Capítulo 7

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Gabis

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Gabis

Talvez tenha sido a maior loucura da minha vida ter aceitado essa proposta. Na verdade, olhando em retrospectiva, é mesmo uma grande loucura, mas também não temos nada a perder. No final, pelo menos teremos uma história interessante para contar, e isso, por si só, já vale a pena. Enfim, tudo em nome da experiência, não é mesmo? Eu também sei que a Bia só inventou essa ideia para nos mostrar que não somos as únicas a ter nossas próprias crises. Então, é isso aí. Vamos lá, encarar mais um desafio

Agora, tentando manter o foco na segunda-feira de manhã, enquanto corro para pegar o elevador, começo a questionar se essa é a melhor maneira de iniciar a semana. Talvez essa não seja a abordagem mais sensata, especialmente porque estou atolada de trabalho. Lembro daquele sonho de fazer faculdade e ter uma carreira brilhante. Bem, parece que esse sonho se tornou uma tortura diária. Se você puder evitar isso, eu realmente recomendo.

Enquanto o elevador estava prestes a fechar, um garoto alto e loiro, com olhos castanhos claros, apareceu correndo e conseguiu entrar a tempo. Eu, que sempre tento ser educada, segurei a porta para ele. Ele parecia ter um ar descompromissado e meio desleixado, mas algo no seu olhar me fez sentir que ele estava me avaliando. Sem saber o motivo, comecei a encarar de volta.

— Oi? — perguntei, tentando entender o que estava acontecendo.

— Posso te fazer uma pergunta? — ele disparou de forma abrupta, me pegando de surpresa.

— Pode, eu acho — respondi, a curiosidade me vencendo.

— Você tem alguma coisa contra o meu amigo? — ele perguntou de forma direta e inesperada.

— Sério isso? Eu nem sei quem é o seu amigo — retruquei, perplexa. — E, além disso, eu nem sabia que ele existia. E não, eu não sou sem educação, só sou um pouco marrenta às vezes.

— Ah, tá bom, marrentinha — ele respondeu, claramente decidido. — Mas você vai ter que falar com ele.

— Não, obrigada. Passo — falei, me dirigindo para a porta do elevador, tentando evitar mais contato visual. No entanto, para minha surpresa, a porta não se abria. Fiquei apertando o botão repetidamente, mas nada acontecia. A frustração estava começando a crescer.

— Ah não, que droga, a porta não abre — murmurei, batendo na porta com um pouco mais de força.

— O que aconteceu? — perguntou ele, olhando para mim com uma expressão de leve preocupação, que não combinava com o seu tom desleixado.

— O elevador parou — expliquei, meu tom refletindo o meu desespero crescente.

— O quê? — ele parecia confuso e um pouco preocupado.

— É, ele parou no andar 13 e não abre a porta — disse, tentando manter a calma.

— Tá, ficar apertando o botão não vai resolver — ele afirmou, se aproximando e pressionando um botão amarelo com um gesto decisivo. — Tem que usar esse botão primeiro. Vamos tentar falar com a secretaria. Se não funcionar, a gente pode até ajoelhar e orar se for necessário.

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