Após o banquete, Aemond saiu do salão, sua mente ainda agitada pela morte de Lydhea e pelas revelações de Helaena. Caminhando pelos corredores do castelo, ele se deparou com Visenya, que estava parada perto da janela, observando o jardim.
— O que você está fazendo aqui? — Aemond perguntou, tentando esconder sua dor.
Visenya se virou, um sorriso tímido surgindo em seu rosto.
— Eu gosto de vir aqui. O jardim sempre me faz sentir um pouco mais perto de... tudo, eu acho.
Aemond se aproximou, sentindo uma conexão instantânea com a menina.
— Eu também costumava passar tempo aqui. Mas as coisas mudaram — disse ele, olhando para o chão.
Visenya percebeu a tristeza em sua voz e deu um passo à frente.
— Se precisar de alguém para conversar, eu estou aqui. Eu posso ser sua amiga.
Aemond hesitou, mas a sinceridade no olhar dela o fez se abrir um pouco.
— Lydhea... ela era minha melhor amiga. E agora… — sua voz falhou.
Visenya deu um passo mais perto, sentindo a dor dele.
— Eu sinto muito, Aemond. Não deveria ter acontecido. Mas você não está sozinho.
Ele a olhou, surpreso pela empatia que ela mostrava.
— Você realmente se importa? — perguntou ele, quase em um sussurro.
— Claro que sim. Todos nós temos nossas próprias batalhas. Eu também sinto falta de coisas que já foram — Visenya respondeu, lembrando-se de momentos perdidos.
Aemond ficou em silêncio, a dor compartilhada entre eles criando um laço inesperado.
— Você sabia que Lydhea sempre disse que éramos como cisnes? — comentou Aemond, tentando mudar de assunto.
— Cisnes? Por quê? — Visenya franziu a testa, curiosa.
— Ela dizia que os cisnes têm apenas um parceiro para a vida toda. E quando um deles morre, o outro voa alto e cai — explicou Aemond, lembrando-se da metáfora.
Visenya ficou pensativa, percebendo a profundidade do que ele dizia.
— Então, talvez nós também possamos ser como cisnes, mas encontrar uma forma de voar juntos — sugeriu, esperançosa.
Aemond sorriu levemente, o coração aquecendo com a bondade dela.
— Você é mais forte do que parece, Visenya. Obrigado por estar aqui.
Os dois ficaram em silêncio por um momento, absorvendo a nova amizade que se formava. A conexão entre eles parecia trazer um pouco de luz para os dias sombrios que estavam enfrentando.
No dia seguinte, enquanto o castelo se preparava para as festividades, Aemond decidiu procurar Visenya no jardim novamente.
— Ei, Visenya! — ele chamou, ao vê-la se aproximando de uma flor.
Ela se virou, um brilho nos olhos.
— Oi, Aemond! Estava pensando em como as flores são bonitas, mesmo em tempos difíceis.
— Você sempre encontra uma maneira de ver o lado bom das coisas, não é? — disse Aemond, admirando sua perspectiva.
— Acho que é importante lembrar que sempre há esperança, mesmo quando parece que não há — respondeu ela, determinada.
Aemond se aproximou, sentindo que precisava ser honesto.
— Eu não sei o que vou fazer agora que Lydhea se foi. Sinto que perdi uma parte de mim.
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Blood in the snow
FanficEm um reino dividido por rivalidades familiares, Aemond e Lydhea compartilham uma amizade profunda desde a infância, mesmo diante das hostilidades que os cercam. Contudo, tudo muda quando Lydhea é encontrada morta em seu castelo em chamas, deixando...