capítulo 27

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Cassandra

Dois anos e meio se passaram desde aquela atormentação que assombrou a todos. Benjamim e eu estávamos discutindo sobre o nosso casamento que seria em Ketlan como planejávamos.

Benjamim estava com a cabeça apoiada em meu colo descansando profundamente, quando tenho uma lembrança, daqueles dias que estava presa.

Após seis meses de reclusão, não estava mais suportando. Ninguém me resgatava e quando finalmente pude sair da cela, vi Benjamim deitado em uma cama, dormindo profundamente.

Franzi o cenho e adentrei, ele ainda estava com a mesma roupa sangrenta de seis meses atrás com que ele tentou me proteger. Alexander estava certo, ele estava vivo, mas estava dormindo, por conta das ervas que o fizeram tomar. Quando cheguei mais perto dele, vejo o mesmo abrir os olhos para mim com um sorriso de felicidade.

— Cassandra! — ele tenta se levantar, mas eu o interrompo, colocando minha mão sem seu peito, fazendo-o deitar novamente. — Você.....está bem? — indaga.

Assinto para ele com um nó na garganta, durante esses seis meses eu achava que Benjamim estava morto, e isso me deixava cada vez mais perturbada, sentindo uma culpa vir sobre meus ombros.

Mas vendo que Benjamim estava vivo! Isso não importava mais, enquanto conversávamos. Benjamim e eu planejamos para fugir dali.

Foi na mesma noite que esperamos os guardas trocarem suas posições para que fugíssemos. Benjamim e eu tomamos todas as precauções possíveis para evitar que nos encontrassem.

Foi então que decidimos ir para Radergar, eu estava com saudades de minha mãe e queria vê-la antes de voltar para Ketlan.

Quando estávamos chegando, vimos os guardas de Radergar, virem em nossa direção, trazendo um alívio para todos.

Enquanto estava perdida em meus pensamentos. Benjamim levanta e fita meus olhos.

— Meu bem! — Você está bem? — questiona preocupado.

— Estava apenas pensando naquele dia, em que fugimos, dou um sorriso.

O mesmo vem em minha direção e envolve em seus braços, enquanto beija minha cabeça.

— Meu amor, estamos seguros aqui e também me desculpe por aquele dia, eu devia ter te salvado a qualquer custo.

Olho para ele e digo.

— Não se preocupe. Benjamim, tudo aconteceu como era para ser, não se culpe por isso, inclino meus lábios em sua direção e dou um beijo nele.

Benjamim sempre mostrou cuidar de mim, até demais desde aquele incidente, ele está mais cuidado com tudo. E todos os dias ele me deixa mais apaixonada por ele, casa dia ele traz flores, presentes e cartas de amor.

Dias se passaram e logo decidimos ir para Ketlan para preparar o casamento, me despedi de Amélia, e Tomás e seu cunhado Henry, que também estava indo para Astergar.

Foram dias de viagem Até chegar em Ketlan, o verão estava completamente lindo, e estamos com sorte de que nosso casamento seria no verão.

Amélia não escondeu nada de mim, ela me disse tudo sobre meu pai e meu professor August, e a rainha de gelo.

O castelo estava a loucura, com os preparativos para o casamento, e eu estava muito animada de que eu iria se casar com Benjamim, o homem que conquistou meu coração.

Em uma semana tudo estava pronto, já tínhamos enviado os convites para família e amigos próximos.

Eu me olhava no espelho e eu estava noiva, estava feliz que não pude conter os sorrisos, eu estava com meu vestido de noiva com alguns adornos nele, e um véu que se estendia até o chão.

Maria me ajudou com cada detalhe, e meu cabelos estavam presos em um lindo penteado que deixava meus cabelos negros impecáveis.

Eu já estava na porta da igreja, e minha mãe estava do meu lado enganchada em mim, ela estava feliz de me ver casar.

— Estou orgulhosa da mulher que se tornou, ela beija minha bochecha.

— Obrigada, mãe! — acaricio sua mão. Olho para frente e as portas se abrem, meu coração pulsa de nervosismo e eu sorrio de felicidade que não conseguia conter.

Logo eu e minha mãe adentramos o salão, andando em cima do tapete vermelho. Benjamim estava me esperando no altar, o mesmo não conseguia conter suas lágrimas de felicidade.

Ele me olhava com ternura, e não parava de sorrir, minha mãe estendeu minha mão sobre a dele e logo foi se sentar.

— Você está esplendida! — Benjamim sussurra em meu ouvido, fazendo-me rir.

No mesmo instante o pastor começa a falar:

— Hoje estamos com um casal que lutou pelo seu amor, eu os admiro profundamente, eles enfrentaram até a morte, para chegar onde estão hoje.

Que esse casal tenha uma vida próspera, e que seus filhos venham saudáveis e inteligentes como ambos os noivos.

Cassandra e Benjamim estão agora diante de Deus, e das pessoas aqui presentes, vocês estão prestes a fazer votos que iniciaram um novo ciclo na vida de ambos, ao trocarem esses votos, lembre-se que o amor e bondoso, verdadeiro, paciente e cheio de compressão entre os noivos, será uma escolha diária de cuidar, respeitar e amar, mesmo em dias desastrosos.

Cassandra de Radergar, você aceita Benjamim de Ketlan, como seu legítimo esposo, prometendo amá-lo, respeitá-lo, na saúde, na doença, na riqueza e na pobreza, na felicidade e na tristeza, até que a morte os separe?

Respiro fundo, e sem hesitar eu respondo.

— Sim, eu aceito.

Benjamim de Ketlan, você aceita Cassandra de Radergar, como sua legítima esposa, prometendo amá-la, respeitá-la, na saúde, na doença, na riqueza e na pobreza, na felicidade e na tristeza, até que a morte os separe?

Ouço o som da voz de Benjamim sair de seus lábios.

— Eu aceito.

Ao fazer esses votos e essas promessas, lembre-se reciprocamente de que o amor é uma escolha e um compromisso duradouro. Que a vida de ambos seja preenchida de felicidade a cada dia, e que construam uma linda família.

Que Deus abençoe esta união e que, com sua orientação, vocês tenham uma vida feliz e próspera, pode colocar a aliança.

Rapidamente, Bella, uma das cachorrinhas que adotei em Radergar, vem em nossa direção com as alianças que estão em uma almofadinha em sua boca.

Benjamim pega a aliança, coloca-a em meu dedo, e a beija nas costas de minha mão.

Rapidamente coloco a aliança em seu dedo, e olho com ternura para ele.

Por isso, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.

Benjamim segura a minha mão e logo inclina seus lábios aos meus, fazendo-me sentir borboletas no estômago como se fosse há dois anos que nos conhecemos.

Todos aplaudem e logo Benjamim e eu saímos de mãos dadas, da igreja todos choram, riem e comemoram.

Hoje é o dia mais feliz da minha vida, aliás o latido que ouvi no festival das flores era de Bella, a nova integrante da família, um Border Collie.


 



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