YOU'RE LIKE A DRUG THAT'S KILLING ME.

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HELENA.

Após aquela noite, já haviam se passado dois dias.

Levanto, checando o relógio. Ainda são onze horas da manhã, e eu me encontro mergulhada em pura ânsia.

A balaclava do meu stalker ainda estava na gaveta, intocada.

Olho para a varanda.
Estive aguardando que ele viesse, aguardando que ele terminasse seu trabalho.

Me levanto, agarrando meu celular. Envio uma mensagem para a minha mãe, que está trabalhando e aviso que irei dar uma volta.

Chamo um carro por aplicativo, na porta de casa, e quando ele chega, entro no carro.
Fui quieta pelo caminho, até chegar no shopping, onde eu decidi dar uma volta.

Caminho entre as pessoas, todas parecem se divertir, mas não é como se eu realmente tivesse o que fazer ali.

Entre elas, eu sou apenas eu. Sem os olhares carnais que eu recebia em Chicago.
Sem os desejos hostis. Aqui, sou apenas Helena.

Me sento em um banco de madeira, no terceiro andar do shopping, onde daqui, tenho vista para algumas lojas.
Recebo uma mensagem, e é de um número desconhecido.

"como sempre, está linda."

Me levanto imediatamente, olhando ao redor. Ele estava ali! Em algum lugar.

Dou um giro de 360, procurando algum cara que talvez se pareça minimamente com alguma característica física dele.
Mas... Que característica? Se eu não o conheço.

Não há absolutamente ninguém me olhando naquele momento.

Envio uma mensagem, perguntando onde ele estava, mas a mensagem é apenas lida.

Ele só pode estar brincando com a minha cara...

Agora com raiva, apenas me retiro do shopping, indo para o lado de fora, onde pego o meu celular para chamar um carro de aplicativo.

. . .

A primeira coisa que faço quando chego em casa é tentar descobrir algo sobre o número.

Aparece como um número de fora do Brasil, o que me deixa curiosa, e imagino que seja um número falso, já que ele não seria tão burro ao ponto de me mandar mensagem pelo seu número real.

Subo para o meu quarto, tirando os tênis e me jogando na cama.

Acho que estive tão distraída que só notei a máscara em cima da cama, quase embaixo de mim, quando me levantei para trocar de roupa.

A balaclava, que antes estava na gaveta, agora estava em cima da cama.

- engraçadinho... - murmuro, jogando-a agora no chão.

E se...?

Olho ao redor, procurando por algum vestígio dele, mas não, não havia.

E na varanda?

Em passos silenciosos, vou até a varanda, lentamente, mas o som da porta do banheiro se abrindo, chama minha atenção.

𝐌𝐘 𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐓𝐈𝐂 𝐊𝐈𝐋𝐋𝐄𝐑| +18Onde histórias criam vida. Descubra agora