CAPÍTULO 04

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Sinto o fluxo das gotículas de água deslizando pelos meus ombros e descendo pela minha lombar, ensopando os fios do meu cabelo que escorrem como uma cascata pelo meu dorso

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Sinto o fluxo das gotículas de água deslizando pelos meus ombros e descendo pela minha lombar, ensopando os fios do meu cabelo que escorrem como uma cascata pelo meu dorso.

Mantenho as pálpebras fechadas, inclinando o rosto, e sinto seus dedos afundarem na minha pele, fazendo-me soltar um suspiro. O som das gotas que caem no piso preenche minha audição, ecoando entre os azulejos claros do box.

— Eu preciso tanto te foder... — A áspera voz dele atinge meus tímpanos, enquanto sinto seus dedos deslizando pela testa da minha buceta. Abro meus olhos, franzindo o cenho e recuo um passo, com o fluxo da água pingando entre nós dois.

— Já falamos sobre isso... — Engulo o nó que se forma na minha garganta, sussurrando. Observo seu rosto por trás da água, com as sobrancelhas franzidas.

Porra, Persé... Quase um ano e você ainda não está preparada? — Meu namorado questiona, fazendo com que eu me engasgue com o nó na garganta. — Eu te amo pra caralho... Mas, como homem, sinto a necessidade de foder a buceta da minha namorada!. — Ele esbraveja, fazendo sua voz repercutir pelo banheiro. — Não sente o menor prazer em mim?! — questiona, soltando um resmungo ríspido.

Encolho meus ombros, cruzando os braços à frente do meu corpo, observando a pele fina da sua face branca adquirir tons vermelhos. Ao mesmo tempo, ele passa a mão, claramente irritado, pelos fios molhados de seu cabelo castanho-escuro.

Aspiro lentamente o ar, sentindo a água deslizar pelo meu corpo, com meus pés descalços; não menti quando disse que não estou pronta, mesmo tendo quase 01 ano de namoro..

Nesse tempo, nunca transei com Ronar. Apesar de amar ele a ponto de sentir meu cérebro entorpecido por cada detalhe do seu corpo e de meu coração sangrar ao pensar na possibilidade de ele me deixar por causa disso.. Ele é lindo, seis anos mais velho que eu, educado, charmoso, atencioso, sem tatuagens pelo seu corpo, com uma pegada gostosa e um beijo incrível.

No entanto, sempre há um porém, e o nosso é esse. Nunca consigo chegar ao final com ele; as únicas coisas que já fizemos foram um boquete e ele um oral em mim. E mesmo tendo sua língua quente, macia e úmida se movimentando pelos lábios carnudos da minha buceta, pelo meu clitóris, eu não senti nada; penetração, nem com os dedos. Não é que eu não me masturbe todos os dias, mas o problema ocorre quando, ao invés de minha buceta queimar ou molhar a calcinha, ela simplesmente permanece seca.

Não pulsa, não vibra de prazer, e muito menos de expectativa para ter seu pau dentro de mim!

Eu me sinto seca, muito seca, o que faz ele se frustrar, mas também me frustro. Tentamos de tudo, mas eu simplesmente não consigo sentir apetite sexual pelo meu próprio namorado.

— Não é isso... — sussurro, piscando meus cílios molhados, com meu peito subindo e descendo.

— Então o que é?! - rebate, a voz alterando gradativamente.

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