Wildfire l.s (ABO)

Histórias do passado

Oi, meus amores
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Chovia fraco lá fora. O dia estava frio e escuro, o que acabara deixando Louis em casa hoje. Nesse momento, ele estava na sala de estar, sentado no sofá, enquanto olhava fixamente para as chamas da lareira. Eu terminava de preparar um chá de ervas com essências calmantes. Segurei firme o pires com à xícara e saí da cozinha, me aproximando do Alfa que parecia alheio a minha presença. Me sentei ao seu lado e lhe estendi o chá. Seus olhos encontraram os meus no mesmo instante.

— Não precisava se incomodar. — disse baixinho, pegando à xícara das minhas mãos — Está quente o suficiente pra você?

— Está bom. — sorri carinhosamente, sentindo o calor aconchegante da lareira aquecer meu corpo trêmulo — Eu sinto muito frio as vezes.

— Eu percebi. — ele sorriu, bebericando um pouco do líquido quente — Está sempre com casacos ou blusas compridas.

— Vocês é que está sempre quente. Parece nunca sentir frio.

— Sou um Alfa, dificilmente sinto frio. — deu de ombros. Assenti, porém logo me dei conta de algo — O que foi?

— Meu pai e meu irmão são Alfas, mas sentem frio como qualquer outra pessoa. — comentei. Louis franziu as sobrancelhas — O Sam também.

— Bom, não são todos que possuem essa resistência. — ele riu, desviando o olhar para a lareira outra vez. O encarei com curiosidade — Por que está me encarando, Ômega?

— Nada não! — maneei a cabeça, pigarreando em seguida. Havia algo que não fazia sentido — Como está o chá?

— Muito bom.

Estreitei meus olhos e o analisei com atenção.

— Então você nasceu na França, certo? — minha pergunta atraiu sua atenção — E depois viveu na Escócia?

— Exactement! — ele sorriu, deixando à xícara sobre a mesinha de centro antes de se virar em minha direção.

— E sua família? — sua mandíbula se contraiu — Desculpa perguntar assim, mas... Fiquei curioso. Você citou sua mãe e disse que a loja em que fomos pertence a sua família.

— Minha irmã toma conta dos negócios. — ele deu de ombros e lambeu os lábios antes de continuar: — Não me interesso por
nada disso e... É só. Não tenho mais nada para falar sobre a minha família.

— Tudo bem, não precisa falar. — baixei os olhos e inspirei fundo — Apenas queria saber mais sobre você. Te conhecer e entender tudo isso.

— Não é uma boa ideia, Harry. — ergui meus olhos, fitando os seus com fervor — Nada sobre mim vai agradar você e... Melhor que tudo fique como está.

— Louis... — respirei fundo, mantenho nossos olhares conectados — Eu sei que certas coisas são difíceis de dizer, mas... Já ao menos conversou com alguém sobre o que te incomoda? — ele maneou a cabeça — Muitas das vezes conversar pode ajudar.

— Harry...

— Não estou te pressionando, mas quero que saiba que estou aqui para ouvir, caso queira conversar. Minha mãe me ensinou que sempre devemos ouvir o outro, com o coração aberto e sem julgamentos.

— Sua mãe parecia ser uma pessoa incrível.

— Ela era. Uma Ômega forte e muito carinhosa. — forcei um sorriso ao me lembrar dela — Ainda não entendo como tiveram coragem de...