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— Você poderia parar de mastigar com a boca aberta, porra? — Onyx gritou com Lorenzo. Ele se aproximou do rosto dela e mastigou mais alto, e Onyx afastou o rosto dele. — Você é literalmente um porco, Lorenzo.
— Oink oink, então? — Ele riu. Eu não pude deixar de rir também. Apesar das coisas que aconteceram hoje, o jantar com meus amigos sempre parecia compensar.
Peguei a última costeleta de cordeiro, mas, para minha sorte, Malfoy também a estava pegando.
Nossas mãos se chocaram e nós dois olhamos um para o outro. Seu olhar profundo não me pareceu correto, mas era irresistível.
— Tire a porra da mão daí, sangue-ruim — cuspiu Draco, afastando minha mão e pegando a última costeleta de cordeiro. Eu zombei de seu comportamento. Que puto do caralho!
— Você pode ficar com a minha, Luce. Não estou gostando muito de cordeiro hoje. — Onyx colocou sua costeleta de cordeiro no meu prato enquanto eu sorria para ela.
— Obrigada — respondi lentamente, pegando o cordeiro com o indicador e o polegar, pedaço por pedaço, colocando-os na boca.
Jantares como esse me faziam sentir falta de casa. Também me fez sentir falta de Hermoine. Olhei para a mesa dos Grifinórios e vi Hermoine de mãos dadas com Ron. Eu sabia que eles iam acabar juntos. Os opostos sempre se atraem.
Eu sempre achei que ficaria com Harry, mas já o vi beijando a Gina, então a chance de ficar com ele foi por água abaixo.
Eles parecem muito felizes e satisfeitos com suas vidas. Muita coisa aconteceu nos últimos anos com Harry, mas eles conseguiram se recuperar. Eu realmente invejo a amizade deles.
Mas também estou feliz com meus amigos. Mas às vezes me sinto amarga.
Hermoine se levanta do banco e começa a sair do Salão Principal. Impulsivamente, decidi segui-la. De repente, senti um forte desejo de conversar com ela e perguntar como está se saindo. Nós mal nos falávamos quando estávamos em casa. Na verdade, ela não estava em casa; ela ficava com os Weasleys todos os finais de semana e saía com Harry e Ron durante a semana.
— Eu – Eu já volto. Tenho que ir ao banheiro. — Disse eu, hesitante, levantando-me rapidamente do banco e correndo para pegar Hermoine.
Hermoine chega ao corredor e eu estou quase atrás dela.
— Hermoine! — Levanto minha voz. Ela virou a cabeça e ficou parada com uma expressão vazia.
— Lucille — ela diz suavemente. — Sim?
Engulo a saliva e mordo o lábio, ansiosa para falar com ela.
— Estava pensando em como você estava — disse baixinho. Coloquei meu cabelo atrás da orelha.
Hermoine abriu um pouco a boca, prestes a falar, e depois olhou em volta, incrédula.
— Estou ótima, na verdade — ela responde com confiança. — As coisas estão ótimas, sim. Estou com o Ron agora. — Ela ri.
