presente
Gabriel estava perdido naquele triste pensamento quando o advogado de acusação lhe despertou.— Você tem alguma prova sobre o que você acabou de nos contar?
Gabriel olhou na direção do inspetor Mello, o detetive, o qual andava investigando o assassinato de Guilherme Santos.
— Sim. — Ele respondeu.
O advogado de defesa então levantou a mão ao júri e pediu que chamasse uma testemunha. O juiz concedeu e então o detetive Mello tomou a frente.
— Chamei a testemunha porque o réu nos informou que você tem a prova que o advogado da parte oposta pede. Isso é verdade?.—O advogado de Gabriel perguntou.
— Sim. — Começou o detetive. — Dois dias antes do julgamento do réu, este me procurou e contou-me todo o acontecido.
O detetive então meteu a mão no bolso e retirou um pequeno embrulho, entregando ao advogado de defesa.
— O réu me passou uma conversa entre ele e o ausente. Pediu-me para entregá-los meritíssimo.
O juiz concedeu a prova e o advogado levou até a bancada onde tinha um policial com um notebook. O áudio foi transferido para as caixas no alto do salão.
— Alô, Gabriel. Sou eu, o Eduardo.
— Oi, Edu. Você já saiu de Sortilégio?
— Estou na estrada. Vou para a colônia do meu pai. Volto em três dias, meu amor.
— E como você está?
— Estou triste e com medo de ser preso, não queria ter matado o Guilherme, mas ele ia contar tudo.
— Fique tranquilo, meu amor, eu darei um jeito de proteger você, eu juro, tá?
— Obrigado, meu lindo. Serei eternamente grato a você.
A gravação foi findada com falatórios e cochichos novamente. O advogado de defesa tomou iniciativa novamente.
— Como ouviram, o réu e o outro jovem trocava ligações no mesmo dia que antecede o assassinato de Guilherme Santos. O réu havia baixado um aplicativo de gravação desde o dia em que um ex-namorado de sua irmã, Talha Santos, havia lhe ameaçado. Porém, isso não vem ao caso. O que importa é que devido a esta gravação prova que o réu estava o tempo todo confirmando a verdade.
— Isso não pode ser uma prova concreta. — Falou o advogado contra.
— A mãe do jovem falecido, que não pôde estar aqui, nos revelou com toda a clareza que a voz presente nos áudios era, sim, de seu falecido filho Eduardo Gomes. Então, considerando a isto, provando claramente que o réu é inocente e que também não havia indícios no corpo da vítima, peço ao meritíssimo que nos dê sua resposta final sobre o acusado e réu Gabriel Silva Monteiro Viegas de Souza.
Depois de alguns instantes, o juiz decidiu inocentar Gabriel desse crime. Foi difícil para os pais de Eloah aceitarem a verdade e o relacionamento entre Eloah e Gabriel, considerando especialmente a tragédia envolvendo Guilherme. No entanto, com o tempo, eles entenderam e aceitaram que Gabriel não foi o responsável pela morte de Guilherme. Além disso, se Gabriel tivesse entregue Eduardo Gomes às autoridades mais cedo, a justiça já teria sido feita.
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O Réu
Mystery / ThrillerO que levou Gabriel admitir o crime? Ele é apenas um jovem de 20 anos que nunca passou pela cadeia, no entanto, ele admitiu ter assassinado Guilherme Santos, o pré-adolescente de 13 anos. A polícia não sabe o real motivo que fez Gabriel ter conf...