Me despedi dos meus pais e falei que voltaria para visitá-los assim que desse, eu tô levando uma mala e uma mochila.
Eijiro se ofereceu para levar a minha mochila, já que eu não deixei ele levar a mala.
Meus pais deixaram a gente em uma rodoviária, assim ficaria mais fácil para irmos para o centro.
Entramos no ônibus e como era uma viagem longa o motorista não parava em outros pontos, é o tipo de ônibus que só pega em uma rodoviária.
Mas mesmo não parando, seria 2 horas de viagem isso se no tiver trânsito no caminho.
Eijiro colocou a mala na parte de cima do ônibus onde guardam as malas e se sentou ao meu lado sem tirar o sorriso do rosto.
— o que foi? — perguntei querendo rir também de tanto que ele parece feliz.
— só estou alegre, nunca levei ninguém na minha casa — ele falou se ajeitando na cadeira.
— sério? — perguntei meio desconfiado.
— é, eu não era muito sociável antes — ele olhou para mim — comecei a ficar mas sociável quando entrei no curso.
— entendi mas você não tinha nenhum amigo?
— bom eu tinha mas não eram tão próximos, então eu nunca chamei eles para ir na minha casa.
— sendo sincero, eu até tinha alguns amigos mas também não levava eles para minha casa, você foi o primeiro que deixei entrar lá.
— me sinto honrado — ele riu, olhei para ele.
— eu que deveria — ri baixo — a primeira vez que você chama alguém para sua casa e você já convida logo para morar — falei rindo e ele ficou meio vermelho, provavelmente ficou envergonhado.
— bom é verdade, mas você precisava de um lugar e eu como um bom amigo ofereci ajuda — ele falou com orgulho dele mesmo.
— não se acha não — falei virando o rosto e escutei ele rindo.
Peguei meu celular e comecei a escutar música, mostrei o fone para ele e logo ele aceitou chegando um pouco mais perto.
Encostei a cabeça na cadeira e fechei meus olhos. Me sinto nervoso e em paz com o Eijiro do meu lado, de alguma forma me sinto bem de mais ao lado dele.
Depois de uns minutos comecei a me sentir sonolento e em algum momento eu dormi.
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_Kirishima on_
Katsuki fica tão fofo quando sorri, só em ser amigo dele eu já me sinto feliz de mais.
Depois que ele me deu o fone para ouvir música com ele, ele se aconchegou na cadeira e fechou os olhos.
Olhei para o rosto dele e suas sombrancelhas estava franzindo, talvez ele esteja incomodado com algo?
Mas passando uns 10 minutos ele pareceu relaxar e seu rosto ficou pacífico, tomei um pequeno susto quando o ônibus freiou e Katsuki foi para frente, coloquei a mão no peito dele para segurar e pelo susto ele acordou colocando a mão em cima da minha.
— o ônibus freiou — falei quando vi ele confuso.
— que merda — tirei minha mão e ele colocou a mão no peito dele e respirou fundo.
— se quiser deitar no meu ombro fica a vontade, eu não ligo — levantei o "braço" da cadeira que fica ao meio das cadeiras, ele olhou para meu rosto e ficou um pouco vermelho.
Talvez seja estranho se alguém nos ver assim, ele pode não querer que os outros achem que é alguma coisa estranha entre nós.
Como ele não respondeu eu ia abaixar novamente a divisória mas ele chegou mais perto e se endireitou na cadeira, enrolou o braço esquerdo no meu braço direito e deitou a cabeça no meu ombro.
— se seu braço começar a doer por minha causa me fala — ele falou baixo — vou segurar seu braço para se ele freiar novamente eu não caia.
— tudo bem — aí meus Deus, ele realmente deitou no meu ombro.
Sinto meu coração acelerar, a mão dele no meu braço, ele está quentinho, assim meu coração não aguenta!
Olhei para seu rosto e parece que ele logo dormiu.
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_Katsuki on_
É claro que eu não vou dispensar essa oportunidade, Kirishima oferendo o ombro para mim dormir? Claro que eu vou querer.
Eu sei que o Kirishima é gentil com todos mas desse jeito eu vou acabar gostando mais ainda desse idiota.
Senti o ônibus dar outra freiada mas sinto o braço do Kirishima me impedindo de ir para frente.
Não adianta! Eu já sou apaixonado por esse ruivo falso! Como ele consegue ser tão fofo? Tão perfeito? Tão maravilhoso? Tão tudo?
Tô literalmente igual aquele meme " EU QUERO AQUELE HOMEM" Quem sabe um dia? Talvez nunca, mas a esperança é a última que morre!
No dia que eu tiver coragem suficiente para receber uma rejeição eu confesso meus sentimentos.
Até esse dia chegar, eu vou só me contentar com só melhor amigo.