Wildfire l.s (ABO)

O diário da mamãe

Volteei!
Não se esqueçam de votar e comentar o quanto puderem. Amo vocês ...

xxxx

Eu não sabia o que pensar. O que meu pai estava fazendo entrando naquele carro? Tudo bem, ele conhecia muitas pessoas, mas aquele Alfa? Um Alfa que provavelmente era metido em mais merda do que o Louis. Eu não conseguia entender. Não conseguia processar nada.

Olhei em volta, pensando no que fazer a seguir. Pensei em pedir ao Zayn que os seguisse, mas ele provavelmente me encheria de perguntas ou simplesmente recusaria segui-los. Por fim, decidi continuar e entrar em minha antiga casa.

Ao passar pela porta, olhei e volta e inspirei fundo aquele aroma reconfortante de onde sempre foi o meu lar. Senti um incômodo na garganta e logo meus olhos estavam se enchendo de lágrimas.
E se meu pai estivesse metido com algo errado e perigoso? Não conseguia nem imaginar o que aconteceria com ele. Eu precisava de respostas.

Subi as escadas e segui pelo corredor até o quarto que pertencia ao meu pai. A porta estava entreaberta. A empurrei devagar e entrei no cômodo. Estava um pouco escuro devido as cortinas fechadas, então acendi a luz e olhei em volta.

Tudo parecia normal. Exatamente como eu me lembrava. Talvez não houvesse nada ali que me desse o tipo de resposta que eu precisava. Ainda assim, me dispus a procurar por algo.

Vasculhei a mesinha de cabeceira, a cômoda e o guarda-roupa. Em seguida, me ajoelhei no chão, e olhei embaixo da cama.
Tirei as duas caixas fechadas que ali estavam e as vasculhei.
Mesmo assim, horas depois, sentei-me derrotado. Elas continham vários itens pessoais; projetos de escola, boletins, velharias e algumas fotos de família.
Havia recordações que significavam bastante, mas nada para me me dar respostas.

Fechei de novo as caixas e me levantei, exausto, mas determinado. Olhei pelo
quarto, então fiz uma varredura nas gavetas, prateleiras, estantes e banheiro.
Vasculhei nas fotos nas prateleiras, olhei os pequenos enfeites e passei o dedo
pelas lombadas dos livros.

Havia um pequeno baú, o qual reconheci imediatamente. Ele pertencia a minha mãe.
Após pegá-lo, me sentei na beira da cama e o abri. Haviam cartas, fotos e até mesmo alguns objetos. Também havia um pequeno caderno de capa preta que chamara minha atenção. Era o diário da minha mãe.

Por fim, abri a terceira caixa, encontrando mais algumas fotos. No fundo, havia um livro preto, com páginas marcadas e as lombadas bem gastas. A capa do livro continha uma etiqueta com datas. Abri, olhando as primeiras páginas até descobrir o que estava lendo.

Era o diário da minha mãe.

Enquanto lia, tantas coisas começaram a a tomar forma em minha mente. Eu sabia que ela e meu pai haviam se conhecido quando ainda eram adolescentes. Que ela trabalhou muito anos em casas de famílias ricas para sobreviver e que seu maior sonho era se tornar uma artista famosa por seus quadros. Mas isso, não eram nem metade do que eu descobri ao ler aquele diário.

— Eu não sabia que minha mãe viveu na França.

França, 1993

" Estou vivendo na França há cerca de um ano. Me mudei para cá em busca de uma oportunidade para aperfeiçoar meus talentos com a pintura. No momento, estou trabalhando para pagar os estudos.

É a primeira vez que sou bem recebida por uma família. Eles me tratam como se eu fosse da família e isso me traz um certo conforto. A Ômega é muito bonita e gentil, e está esperando o seu primeiro filhote.

Estou noiva e prometida a um Alfa que não amo. Meus pais dizem ser o melhor para mim, mas eu sei que jamais serei feliz ao lado desse homem.
Meu único e verdadeiro amor é o Jeffrey.