.

Ângela fala:
- O nome dela é Luciana Shinzer Florenço.

A enfermeira pede para que ela aguarde enquanto irá ver na recepção. Passados 15 minutos ela volta e fala para Ângela:
- Moça, você tem certeza que esse é o nome da sua mãe?

Ângela balança a cabeça confirmando já com os olhos cheios de lágrimas e a enfermeira lhe diz:
- Então tá, você terá que ser bastante forte. A notícia que eu tenho pra lhe dar não são das melhores.

Ângela indaga com um tom mais agressivo:
- Fala logo caramba! Como está a minha mãe?!!

A enfermeira lhe olha e responde com um olhar piedoso:
- Sua mãe infelizmente faleceu há 20 minutos, me desculpe, eu sinto muito pela sua perda.

Ângela olha paralisada para a enfermeira e surta se debatendo na cama, ela tenta segurar Ângela mas não consegue. Ângela levanta-se da cama, pega uma ceringa e aplica na enfermeira que cai aos poucos até chegar ao chão.

Ângela sai correndo, mas ao chegar na porta de saída do hospital, alguns enfermeiros à seguram e ela reage gritando:
- Me soltem!!! Eu preciso sair daqui, eu quero ver minha mãe, quero morrer com ela!

O enfermeiro responde:
- Sua mãe está aqui Ângela, por que você quer sair?

Antes dela responder algo, um dos médicos aplica um sonífero, que faz Ângela ficar sem reação alguma. O mesmo médico fala:
- Levem-na para o quarto, amanhã ela estará melhor e poderá ir para o orfanato, já que agora está sem pai nem muito menos mãe. Se ela surtar novamente, me avisem, que irei tomar providências mais severas.