- thirty-one

75 8 0
                                    

RAFE CAMERON

— Vamos conversar — puxo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Vamos conversar — puxo.

O que? — Hayley pergunta confusa.

EU E A WILLIAMS ESTAMOS DEITADOS EM SUA CAMA DE PRINCESA, nus. A coberta cobre até o meu abdômen e seu busto, ela abraçava meu tronco.

Você disse que a gente precisa se conhecer melhor antes de namorar — explico. — Vamos começar com as coisas básicas, eu vou dizer tudo o que eu sei e acho de você e vice-versa — termino.

Ok... — responde ainda meio confusa. — Seu nome inteiro é Rafe Lucas Cameron, você nasceu dia 11 de novembro de 2003, tem tipo... 1'85, tem só a Sarah de irmã... — da uma pausa. — hm... — ela começa a pensar.

É só isso que sabe sobre mim!? — pergunto, fingindo me sentir ofendido. — Está dizendo só coisas superficiais. Qual é, a gente se conhece desde criança, você deve saber mais! — digo em tom desafiador.

Tá, deixa eu pensar! — ela para por cinco segundos e começa a falar de novo: — Você... era jogador de futebol americano, na escola, quarterback, camisa nove...; — sorrio com ela lembrar disso. — Não tem uma boa relação com seu pai por conta de toda pressão que você teve; hm... sua mãe faleceu quando você tinha nove anos e seu pai casou com a Rose logo depois disso; — deu uma pausa. — Você odeia economia, mas faz por conta do seu pai; Você fuma socialmente e eu odeio isso e... você tenta parecer forte perto de mim para me acolher, isso é fofo. — meu coração estava tão quente com tudo o que ela disse.

Me impressiona ela se lembrar de algumas coisas, como o número da minha camisa do time do ensino médio. Sei lá, me traz a sensação de que ela sempre esteve ali, me observando de longe. E eu fiz o mesmo, com ela.

Eu... — quando vou respondê-la, Hayley me interrompe, se levantando rápido da cama, como se acabado de ter uma epifania. — O que foi?

— Eu tive uma ideia! Coloca sua bermuda! — saiu da cama, colocando seu moletom que estava largado no chão do quarto e depois pegando um short de pijama mais solto em uma gaveta. Me visto como ela mandou.

Para que isso?

— Para a gente ficar sentado no telhado, já já o sol vai se pôr e vai ser lindo, e a gente conversa enquanto isso. — explicou, já indo direto em sua janela e saindo por ela. — Vem! —
A obedeço e vou até o telhado com ela, cuidadosamente, já que não estou afim de quebrar nenhum osso! Nos ajeitamos por perto da sua janela, já que ali era mais plano e menos perigoso. Ela se sentou ao meu lado. — Fala coisas que eu não sei sobre você. — pede.

Respiro fundo.
Eu lembro muito da minha mãe, a Sarah não fala muito dela, na verdade, ela nunca deve ter falado dela para você já que minha irmã não se lembra tanto dela. Mas eu lembro, e as vezes eu sonho com ela. — falo tudo isso olhando para o céu e depois volto o fica para a morena ao meu lado. — Eu lembro perfeitamente do dia que ela morreu: Estava chovendo e ela estava no hospital há mais de uma mês, eu era criança e não entendia muito bem, meu pai não deixava nem eu nem Sarah ver ela lá, dizia que era coisa de adulto e que eu não tinha idade o suficiente mas esse dia ele deixou. No caminho até o hospital foi um silêncio sepulcral, o único som era dos pingos de chuva batendo no pára-brisa. Ao chegar lá, minha mãe estava mais magra, branca, muito branca e fraca, não parecia com ela e aquilo me assustou tanto. Ela chorou quando nos viu, eu lembro que ela não conseguia parar de sorrir, a Laurel dizia que eu era o garoto dela, e que para sempre eu seria. Ela me abraçava e me beijava. E com Sarah, ela apenas a abraçou e ficou sussurrando coisas no ouvido dela. Esse dia ela falou vários eu te amo's. — respiro fundo. — Mas... teve uma hora, que a mamãe estava brincando com a gente, estava jogando uno! — rio sem humor. — Uma paciente terminal jogando uno em seus últimos segundos de vida, deveria ter um livro sobre isso! — brinco. — E aí, no momento que eu joguei minha última carta, o barulho estridente do aparelho que media seus batimentos cardíacos se instaurou no quarto. Lembro do meu pai pegando-nos no colo, da minha mãe "desmaiada" e vários enfermeiros entrando no quarto. Minutos depois ela tava morta. — finalizo, respirando fundo.

Broken Standards ↠ Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora