The Train to Nowhere - Tomarry

19

Tom não sabia o que pensar.

Ele não... sabia... o que pensar . Parecia que sua mente estava subitamente em branco, como se estivesse vazia de quaisquer pensamentos e sentimentos além de confusão e choque. Ele ficou tão assustado que mal percebeu quando sua consciência deslizou de volta para seu próprio corpo, desfazendo todo o trabalho duro que Tom havia colocado neste projeto até então.

" Seu rosto parece engraçado ", Nagini sibilou, vendo a expressão de seu Mestre. " Seus pensamentos lutaram e quebraram algo em sua cabeça? "

"Ele," Tom começou de repente, ainda sem olhar para Nagini, mas para o ar vazio à sua frente. "Ele estava dormindo ao meu lado. Quer dizer, não, não ao meu lado , mas... os dormitórios de Durmstrang não são... ele não deveria ter um colega de quarto, tenho certeza disso. Como pode, então...?"

" Eu não entendo. "

"Por que ele dividiria a cama com... qualquer um se não precisasse? Eles estão tendo uma festa do pijama? Por que ele iria querer...? É perigoso, como ele poderia confiar em alguém para não lançar um feitiço nele enquanto ele não está acordado para nem saber sobre isso? Um simples Imperio... talvez eu devesse usar isso nele. Iria lhe ensinar uma lição."

" Não estou entendendo, amigo ", Nagini sibilou, deslizando para mais perto. " Eu ordeno que você faça algum sentido. "

"Cale a boca", Tom respondeu, fechando os olhos com força. Ele franziu o cenho, depois fez uma careta, depois deu de ombros e balançou a cabeça. "Eu não entendo as pessoas", ele disse finalmente. "Ou talvez ele... oh, quem se importa. Eu testei a poção e ela funciona." Ele não tinha testado por quanto tempo ele poderia controlar o corpo do garoto, mas, novamente, não era isso que ele estava buscando em primeiro lugar. Se ele fosse assumir o corpo do garoto, era provável que algumas de suas próprias características aparecessem - os olhos, por exemplo, e talvez o cabelo também.

Ele pretendia que a possessão durasse muito mais tempo, mas não importava – ele sabia agora o que fazer se quisesse fazer isso de novo. Pena, no entanto, que suas opções eram limitadas em termos do que ele era capaz de fazer enquanto estivesse no corpo de outra pessoa. Pena que ele não seria capaz de navegar pelas memórias do garoto – ele precisaria de legilimência para isso – mas isso teria que servir por enquanto.

'Estou pensando demais', Tom decidiu. 'Não havia absolutamente nenhuma razão para eu me comportar como um idiota... despreparado. Este não sou eu. Não é assim que eu ajo.' Para ser justo, porém, acordar na mesma cama que Harry Potter foi uma experiência estranha e inesperada. O homem suspirou novamente e convocou um elfo doméstico, ordenando que lhe trouxesse uma xícara de chá. Nagini ainda estava olhando para ele, antes de abaixar lentamente a cabeça em um travesseiro.

" Se você matar o garoto, toda a sua confusão em relação a ele desaparecerá. "

"Mas as possibilidades também!"

" Você está além da minha ajuda ", Nagini sibilou. " Não fale mais comigo. Você pode me dar as harpias. "

"Foi você quem começou a falar comigo!" Tom exclamou, antes de suspirar e lançar um feitiço em um vaso próximo, fazendo-o explodir. Ele então franziu a testa e se virou para olhar para sua cobra. "Harpias?"

" Ouvi dizer que um dos seus homens de rosto branco ganhou harpias de uma mulher trouxa ", respondeu Nagini, antes de se virar. " Ele não pareceu feliz com isso. "

"Harpias", Tom repetiu, imaginando uma mulher trouxa com uma gaiola cheia de Harpias gritando. Uma Harpia já seria ruim o suficiente, pensar que mais estariam disponíveis — mas não, Nagini deve ter ouvido mal ou entendido mal. Uma Harpia seria facilmente capaz de matar vinte, trinta humanos antes que eles conseguissem feri-la. Uma mulher que teria Harpias suficientes para dar não era... real. De qualquer forma... ele realmente não se importava o suficiente para pensar sobre isso.