Capítulo 6

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victor

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victor

-Posso admitir uma coisa? Eu ainda não sei quem é e nem por que o Kaio ainda não chegou - fala Gabi com uma expressão de frustração. - Sério, como ela é distraída. É impressionante como ela pode ser tão lerda às vezes.

-Calma, gente, dá um tempo para ela; ela é meio lentinha mesmo, tá? - Aproveito para brincar com ela, mas acabo levando um tapa da Raquel, que estava ao meu lado. - Ai! Não precisava disso!

-Vamos lá, você consegue! - Dessa vez é a Sol quem tenta animar a situação. Ela também acaba levando um tapa, mas parece não se importar. Gabi, por sua vez, levanta o dedo do meio em nossa direção, com uma expressão de irritação.

-Ou, ou, ouuuu - Gabi começa, colocando a mão na boca em um gesto dramático. - Como assim? Por que? Quando? - Automaticamente, todos nós olhamos para ela. - Olha, está todo mundo curioso. Mas, se você não quiser falar, eu entendo, tá? Não é fácil perder alguém importante, e realmente não é fácil. Mas, se tem uma coisa que eu sei é que é importante falar com alguém ou com alguns. Manter tudo para você nunca dá certo, pode apostar.

-De onde veio essa sabedoria? - Pergunto para a Sol, que também me dá um tapa. Eu realmente devo ter virado um saco de pancadas aqui.

-Obrigada, amiga - diz Bia, levantando sua taça de vinho antes de tomar um gole. - Mas eu já falei bastante disso com a minha mãe. Na verdade, eu só queria esquecer isso por um tempo e rir com minhas amigas. Às vezes, tudo o que a gente precisa é um pouco de normalidade e diversão para desanuviar a cabeça.

-E amigo? - pergunto, sentindo-me deixado de lado no meio dessa conversa emocional.

-Ah, tinha esquecido dele - diz Carol, de maneira despreocupada. - Nossa, não vou falar mais nada só porque eu estudo arquitetura. Sério, um homem que gosta de arquitetura não precisa passar por esse bullying. Que raiva!

-Ai, não precisa ficar todo bravinho. É só brincadeira - Carol tenta suavizar a situação, mas o tom dela só aumenta a tensão.

-Eu odeio vocês - digo, mas sem muito peso nas palavras. Na verdade, vejo elas como irmãs, mas não vou admitir isso. Vai que elas ficam se achando demais. - Mas mudando de assunto, quem vai à festa da FAU semana que vem?

-Pronto, estava demorando - é a vez da Gabi falar, com um tom de quem estava esperando essa pergunta. - Eu não vou. Vou aproveitar que estou de folga e dormir.

-Não dormiu essa noite, amor? - Raquel aproveita para tirar sarro. - Tinha muita gente na sua cama?

-Até tinha duas garotas que não paravam de se mexer e não deixavam eu dormir - Gabi diz, fingindo estar brava, mas com um sorriso no rosto.

-Mesmo assim, não vi motivos para você não ir - digo, com uma expressão determinada. Se tem uma coisa que coloquei como meta é levar a Gabi para uma festa da FAU. Nunca vi uma garota ter tantas desculpas para não ir a uma festa.

-Isso mesmo, você vai. É melhor irmos todas - diz Beatriz, deixando todos surpresos. Nesse momento, me sinto em cheque, como se tivesse que defender uma posição difícil.

-Como assim? - pergunta Carol, claramente confusa. - Você quer ir a uma festa da FAU agora, nesse estado?

-Sim, e tenho motivos para essa decisão. Aliás, todo mundo aqui tem seus próprios motivos - digo, virando a taça de vinho na boca, ou o que sobrou dela, com um tom de firmeza.

-Quais? - pergunta Carol novamente, parecendo genuinamente interessada.

-A Gabi está chorando por um ficante que, na minha opinião, não merecia. A Raquel ainda não superou o ex, que usava ela como um banco emocional. A Sol não assume o que sente. E Carol, bem, não preciso nem falar, né? - meu Deus, a bebida já está subindo para a cabeça e ela ja esta falando mais do que deveria.

-A bebida já chegou no cérebro? - diz Gabi, com um tom de deboche. Ai, como ela é debochada às vezes.

-Parei, vou ficar quieto - digo, tentando recuar e evitar mais conflitos.

-Magoou, hein? - Raquel faz um biquinho, como se estivesse chateada.

-Nada a ver isso de sentimento - como sempre, Sol faz-se de desentendida, desviando o olhar.

-Eu estou tranquilamente solteira - diz Carol, tentando parecer indiferente.

-Gente, vamos lá. Precisamos mudar isso. Estamos no zero a zero - digo, agora me sentindo ofendido. E ainda por cima, meteu essa frase de hetero top.

-Como assim zero a zero? Eu tenho uma namorada, tá? Que é linda, bonita, e já estou falando demais - digo, com um toque de raiva e frustração.

-Tá bom, Victor. Estamos um a zero. Mas isso não muda o fato de que precisamos mudar isso - finaliza Bia, com um olhar decidido.

-E o que você propõe? - pergunta Gabi, derrotada, mas ainda disposta a ouvir.

-Um pacto - Bia se levanta e vai até o quarto, voltando com uma folha e algumas canetas coloridas. Todos ficam em silêncio, observando. - Vamos fazer um pacto: temos que viver um romance até o final do ano. Vamos nos entregar cem por cento ao amor que aparecer. Vamos experimentar o amor e ver o que acontece.

-Olha para uma viúva, você está bem superada - novamente, Gabi, no puro deboche.

-Não é porque ele morreu que eu vou passar o resto da vida solteira - essa observação realmente doeu. - Olha, eu vou sentir muita falta dele, mas também não quero só ficar chorando. Uma hora eu tenho que me abrir novamente. E a melhor forma de fazer isso é assim.

-Tem certeza de que é isso que você quer? - pergunta Gabi, com um tom de preocupação genuína. - Você sabe que pode se abrir, não precisa ser agora. Dê-se tempo para viver o luto e se recuperar.

-Eu sei, mas é o que eu quero - diz Bia, com uma determinação que não deixa margem para dúvidas.


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oi gente 

espero que tenha gostado 

beijos Dany 

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