Rivalidades na Casa Targaryen

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Aemond se recuperava lentamente de seu ferimento, enquanto Alicent permanecia ao seu lado, determinada a garantir que seu filho obtivesse justiça. Rhaenyra e Daemon mantinham uma vigilância constante sobre seus filhos, cientes de que a rivalidade entre as famílias tinha atingido um novo patamar.

Na sala do trono, Viserys se sentia mais cansado do que nunca. A decisão tomada no conselho trouxe um breve alívio, mas ele sabia que a paz era frágil entre seus descendentes. Ele caminhava pelos corredores silenciosos da Fortaleza Vermelha, perdido em pensamentos sobre o futuro de sua dinastia.

Enquanto isso, Rhaenyra discutia estratégias com Daemon no salão particular deles. Ambos estavam preocupados com a segurança de seus filhos e com o potencial de novos conflitos surgirem a qualquer momento.

— Daemon, precisamos estar preparados para qualquer eventualidade. - disse Rhaenyra com um tom sério em sua voz.

Daemon assentiu, os olhos brilhando com uma mistura de determinação e preocupação.

— Estou considerando enviar nossos filhos para Velha Valyria por um tempo. Lá estarão seguros e longe das tensões aqui em Porto Real.

Rhaenyra refletiu por um momento antes de concordar.

— É uma decisão sábia. Eles precisam estar protegidos até que essa situação se acalme.

Enquanto isso, Alicent consultava os maestres sobre os cuidados necessários para a recuperação de Aemond. Ela não podia deixar de pensar no que poderia ser feito para reparar a divisão em sua família. Ela sabia que precisava agir com cautela, mas também queria garantir que Aemond não fosse visto como um fraco por ter sido ferido.

Viserys, por sua vez, convocou seu conselheiro mais confiável para discutir os próximos passos.

— Sor Criston, como podemos evitar que essa disputa entre nossos netos escalone ainda mais?

Sor Criston Cole, um homem de cabelos negros e semblante sério, ponderou por um momento antes de responder.

— Sua Graça, devemos reforçar a presença dos guardas e assegurar que qualquer sinal de confronto seja imediatamente reprimido. Além disso, uma reunião familiar mais ampla pode ser necessária para discutir o futuro da Casa Targaryen.

Viserys assentiu lentamente.

— Sim, é hora de reunir a família novamente. Precisamos restaurar a confiança e estabelecer um caminho para o perdão.

Enquanto a tensão continuava a pairar sobre a Fortaleza Vermelha, todos os membros da Casa Targaryen sabiam que o verdadeiro desafio estava apenas começando. Aemond se recuperava fisicamente, mas as feridas emocionais eram profundas e a confiança entre irmãos e primos estava abalada.

No grande salão da Fortaleza Vermelha, um banquete foi organizado como uma tentativa de restaurar uma atmosfera de normalidade. No entanto, olhares cautelosos e conversas sussurradas revelavam que a paz ainda era frágil.

Alicent sentou-se ao lado de Aemond, observando com orgulho enquanto ele tentava sorrir e interagir com os outros. Ela sabia que ele precisava recuperar sua confiança e sua posição dentro da família.

Rhaenyra e Daemon chegaram ao banquete com seus filhos, mantendo uma postura vigilante enquanto cumprimentavam os outros membros da família. A tensão era palpável, mas ambos estavam determinados a manter a compostura.

Viserys sentou-se no trono, observando silenciosamente seus descendentes. Ele sabia que a reconciliação não seria alcançada da noite para o dia, mas estava determinado a começar o processo.

Enquanto o banquete prosseguia, murmúrios e olhares furtivos continuavam a passar pela sala. Algumas tentativas de conversa eram feitas, mas a maioria era marcada por uma tensão subjacente.

Quando o banquete chegou ao fim, Viserys levantou-se e chamou a atenção de todos os presentes.

— Meus queridos filhos, netos e bisnetos, esta noite foi um primeiro passo para restaurar nossa unidade. Sei que temos nossas diferenças, mas somos uma família. Devemos nos apoiar e trabalhar juntos para o bem de nossa dinastia.

