Esposa De Mentira

☆Cap. XXXVI☆

S/n:

Hades: não quer ir pra casa mesmo?- falou parando o carro na frente da boate.

Fomos na escola, depois ao shopping e trocamos pouquíssimas palavras. Ele tentava puxar assunto e eu já o cortava, tentava me tocar e o afastava.

S/n: não. Eu preciso ir trabalhar. Não precisa ir buscar o Theo, eu mesma vou e depois pego um ônibus para casa.

Hades: eu posso te buscar aqui de carro e buscamos ele juntos.

S/n: não, eu busco sozinha. Prefiro assim, ele não é sua responsabilidade, muito menos eu- abri a porta para sair.

Hades: s/n, tem alguma coisa que eu possa fazer para amenizar?

S/n: amenizar o que? Tem nada para amenizar. As meninas estão descarregando umas caixas eu vou la ajudar.

Hades: tchau.

Fechei a porta e caminhei até as meninas, que estavam descarregando caixas da camionete do João. Mas ele não parecia estar ali.

Mei: vish.. não foi bom...

Todas me olharam com caras nada boas, como se soubessem que estou me sentindo tão mal. Achei que sabia disfarçar.

Lirio: relaxa, as vezes a primeira vez é assim mesmo, melhora com o tempo.

Rosa: devia estar nervosa de mais.. isso atrapalha também.

S/n: poxa.. Bom dia para vocês também.

Margarida: já vem com essa carinha triste, já está entregando tudo.

Esperei o carro dele sair do meu campo de visão e então meus olhos encheram de lágrimas de novo. Abracei a Mei e comecei a chorar finalmente escondida contra seu pescoço.

Mei: tão ruim assim? Calma meu amor.- falou fazendo carinho em mim.

Julia: estão paradas aí por que? - falou saindo e vendo todas ali- Bora mulhera..da.. o que foi meu bebê?

Lirio: eu acho que vamos ter que matar um macho. Aproveita que estou no clima.

Mei: ele foi rude de mais com você? Te machucou?

S/n: não! Vocês querem parar?

Rosa: estamos preocupada! Fala logo o que aconteceu.

Margarida: ontem ficou toda nervosa dizendo que queria ir para casa, finalmente perder esse lacre aí e agora está assim. O que quer que a gente pense?

S/n: nós dois não fizemos aquilo não.

Lirio: ele não te quis??

S/n: temos que falar disso aqui no meio da rua?

Julia: como se os vizinhos aqui da rua já não soubesse que falamos dessas coisas e fazemos isso.

S/n: eu fiquei nervosa de mais e ele estava mal por causa dos remédios, enjoado e no meio da noite vomitou, não era nem de longe o dia certo. Só dormimos abraçados, não era o clima certo...

Rosa: agora eu não entendi... por que está chorando então? Isso é bom, não?

Lirio: se não foi ontem, vai hoje. Chora não. É bizarro te ver chorando. Achei que você nem conseguia fazer isso.

Margarida: ainda mais por não dar pro marido.

S/n: não tô chorando por isso!

Margarida: fala logo então!

Lirio: desenrola carretel!!

Julia: tá, vem. Vamos entrar antes que o João veja ela chorando. Daí vocês já viram que aquele lá enlouquece.