Três.

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Estranho.

Tudo estava muito estranho, tudo naquela casa começou a ficar estranho quando sonolento, [Nome] viu perto- correção, literalmente em cima de si, um homem - isso se poderia o chamar assim - tão estranho.

E ele fedia, o horrível cheiro de suor, de comida azeda e o mal cheiro que vinha do que o Morelli pode deduzir que eram as axilas. Mesmo sendo um bom trabalho e não sendo exatamente um homem cristão, o dono de fios [negros/claros] não negaria que aprendeu a rezar.

Dizem que nada muda um homem.

Pois bem, após ter o espaço pessoal invadido pelo próprio pai urso, [Nome] já estava rezando Ave Maria, Pai nosso e o Credo.

— Que inferno! — Ele praguejou, por fim jogou a colher que tinha em mãos, no chão junto a panela que tinha caído. O molho de tomate se espalhava pelo chão recém limpo, fazendo um nó se formar na garganta do jovem escritor.

Se passou no total de dois dias, desde o último acontecimento e coisas inexplicáveis continuavam a acontecer, o perturbando, o deixando irritado e incrivelmente choroso. Recentemente tudo o estressava e no fim, resultava em um choro que durava duas horas seguidas e apenas parava por que os stralos na parede aumentavam ao ponto de ser insuportável.

Recentemente tudo o deixava disperso, talvez seja o cansaço por duas noites mal dormidas. Tendo perto de si o próprio satanás.

— Isso poderia ser uma ofensa ao homenzinho vermelho — balbuciou soltando um suspiro baixo enquanto se encostava na parede e escorregava lentamente até estar sentado no chão. — Aposto que nem o próprio inferno deve feder tanto, que o Deus Rá cuide de mim, puta que pariu, já me livrei da minha família que estava fazendo um inferno na minha vida, eu não preciso de um demônio que nem conheço em minha cola.

Ele ficou longos minutos olhando para o boneco sentado em uma pequena cadeira, não se importando que o molho de tomate - o que outrora seria um para cachorro quente - se aproximava de si e começava sujar suas roupas.

A vida, que até então parecia boa, um emprego que ate então parecia tão fácil estava se tornando um pesadelo para o dono de fios [escuros|claros]. O Morelli fechou os olhos e soltou um bufo baixo, parecia que o peso do mundo estava em suas costas o irritando.

— Eu só queria dormir sem ter que me preocupar, sem ter um Egun fedendo no meu lado.

Não demorou muito para que infelizmente o cheiro ruim chegasse em suas narinas e as paredes estralassem novamente. O homem sentiu a bile subir por sua garganta quando o cheiro pútrido ficou perto de mais.

O Morelli, não ousou abrir seus olhos, principalmente quando o cheiro pútrido se tornou mais forte o querendo fazer chorar.

Quando algo tocou seus cabelos, o escritor gritou e por instinto socou a coisa à sua frente com uma força desesperada, sentindo imediatamente a dor aguda irradiar pela mão.

O impacto reverberou em seus ossos, mas o gemido de dor que veio da figura diante dele foi um som ainda mais profundo, carregado de sofrimento. Um som penetrou em seus ouvidos, um gemido de desespero e angústia, imediatamente o chão rangeu.

A dor em sua mão era palpável, mas a resposta à sua violência era ainda mais perturbadora, realmente tinha alguém ali consigo. Alguém que fedia muito e parecia ter mijado nas calças, era podre, tão podre.

[...]

Um choro baixinho deixou os lábios rachados de Brahms, ele teve que tirar a máscara de porcelana pois o ranho estava molhando.

"Por qual motivo você tinha o batido? Ele estava sendo carinhoso! Ele só queria tocar seu cabelo! Nem era tão ruim".

O grande homem pegou uma toalha encardida e levou ao rosto para limpar o nariz que escorria. O quarto a qual morava cheirava a mofo e após tanto tempo ali já tinha se acostumado.

Tentaria ir novamente atrás de seu homem durante a noite. Quando ele não poderia correr e nem o bater.

Eu gosto de você, [Nome] — Brahms balbuciou, fechando os olhos e se lembrando de sua face tranquila, seu corpo coberto por finos tecidos.

Quando Brahms percebeu, estava se esfregando no grande travesseiro que tinha, suas calças jogadas em um lugar a qual ele não deu importância. O pau duro roçando contra o tecido surrado, um gemido alto deixou os lábios do Heelshire quando a cabeça bulbosa de sua intimidade entrou dentre as costuras da enorme almofada, o pré-gozo atingindo a espuma.

 O pau duro roçando contra o tecido surrado, um gemido alto deixou os lábios do Heelshire quando a cabeça bulbosa de sua intimidade entrou dentre as costuras da enorme almofada, o pré-gozo atingindo a espuma

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Notas: O finalKAKAKAKKAKA

Good Boy - Male Reader.Onde histórias criam vida. Descubra agora