⟿ Caixa.

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Avisos: Claustrofobia e crises de pânico presentes neste capítulo

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Avisos: Claustrofobia e crises de pânico presentes neste capítulo. Caso tenha qualquer tipo de sensibilidade a algum desses temas, recomendo que tenha cautela em ler o conteúdo a seguir.

PRIMEIRO CAPÍTULO:

A caixa.


Presa,
Suada
E com falta de ar.

Essa era a exata sensação com a que eu acordei de maneira abrupta. Estava deitada, em uma espécie de caixa que não parava de subir e subir. Era tudo pequeno, rápido e abafado. Muito abafado. As gotas de suor escorriam pela minha testa e eram tantas que eu não sabia dizer se era pelo calor ou pelo nervosismo de estar em um lugar totalmente desconhecido.

A questão é que era como se tudo fosse desconhecido.

Não sei como vim parar aqui e também não sei o motivo pelo qual estou aqui. Simplesmente não consigo respirar direito, o lugar é pequeno demais e aparentemente eu sou alta demais, o que leva minhas pernas a baterem em uma pilha de caixas metálicas, que caem com o impacto.

O problema é que elas caem nas minhas pernas e também no meu estômago.

– Aaah!

São tão pesadas que quase chego a vomitar pela força exercida em minha barriga. Não consigo gritar por ajuda, estou com dor e com tanta falta ar que sequer consigo ouvir a minha voz. Entretanto, meu corpo implora por socorro, fazendo com que as lágrimas de dor se juntem ao suor em meu rosto.

Em meio a dor, tento estudar o ambiente em que me encontro o máximo que consigo, é escuro e úmido e possuí um cheiro ruim, como se fosse misturado com diversos odores distintos. Percebi que além das caixas metálicas, haviam caixotes de madeira, extremamente reforçados que continham...animais?

Desta vez, minha voz conseguiu sair de minha garganta, revelando um grito agudo e estridente no momento em que vi olhos cinzentos de uma cabra pelas frestas de madeira de uma caixa, pois ela estava praticamente colada em meu rosto. E então, quando eu achava que não podia piorar, um barulho de um grito, extremamente audível se apresentou no local. Não era um grito qualquer, parecia uma besta.

E ela pulou sobre as grades com fervor, parecia uma aranha mecânica extremamente assustadora e agressiva. Cheia de dentes e muco em sua boca enorme. Certamente, se já estava apovorada, havia ficado mais ainda.

E então, com o susto eu berrei novamente, me contorcendo, entrando em pânico e tentando ao máximo sair de perto da parede gradeada, o que fez minhas pernas doerem mais ainda e mais caixas caírem por cima de mim. Inclusive o caixote da cabra.

Eu poderia começar a rezar agora, mas eu nem mesmo me lembro como funciona uma oração. Sinto que estou entrando em pânico, meu corpo suava tanto que eu senti uma poça pôr debaixo de minha coluna, tremia tão absurdamente pela falta de espaço que estava prestes a enlouquecer.

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⏰ Última atualização: Jul 29 ⏰

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O anjo caído. (Maze Runner)Onde histórias criam vida. Descubra agora