capítulo 8

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Acordo com muita dor de cabeça, abro meus olhos com a visão turva e vejo que estou em meus aposentos deitada em minha cama.

— O que aconteceu?  Resmungo, pressionando a parte de trás de minha cabeça. 

Tento levantar-me da cama, mas uma tontura terrível veio sobre mim, rapidamente caio de joelho no chão, fechando os novamente. 

O que está acontecendo comigo? Como vim parar aqui? Estou literalmente sem forças para chamar alguém, sem forças para levantar-me. 

— Alteza, ouço alguém gritar, quem pode ser? Ouço seus passos apressados virem em minha direção, sinto alguém levantar minha cabeça e colocar uma almofada embaixo. 

— Céus, o que você tem, Amélia? Ela soa nervosa — majestades, ela grita repetidamente.  Ainda com os olhos fechados, consigo lembrar-me dessa voz familiar, é Teresa. 

Os gritos de Teresa se tornam cada vez menos audíveis para mim. Quando eu menos espero, desmaio novamente. 

… 

Acordo sentindo minha garganta seca, sem nenhuma gota d’água umedeço meus lábios que estão gelados. Logo vejo Tereza ao meu lado, sentada em minha cama, murmurando algo que eu não consigo ouvir. 

— Teresa? Minha voz sai rouca. 

Teresa arregala os olhos para mim, espantada, com sua expressão de choque, vejo suas lágrimas descerem em seu rosto rapidamente. Teresa carência meus cabelos enquanto me olha emocionada. 

— Hó, alteza! Já faz muitas horas que você está aqui! Achei que não acordaria hoje, ela sorriu para mim. 

Olho para ela confusa. 

— Como assim? Minha voz sai como um sussurro. 

Teresa não responde minha pergunta e sai disparada para a minha escrivaninha pegando uma taça de água. 

— Vossa alteza! Beba um pouco de água primeiro. Teresa vem em minha direção e coloca a taça em meus lábios. Sinto a água descer como um chá quente que desce rasgando. 

— Já chega! Digo enquanto faço uma expressão de dor, ela tira a taça e coloca novamente sob a bandeja que está na escrivaninha. 

— Como vocês me acharam? Pergunto enquanto Teresa começa a andar de um lado para o outro, arrumando o quarto. 

— A escolta que estava com você viu você entrar em um bosque cheio de árvores, então eles ouviram você gritar e muito alto, e rapidamente foram checar a senhorita, que estava desmaiada. 

Franzo o cenho. 

Será que eles ouviram o vento impetuoso? Será que eles ouviram eu falar algo? 

— Eles viram algo anormal onde eu estava desmaiada? Pergunto tentando procurar alguma informação. 

— Eles não viram nada de anormal, Alteza, ela conclui. 

— Mas por que a pergunta? Ela fita meus olhos. 

— Não é nada, Teresa! Gaguejo Apenas...... Apenas passe essa noite em meus aposentos, sorrio desconfortável. 

— Vossa alteza tem certeza? Pergunta curiosa. 

Encaro-a como mulher de meia-idade e digo. 

— Você faz muitas perguntas! Digo irritada, apenas faça o que mandei. 

Ela sorri para mim e vai em direção à porta, antes de sair ela fala. 

— É bom saber que a Alteza está bem! Ela ri. 

Reviro meus olhos e me aconchego-me na cama, fecho meus olhos fingindo que aquelas visões entranhas fossem apenas loucuras de minha cabeça. 

Pedi para Teresa dormir em um colchão do lado de minha cama para eu não me sentir só.

Visões horrorosas, como podem fazer isso comigo? É uma humilhação pedir para alguém ficar aqui comigo, mas estou morrendo de medo essa noite. 

Então isso não conta como vergonha.

Enquanto durmo, ouço uma voz sussurrar em meu ouvido. Meu coração acelera, mas tento ignorar. 

— O filho, a voz soa como um eco, ela repete várias vezes. 
Filho? Penso que filho? Aquela voz começa a me atormentar e logo ela expulsa meu sono. 

— O herdeiro, a voz continua. 

Estou ficando louca, murmuro para mim mesma. 

— O herdeiro do norte, a voz fala, quanto mais aquela voz diz, mais eu me reviro entre os lençóis da cama. 

— Ele está vindo! Ela concluiu, acordo num sobressalto, eu estou ofegante e suada, tento procurar uma fresta de luz, mas o quarto está um breu. 

Oque está acontecendo comigo? Penso enquanto coloco minhas mãos entre meus cabelos. 

Oque tudo quer dizer? 
Cassandra, Radergar, garoto de olhos verdes, o garoto ruivo, herdeiro do norte, colares? 

Por que estão me atormentando? 

Fecho os olhos e sinto algo subir na cama, quem será? Abro os olhos rapidamente. É algo diferente, concluo, sinto-me cada vez mais próximo de mim. O que está havendo? Penso. 

De repente não sinto mais nada, quem pode ser? Até que ouço um miado familiar, era esmeralda subido em minha cama. 

— Sua louca, você quer me assustar? Pergunto ofegante. 

— O céu esmeralda! Eu… Eu quase pereci de susto. Coloco a mão em meu peito, sentindo meu coração acelerado. 

Esmeralda ronrona e logo se deita no travesseiro que fica ao meu lado. 

Respiro fundo e digo. 

— Que dia louco! Fecho meus olhos e finalmente adormeço. 








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