Seu discurso foi recebido com silêncio solene. Cada membro da família Targaryen sabia que o caminho para a reconciliação seria longo e difícil, mas também sabia que era necessário.

Enquanto todos se dispersavam lentamente, Viserys olhou para o futuro incerto com uma mistura de esperança e apreensão. Aemond, Rhaenyra, Daemon e Alicent também ponderaram sobre o que viria a seguir para a Casa Targaryen.

Após o banquete tenso na Fortaleza Vermelha, Alicent estava determinada a garantir que Aemond se recuperasse completamente de seu ferimento. Ela organizou os melhores maestres para cuidar dele e passava horas ao seu lado, encorajando-o com palavras de conforto e apoio.

Enquanto isso, Aegon, o irmão mais velho de Aemond, sentia o peso do conflito que tinha ajudado a desencadear. Ele refletia sobre suas próprias ações e como suas brincadeiras imprudentes haviam levado a consequências tão graves para sua família.

Em um momento de introspecção, Aegon buscou a orientação de Daemon, seu tio, cuja sabedoria e firmeza eram conhecidas por todos. Enquanto caminhavam pelos jardins da Fortaleza Vermelha, Aegon finalmente encontrou coragem para falar.

— Tio Daemon, eu sinto muito pelo que aconteceu. Eu não queria que as coisas chegassem a esse ponto... - começou Aegon, os olhos cheios de remorso.

Daemon colocou uma mão reconfortante no ombro de Aegon.

— Aegon, o que importa agora é como você aprende com isso. Ações têm consequências, e devemos ser responsáveis por elas. Você é jovem, ainda tem muito a aprender.

Aegon assentiu, absorvendo as palavras de seu tio. Ele sabia que precisava se redimir aos olhos de sua família, especialmente de Aemond, seu irmão mais novo.

Enquanto isso, Rhaenyra e Daemon tomaram a difícil decisão de enviar seus filhos para Velha Valyria. O antigo lar dos Targaryen parecia ser o refúgio mais seguro durante este período turbulento em Porto Real. Heleana, a irmã mais nova de Rhaenyra, estava incluída no grupo que partiria.

No salão particular, Rhaenyra olhou para Daemon com uma mistura de tristeza e determinação.

— É o melhor para eles, Daemon. Velha Valyria oferece segurança e isolamento das intrigas da corte.

Daemon concordou, embora seu coração estivesse pesado com a separação.

—Sim, Rhaenyra. Devemos proteger nossos filhos acima de tudo. Velha Valyria será um refúgio seguro até que as águas se acalmem aqui.

No dia da partida, Rhaenyra e Daemon acompanharam seus filhos até os portões da Fortaleza Vermelha. O ar estava impregnado de despedidas silenciosas e olhares preocupados. Os filhos de Rhaenyra e Daemon olharam para trás, vendo seus pais permanecerem firmes, apesar da preocupação em seus olhos.

Visenya segurou a mão de sua mãe, seus olhos violetas cheios de determinação e uma pitada de tristeza.

— Mãe, eu prometo que cuidarei deles. - disse ela com uma voz firme que mal escondia a apreensão.

Rhaenyra segurou a mão de Visenya com ternura.

— Eu sei que sim, minha querida. Este é um novo capítulo para vocês.

Daemon abraçou seus filhos, uma mistura de orgulho e preocupação em seu rosto.

— Sejam fortes, meus filhos. Velha Valyria os aguarda com segurança.

Com um último olhar para trás, os filhos de Rhaenyra e Daemon partiram, acompanhados por uma escolta de confiança que os levaria a Velha Valyria. O coração de Rhaenyra doía com a separação, mas ela sabia que era necessário para proteger sua família.

Enquanto isso, Aemond continuava sua recuperação, determinado a provar sua coragem e lealdade à sua família. Ele sabia que o caminho à frente seria difícil, mas estava determinado a redimir seu nome e restaurar a paz entre os Targaryen.

Nos salões da Fortaleza Vermelha, o eco das decisões tomadas ressoava ainda mais forte. Aemond se via obrigado a refletir sobre suas próprias ações e suas consequências. Enquanto isso, Aegon tentava encontrar um caminho para reparar as feridas causadas por suas brincadeiras.

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