☆Cap. XI☆

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S/i: eu fico com ele.- entrou no quarto e se escorou na porta, me olhando de cima a baixo.

S/n: para criança ir parar no hospital de novo?

Estava terminando de arrumar meu cabelo, na frente do espelho do meu quarto.

S/i: reclama de tudo também, né? Já falei que foi acidente. Quem é alérgico a fruta?

S/i: essa roupa é nova? Minha irmãzinha é bem gata

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S/i: essa roupa é nova? Minha irmãzinha é bem gata. Vai encontrar um cliente?

S/n: o que você quer peste? Não estou com paciência pata as suas conversinhas não.

S/i: você disse que não tinha dinheiro e agora aparece com roupa nova, cortou o cabelo, está de salto alto, cheia de malas, ontem veio para casa em um carrão, aliás tem um bem caro e chique aqui na frente...

S/n: e o que que tem?

S/i: está fugindo? Se macumunou com um velho rico? Se sim, pode me apresentar a algum amigo dele?

S/n: estou fugindo sim. De você, mas sempre me acha.

S/i: não vai levar meu filho para longe e sem nem me falar onde.

S/n: Se ficar me atazanando eu faço o que deveria ter feito ontem.

S/i: só estou perguntando de tudo isso. Para de ser chata, sou sua irmã.- falou mexendo nas minhas coisas.- por que essas malas e do Theo?

S/n: você vendeu a casa e daqui a pouco o dono chega. Se esqueceu? Já sabe onde vai ficar?

S/i: você não resolveu isso ainda?

S/n: o que você chama de resolver?

S/i: achar um novo lugar para nós morarmos- a interrompi.

S/n: nós? Quem? Você entrava aqui dentro por ser dona, agora que não é mais a gente se vê só na rua e olhe lá.

S/i: não começa com esse discurso. Eu e você sabemos muito bem que você não é assim. Você não consegue me deixar passar necessidade. Querendo ou não, uma só pode contar com a outra, só eu vou te entender e só você vai me entender. Porque passamos pelas mesmas coisas.

S/n: nossa! Como fala bonitinho, por um segundo até cheguei a acreditar. Só que daí eu lembro que você vendeu a minha casa, quebrou tudo nela, incluindo a cama do seu filho, e ainda por cima veio ontem com a cara de pau de um cachorrinho abandonado. 

S/i: você esconde as coisas de mim! Parece o nosso pai, sempre cheio de segredinhos, telefonemas estranhos, parecendo que está devendo algo.

S/n: eu? Eu que estou devendo?? Eu que sumo e não dou uma satisfação se quer? Tá! chega disso, antes que eu acabe te dando uns tapas que a nossa mãe deveria ter te dado quando era pequena. Pega tuas coisas que temos que entregar a casa.

S/i: e eu vou para onde?

S/n: não sei, te vira. Por mim pode parar até no inferno.

S/i: você não vai levar meu filho para morar num cabaré! Seja responsável!

Esposa De MentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora