capítulo 18

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Amanheceu e eu acordei, eu estava determinada a arrumar o estrago que Alexander planejava fazer.

Naquela manhã, eu estava disposta a falar com Tomás, resolver todas as tarefas pendentes.

Desci rapidamente pelas escadas a procura de Tomás, olhava para todos os lados do castelo, até que vejo Tereza na cozinha. Vou em sua direção e bato na porta de madeira, olhando para a cozinha.

- Tereza, exclamo, a mesma olha para mim com curiosidade.

- A senhorita quer algo? Indaga.

Engulo em seco e, adentro da cozinha, chego para perto de Teresa e a questiono.

- Você sabe onde está Tomás? Preciso falar com ele, me expresso eufórica.

- Ele acabou de sair para o mercado de pulgas, Teresa anda em minha direção.

- Seja gentil, Amélia, ele acabou de perder seu irmão, ela segura minhas mãos.

Assinto para ela e fecho os olhos rapidamente, chego para mais perto e a abraço, agradecendo-a por mostrar outra versão da história.

Saio da cozinha e logo aviso os guardas que sairei, eles me escoltam até o mercado de pulgas. Não encontro Tomás em nenhum lugar, está tão cheio que não o vejo.

Continua nevando como antes, mas agora está cada dia pior. Olho para todos os lados e vejo os cabelos loiros de Tomás, um pouco longe da multidão.

Está tudo uma bagunça, há pessoas dançando, rindo e música alta, faz tanto tempo que não vou a festas festivas que estou achando barulhento demais.

Trilho um caminho, desviando-me das pessoas eufóricas pela música, peço licença e desculpas pelo esbarrão que dei em algumas pessoas, tudo ia bem até Tomás sumir na multidão.

Chamo pelo nome dele, Tomás..... Tomás, onde você está? Ando mais um pouco e rapidamente sinto um puxão pelo braço.

Olho com o cenho franzido para o mesmo que me puxa para fora da multidão, os guardas que estavam atrás de mim puxam meu outro braço.

Quem pode ser? Olho para a pessoa que me puxa e vejo ser Tomás, suspiro aliviada e peso para os guardas me soltarem, eles assistiram e soltaram, mas ainda me escoltam com a mão onde guarda a espada.

Tomás e eu saímos da grande multidão, ainda me puxando pelo braço, solto meu braço levemente de sua mão.

Ele fita meus olhos com confusão, ele engole em seco e coloca uma de suas mãos na cintura.

- O que faz aqui? Questiona.

Respiro cruzando o dedo das mãos com a outra, fito seus olhos novamente e respondo.

- Desculpe-me, Tomás, eu agi por impulso ontem de manhã, eu estava......estava tão braba de você não ter comparecido à nossa anunciação do noivado, e briguei bruscamente com você, sei que isso é uma aliança para beneficiar Radergar, e está tudo confuso para mim, minha irmã está prometida... Oh, céus, falei de mais.

Ele suspira, tirando sua mão da cintura, apressadamente ele pega minhas mãos e a beija. Perdoe-me por não comparecer, eu estava tão mal, por conta da morte de meu irmão mais novo, que eu não quis ir, para deixar você preocupada a noite inteira. Minha mãe até tentou me convencer, mas foi em vão.

Os olhos cinzentos de Tomás enchem-se d'água quando ele menciona seu irmão.

- Está tudo bem! Enxugo uma lágrima dele que escorre pelo seu rosto, posso entender a sua dor, sei como é difícil não ter irmãos por perto, sinto falta de Cassandra, de nossas brigas, nossas conversas.

Tomás e eu ficamos andando pelo mercado de pulgas, ele era muito atencioso com tudo. Durante a caminhada, vi um lindo laço verde que combinaria com a esmeralda. Olhei para ele e logo Tomás olhou confuso.

- Um laço? Indaga com a testa cheia de vincos.

Olho para cima e fito seus olhos cinzentos, e deixo um sorriso escapar de meus lábios.

- É para minha gata, a esmeralda.

Ele assente e paga o moço pelo laço que peguei, foi tão gentil de sua parte, fomos para o castelo e logo nos despedimos ali mesmo.

Parece que um fardo caiu de minhas costas. Tomás e eu já estamos quase resolvidos, mas ainda preciso resolver tarefas pendentes sobre o desastre plano de Alexander.




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