historias de são Paulo

Capítulo 3

beatriz

Saí do estágio e fiquei esperando o Kaio na frente, mas hoje ele está especialmente demorado. Já mandei umas mil mensagens e nada. Onde será que esse garoto está?

Desisto da espera e decido mandar uma mensagem para ele, avisando que vou seguir meu caminho. Pego o metrô e sigo direto para casa, frustrada com a demora e a falta de resposta.

chat

vida

eu: cadê vc ???

eu: amor??

eu: serio , vida

eu: cadê ????

eu:??????

eu:??????

eu:??????

eu: amor??

eu: amor??

eu: amor??

eu: a

eu: m

eu: o

eu: r

eu: ??

eu: desisto vou de metrô , mesmo

— Oi, como foi o seu dia? — pergunta, olhando para mim enquanto continua a preparar a comida. — E o Kaio? Cadê ele?

Respondo, puxando uma cadeira e me sentando:

— O dia foi tranquilo. Mas, quanto ao Kaio, não faço a mínima ideia. Ele simplesmente parou de responder às minhas mensagens e nem apareceu para me buscar no estágio.

Minha mãe se senta à mesa, coloca a comida no prato e tenta me tranquilizar:

— Deve ter acontecido algo na família dele, querida. Não se estresse com isso. Pode ser que ele tenha se distraído ou algo assim. Além disso, é normal que, às vezes, um pouco de distância faça bem.

Eu pego minha colher e dou uma garfada na comida, ainda com o pensamento em Kaio:

— Eu sei que você tem razão, mas é um sentimento estranho. É como se algo estivesse fora do lugar.

Minha mãe sorri compreensiva e diz:

— Filha, não se preocupe tanto. Deve ser apenas um contratempo. Ele vai aparecer e tudo isso vai se resolver.

Concordo com ela e tento relaxar um pouco, enquanto terminamos o jantar. Assim que terminamos a refeição, me levanto e vou para o meu quarto, ainda pensando no que aconteceu.

Perto da meia-noite, levanto-me para beber um pouco de água. Enquanto me dirijo à cozinha, meu celular começa a tocar incessantemente. A princípio, penso em ignorar a chamada, mas o toque não para e a curiosidade me faz atender.

— Oi, Bia? — reconheço a voz imediatamente. Já a ouvi antes, mas hoje há uma tonalidade diferente, carregada de uma tristeza que não consigo identificar.

— Sim, está tudo bem? — pergunto, enquanto pego um copo para me servir de água. Sinto um frio na barriga, como se algo estivesse prestes a acontecer.

— Sobre o Kaio... — a voz de Bia se quebra um pouco. — Ele sofreu um acidente de carro e, infelizmente, não sobreviveu.

A notícia atinge meu peito com a força de um soco. Sinto como se tivesse recebido um tiro direto no coração. A dor é esmagadora e quase me faz desabar.

— Bia, isso... — começo a dizer, mas minha mãe, que ouviu o barulho do copo quebrando, entra correndo no quarto. Ao ver meu estado, ela percebe imediatamente o que aconteceu. Ela pega meu celular das minhas mãos e encerra a chamada .

Minha mãe, com um olhar preocupado, me devolve o celular e tenta me confortar, mas eu já estou sem forças. Sem palavras, me dirijo para o meu quarto e me jogo na cama, com os pensamentos turvos e o coração partido.

Decido enviar uma mensagem no grupo das minhas amigas, informando que preciso de companhia. A mensagem é simples, mas direta: quatro garotas e um garoto estarão na minha casa amanhã, com garrafas de vinho e pizza para nos apoiar mutuamente.

desculpa a demora 

mais um capitulo , nesse eu estava um pouco sem criatividade 

espero que esteja gostando 

beijos Dany

ps: vcs preferem os chats em imagens ou sem escrito ou os dois