capítulo 7

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Amélia 

Vossa majestade queria falar comigo? Falo com um tom de deboche enquanto me reverencio para ela. 

A rainha, que estava sentada em seu trono forjado de ouro, fitava meus olhos com seriedade. 

— A alteza deve estar se perguntando o motivo de você estar aqui — arqueio as sobrancelhas e respondo sem hesitar. 

— Sim, majestade! Quero saber! Digo firme, franzindo a testa. 

Ela sorri com sarcasmo. 

— Hoje de manhã, a Teresa passou em seu quarto e viu este envelope, e acidentalmente caiu no chão e quebrou o selo dele. Ela trouxe para mim e então tomei a liberdade de lê-lo. 

— Majestade, a senhora não podia invadir minha privacidade, falo alto.

— Você sabe o risco que está correndo enviar uma carta para seu reino? Ela franze o cenho com uma expressão de ira. 

Fico quieta sem questionamentos, o que pode acontecer se eu enviar uma mísera carta?

— Acho que está na hora de você saber a verdade! Eu iria esperar até você complementar uma idade madura, mas pelo que parece, você está sem paciência. 

Eleonora limpa a sua garganta e diz oque eu tanto queria ouvir. 

— Seu reino está em guerra Radergar está em guerra, seus pais te enviaram para meu reino para que você ficasse segura, assim meu marido Rupert enviou uma carta para o seu pai dizendo sobre os estudos que particularmente é verdade, mas queríamos te proteger, assim eu e seu pai fizemos um acordo, e você Amélia se casara com meu filho Tomás o mais velho quando completar seus quinze anos, nós fizemos essa aliança porque assim e seu reino parar de guerrear iremos nutri-lo com nossa disponibilidade.

Franzo o cenho, não deve ser possível. Radergar está em guerra, o que levou ter uma guerra? Porque, justo com o reino de meu pai, estou tão preocupada com o que Eleonora disse que nem me preocupo com esse casamento.

Se o príncipe for bonito, que nem o duque que o vi há alguns anos, eu iria me casar, penso.

— Meus pais, eles, como eles estão? Pergunto. 

A rainha suspira e balança a cabeça negativamente. — Eles estarão bem se a senhorita rasgar essa carta que escreveu. 

A rainha se levanta e vem em minha direção descendo as escadas brancas, e a mesma entrega-me a carta que escrevi. 

— Rasgue! É para o bem de todos. Ela ordena. 

Tento Controlar as lágrimas que ameaçavam cair, eu sentia um nó em minha garganta, pego a carta que está em sua mão e a rasgo ao meio. 

Como ela pode? Como ela vem me pedir para rasgar essa maldita carta que eu escrevi? Eu só queria saber como eles estão! Estou com tantas saudades, por que tudo tem que ser assim? Eu estaria tão bem com eles agora! Sinto falta do cheiro das flores que minha mãe se perfumava, sinto falta de meu pai, eu daria tudo para ter eles comigo.

Sinto as lágrimas escorrerem em meu rosto, mas não as proíbo de escorrer livremente. Eleonora chega mais perto de mim e me abraça em um abraço reconfortante. 

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