So Hing School★Hazel Callahan★

Decisões erradas

Eleanor entra em seu dormitório, com lágrimas ainda escorrendo em seu rosto. Ela não queria acreditar no que Tim havia dito, não queria acreditar que, pela primeira vez que estava realmente se apaixonando por alguém, tudo ter acabado assim, em mentiras. Ela se senta em sua cama e olha para o porta retrato de sua mãe em cima da mesinha ao lado de sua cama, pega o mesmo e acaricia a foto, seu choro aumenta.

— Por que mamãe?— ela pergunta, com soluços entre o choro.— Por que sempre tomo as decisões erradas?— ela questiona e abraça o porta retrato em seu peito.— Por que mamãe!?— ela exclama chorando ainda mais.

Ela pega o celular e tenta cessar o choro, limpa as lágrimas e procura o contato de Peter.

— Alô?— o homem fala do outro lado da linha.

— Peter, vem me buscar.— a loira fala.— Por favor, vem me buscar.

— Eleanor? Eleanor o que aconteceu? Por que está chorando?— o mordomo pergunta preocupado.

— Me tira daqui Peter. Por favor me tira desse colégio.— Eleanor diz em prantos.

— Eu estou indo querida, estou indo.— o mesmo fala e Eleanor afasta o celular do ouvido, apertando ainda mais o porta retrato sobre o peito, chorando desesperadamente.

[...]

Hazel entra na sala de aula, era aula de química, ela sabia que seria um caos, e que provavelmente Eleanor não sentaria mais com ela, até ela entrar, a aula começar e Eleanor não não aparecer lá.

— Mas ela foi embora, assim?— uma das meninas do grupo de dança pergunta a Britney.

Hazel levanta seu olhar do seu caderno, prestando atenção na conversa de Britney com a garota.

— Foi, ela não quis falar comigo nem com Isabel, mas vi ela indo embora com Peter.

— E aí?— a menina questiona curiosa.

— Ela estava chorando muito, se duvidar até com soluços, nem tinha tirado o uniforme de líder de torcida.

— Caraca.— a menina murmura.— Então esse negócio mexeu mesmo com ela.— Britney assente.

Hazel fecha os olhos com força pensando na grande merda que fez, olha para o grupo de jogadores no fundo da sala, rindo escandalosamente. Ela sente ódio de Tim e de Jeff, de todos que estavam ali.

Quando o sinal para o intervalo toca Hazel caminha em passos apressados e firmes até PJ e Josie, que guardavam algumas coisas nos seus armários.

— Eu tô dentro.— Hazel diz parando atrás delas.

PJ e Josie se viram e olham para a mesma confusa.

— Dentro de que?— PJ questiona confusa.

— De destruir os jogadores de futebol.— Hazel fala com firmeza.

PJ sorri maquiavélica assim como Josie.

[...]

— Beleza. Temos que procurar informações sobre esses filhos da mãe.— PJ diz se apoiando na mesa da biblioteca.

Ela, Hazel e Josie se reuniram na biblioteca para colocarem seu plano de destruição contra o time de futebol em ação.

— Acho que além deles serem totalmente estúpidos, héteros e idiotas, não tem mais nenhuma informação plausível.— Josie diz com os pés sobre a mesa e comendo uvas de uma vasilha.

— Eles tem que ter algum podre. Alguma coisa que manche a imagem deles.— PJ fala.

— Tá, mesmo se encontrarmos isso, nunca vão acreditar na nossa palavra. Somos nós, contra eles.— Hazel aponta para um cartaz enorme na parede da biblioteca sobre o jogo final, com Jeff semi nu estampado nele.

PJ e Josie olham para o cartaz, PJ suspira.

— É, é eles sempre escutam esses imbecis.— a mesma fala com as mãos na cintura.— Mas...sei lá! Jeff já deve ter feito alguma merda na vida.

— PJ, o cara canta Lady Gaga no banho. O que se espera dele?— Josie questiona.

— Que seja gay?— Hazel fala óbvia.

— Isso... estranhamente faz sentido.— PJ diz.

[...]

— Mas Eleanor, você precisa comer.— Peter diz com a bandeja em mãos, no quarto da loira.

— Não tô com fome Peter.— ela fala remoida na cama.

— Mas desse jeito vai ficar doente. Tem que se alimentar, comer proteínas...

Eleanor permanece em silêncio, Peter suspira e deixa a bandeja sobre a penteadeira da loira, e então saí do quarto. Eleanor olha para a bandeja de comida e então repara nas tulipas que Hazel havia feito para ela. O primeiro beijo delas se repassa na cabeça da loira, e depois a vez que ficaram no aniversário de Hazel, e de como foi completamente incrível abrir os olhos e sentir as mãos da mesma acariciando seu cabelo. Eleanor fecha os olhos e se vira para o outro lado, encarando a parede branca de seu quarto.

— Filha.— franco adentra seu quarto, Eleanor o olha mas logo em seguida deita a cabeça no travesseiro novamente.

Franco se aproxima da cama da menina e se senta na beira dela.

— Filha Peter me contou o que aconteceu hoje mais cedo.— Eleanor não diz nada.— O que houve no colégio?

Eleanor suspira fundo, segurando o choro preso na garganta.

— Só uns problemas, nada demais.

— Eleanor, você ligou chorando para Peter te buscar, desde que chegou só ficou trancada dentro do quarto e não quer comer nada. Como não foi nada demais?— a loira se senta e olha para o pai.— Você sabe que pode falar comigo.

— Sim. Sim eu sei, mas...mas eu não quero falar, não sobre isso.— a loira diz e desvia o olhar de seu pai.

Franco suspira e olha para a filha com compreensão.

— Quer que eu chame sua tia Lilian?— a loira nega.— Sua avó?— nega novamente.— a professora de Pilates?

— Pai.— ela o olha de novo.— Eu não quero falar com ninguém sobre isso. Por favor.— a última fala sai por um fio de voz.

Franco se levanta e suspira.

— Ok, tudo bem. Mas pelo menos coma alguma coisa filha, não quero te ver doente.— Eleanor assente voltando a se deitar.

Franco caminha até a porta do quarto e fecha a mesma assim que saí.