05. Grande Amor - Capítulo 05

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Nervosa, Ana Laura subiu as escadas rapidamente com a esperança em conversar com a irmã e apaziguar a situação, porém muitos anos se passaram e ela já havia se esquecido o quão arrogante sua irmã poderia ser quanso estava enfurecida. Ao tentar entrar no quarto não conseguiu pois a porta estava trancada.

ANA LAURA: Ana Letícia, abra a porta!? (com calma clamou) Precisamos conversar, não liga pra titia ela é assim quando as coisas não saem como ela quer. Abra por favor!

ANA LETÍCIA: SAI DAQUI!!!

ANA LAURA: Fique sabendo que eu vou ficar aqui até você abrir a porta. Não vou sair, não vou te deixar sozinha novamente!

ANA LETÍCIA: Por mim que você fique aí até a única perna que te resta cair, sua... SUA MANCA!

ANA LAURA: Não me trate assim! (seus olhos se encheram de lágrimas ao ouvir as palavras da irmã) Não é minha culpa!

As palavras da irmã a machucaram mais que as de sua tia, Ana Laura não esperava ouvir isso de sua irmã. Ela se encostou na porta de costas, colocou a mão em sua perna e chorando se sentou no chão.

ANA LETÍCIA: Quer saber de uma coisa? Eu me arrependo de te ter deixado assim, todos sempre te amaram mais, te deram mais atenção por você ser assim. Me deixaram de lado... (ficou em silêncio mas logo gritou) EU TE ODEIO ANA LAURA, EU TE ODEIO!!!

ANA LAURA: Porque você faz isso comigo? (chorando) Eu te amo, somos irmãos... eu te amo! Vamos, abra a porta, por favor Ana Letícia.

ANA LETÍCIA: NÃO! (em fúria) Isso é tudo sua culpa Ana Laura, todos sempre te amaram mais, enquanto eu sempre fui a culpada de tudo, dos meus erros e dos teus também (chorava e suas palavras eram carregadas de ódio) Sempre sobrava pra mim levar a culpa de suas travessuras. Eles não acreditavam em mim, passei tanto tempo com o papai e quando voltei não foi diferente, mamãe nunca me perdoou.

O silêncio pairou.

ANA LETÍCIA: Sai daqui eu não vou abrir a porta para de insistir...

ANA LAURA: Deixe-me entrar (se levantou e encarava a porta) Eu quero te abraçar e pedir desculpas, eu sei que a culpa não foi só sua, sei que Pablo te seduziu, você não tem culpa minha irmã!

ANA LETÍCIA: CALA A BOCA!!! (gritou) SAI DAQUI, ME DEIXA EM PAZ!!!

Ana Laura já tinha se esquecido do quão cruel sua irmã conseguia ser quando estava chateada com algo, ela entendeu e achou melhor não insistir mais, quem sabe no outro dia poderiam conversar. Ana Laura saiu e foi para o seu quarto, em instante seu marido chegou.

DANIEL: Ei, não fica assim! (se aproximou e a abraçou fortemente) Ela só está chateada falou da boca pra fora...

Com toda a confusão que Marina promoveu durante o jantar, Jenifer acabou ficando assustada.

DEMÉTRIO: Jenifer e-eu não sei nem o que falar, nos desculpa por favor!

JENIFER: Tudo bem Demétrio, não se preocupe, resolva as coisas e quando puder conversamos (sorriu para ele) até amanhã no escritório...

DEMÉTRIO: Claro! (sorriu de volta) Até amanhã...

Assim que Jenifer se retirou Demétrio se virou e encarou com os olhos serrados sua esposa que estava um pouco distante. Ela sabia que não estava certa, mas tinha sangue forte e lutaria até o fim sem se render.

DEMÉTRIO: Agora podemos conversar?

MARINA: Eu não tenho nada pra conversar, sei muito bem o que eu faço e deixo de fazer (ranzinza) E você sabe que eu sou e sempre fui contra a vinda dessa megera pra cá!

DEMÉTRIO: Megera que é a sua sobrinha, filha da sua irmã e sangue do teu sangue! Que teatrinho, hein? (batia palmas lentas e sarcásticas) Parabéns!

Ele subiu as escadas para o seu quarto e a deixou sozinha na sala de estar, em fúria Marina atira contra o chão um vaso pequeno de flor que estava na mesa de centro.

MARINA: Maria? (chamou pela empregada) Venha limpar isso!

Algum tempo mais tarde após esfriar a cabeça com uma boa dose de whisky, Marina subiu para o quarto e foi direto se banhar. Na cama e sozinho, Demétrio sorria para a tela de seu notebook ao trocar mensagens com Jenifer.

NO OUTRO DIA

Com o amanhecer todo o peso da noite anterior deveria ter ido embora mas Ana Letícia jamais deixaria barato a humilhação que sofreu. Ela resolveu pegar no elo mais frágil de sua tia... seu marido.

MARINA: E Demétrio, onde está? (perguntou a empregada assim que adentrou a sala de jantar) Maria?

MARIA: Bom dia senhora... O senhor Demétrio saiu logo cedo acompanhado de sua sobrinha

MARINA: E você sabe onde ele foi com Ana Laura? (sentou-se a mesa)

MARIA: Não senhora, saiu com a outra, Ana Letícia!

MARINA: O que? (arregalou os olhos) Para onde eles foram? (se levanta rapidamente) Eu lhe fiz uma pergunta!?

MARIA: Se acalme, senhora! (assustada) Pelo que me disseram foram ao Rio de Janeiro e voltam só no domingo.

MARINA: Três dias? (ela caminha para fora da sala de jantar) Fazer o que?

MARIA: Eu não sei senhora...

MARINA: Incompetente! (começou a subir as escadas) Manda o motorista preparar o carro... (estética) Não, não pegue minha bolsa, eu vou pro aeroporto agora!

MARIA: Aeroporto, isso é loucura!

MARINA: ANDA LOGO!!!

Ana Letícia era esperta e sabia muito bem onde estava se metendo. Marina morria de ciúmes por Demétrio e não suportava a ideia dele estar perto de moças mais jovens ou de sua idade outra vez que ela era mais velha que ele. Comprar um apartamento na Cidade Maravilhosa era apenas mais um de seus truques.

Demétrio conversava com o responsável pelo imóvel e tratava das questões burocráticas, Ana Letícia segurava os pertences de seu tio com muita maestria e ao ver seu celular tocar não pode deixar de atender.

ANA LETÍCIA: Alô, com quem gostaria de falar? (se fazendo de sonsa)

MARINA: A onde esta o meu marido, quero falar com ele? (furiosa) Dê o telefone pra ele agora, Ana Letícia!

ANA LETÍCIA: Titio está muito ocupado agora para atender o telefone (ria silenciosamente) Eu sinto muito, titia!

MARINA: O que você esta fazendo? Fica longe do meu marido!

ANA LETÍCIA: Não se preocupe, se depender de mim eu vou ficar bem perto dele!

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