O Amor Tem Gosto De Sangue.

Novo dia, novo plano.

Eu continuo sentada no chão, indignada.

Se duvidar a Gina disse aquilo por ciúmes, seja de mim ou da Jennifer que não e a Jennifer é a merda da Tiffany!

Eu respiro fundo, sentindo um desespero, tirando minha razão e qualquer pensamento racional.

Observo o quarto, aquele imenso quarto assim como qualquer outro cômodo daquela casa.

"Mas tem que ter uma casa muito grande mesmo pra caber aquela vadia e o ego dela."-Eu disse para mim mesma enquanto me levantava.

Vou até a janela e observo o mundo lá fora... A quanto tempo eu não saia? A quanto tempo não andava pela calçada enquanto ria das pessoas que tropeçavam ou das crianças que acidentalmente deixavam seus sovertes caírem no chão?

Minha liberdade foi embora em um piscar de olhos, eu não consegui segurar... Mas eu iria consiguir manter uma coisa, minha razão e honra.

Eu precisava pensar de forma lógica e racional, não adiantava deixar as emoções tomarem conta de mim se elas não vai me ajudar a me levar em lugar algum.

E eu vou fugir... Assim que aparecer uma oportunidade eu vou embora e ela nunca mais vai me ver...

Me senti na cama até que volto a sentir aquela sensação que não estou sozinha,  observo atrás da porta, vendo o mesmo homem de mais cedo me encarando.

"Isso que é amor né?"-Eu disse baixo.

Ele apenas vira a cabeça em confusão, quase como perguntando o que eu iria fazer.

"Eu vou fugir..."

Ele vai até a janela novamente, apontando pro mesmo lugar, aquele "armazém" que ela tinha perto do jardim.

"Eu sei... Eu vou lá antes de fugir, seja lá o que você quer eu vou te ajudar."

Ele acena, antes de escutar Tiffany falar do outro lado da porta.

"Já parou de resmungar e reclamar princesa?"-Assim que ela fala, chamando minha atenção e me fazendo desviar o olhar, quando volto para encarar o homem, ele não estava lá mais.

Eu caminho lentamente até a porta.

"Já... Já aprendi... Por favor..."-Eu disse engolindo meu orgulho-"Vem me ver.. eu fiquei tão sozinha esses dias, você me deixou isolada e agora não quer me ver mais?"

Ela abre a porta lentamente, sorrindo.

"Eu não te deixei isolada... Você viu a Gina."

"Eu já disse que não fiz nada! Eu fechei a porta na cara dela... Eu aposto que ela está falando isso para separar a gente!"-Eu disse fazendo drama, me deitando na cama.

Tiffany ficou em silêncio por alguns segundos, me encarando.

"Você sabe que amo você..."-Eu disse mentindo.

"... Não sei não."-Sua expressão tornando-se fria, as poucas vezes que vi ela com essa expressão, foi antes de acontecer algo muito ruim.

Porém disfarço meu medo, pensando racional.

Faço uma cara triste e viro o rosto para não encarar ela.

"Por que está com está cara? Quem tá errada aqui e você."

Eu continuo com o rosto virado.

"Eu te deixei triste?"-Ela disse se sentando do meu lado da cama enquanto acarenciava meus cabelos, observando minha expressão triste.

"Claro que sim... Eu tento fazer tudo que você me pede da melhor maneira, tentando não cometer nenhum erro e quando alguma coisa inesperada acontece, a culpa e minha? Antes de vir até mim deveria ter questionado ela do por que ela veio aqui!"

Ela tira a mão do meu cabelo e começa a acarenciar minha cintura.

"Eu sei disso, a culpa não e só sua querida."-Ela disse cruzando as pernas.-"Mas não deveria ter mentido para mim."

Eu me aproximo dela, sentando em seu colo.

"Então promete que independente do que acontecer eu posso te contar que não vai ficar brava?"-Eu disse enquanto ela sorria ao me ver tão perto daquela forma, puxando meus quadris para ficar mais próxima dela, eu aperto sua cintura com minhas coxas levemente.

"Prometo..."-Ela disse e em logo em seguida me beijando-"Ah, Deus eu adoro te ver assim..."

"Assim como..?"

"Indefesa... Sentada no meu colo mesmo sabendo que eu poderia quebrar seu pescoço facilmente se eu quisesse."-Ela disse apertando suavemente meu pescoço enquanto eu engolia seco.

"E tão adorável te ver assim, acho que vou começar a te obrigar a sentar no meu colo sempre..."-Ela disse apertando minha cintura.

Eu aperto sua cintura novamente com minhas coxas e desta vez ela reage.

"Não me provoque assim boneca... Não aguentaria até o final.."-Ela disse puxando suavemente meus cabelos.

Eu me afasto dela, descendo e voltando a me sentar afastada dela na cama.

"Você e quem manda..."-Eu disse em um tom provocativo, precisava ter ela na minha mão.

"Volta aqui, eu não te deixei sair."-Ela disse me puxando novamente para sentar em seu colo, me abraçando e beijando meu pescoço, enquanto eu segurava meus gemidos, fazendo um charme amais pra ela.

"Ah minha querida... Se minha felicidade pudesse falar ela gritaria e eu preencheria este bairro com seus gemidos e gritos."

Eu tento dar uma segurada ao perceber que ela estava se exaltando.

"Vamos lá... Não segure... Sabe..."-Ela disse sussurrando no meu ouvido-"Por mim eu quero mais e que você grite e implore."

Eu fico corada, respiro fundo, ainda em silêncio, ela literalmente me deixou sem palavras.

"Eu sei o efeito que causo em você boneca... Mas acho que voce não sabe o efeito que causa em mim quando está assim sobre mim..."-Ela começa a beijar meu pescoço, suas mãos vagando por meu corpo.

De repente, a campainha toca.

"Porra! de novo..."-Ela disse decepcionada enquanto eu ainda sentia sua respiração quente no meu pescoço.

"Não precisa atender."

"Preciso sim... E um assunto importante..."

Ela respira fundo novamente, a campainha tocando mais uma vez.

"Já vou!"-ela grita enfurecida, me colocando cuidadosamente na cama e me beijando, indo em direção a porta, parando apenas para se virar e me encarar de cima a baixo como se fosse me estraçalhar antes de fechar a porta e a trancar.