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11 || Uma Prece ao Desconhecido

"O que não conseguimos nos lembrar, ficará conosco como uma ação"

Sigmund Freud

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- Realmente aprecio esse vestido.- a voz extremamente calma da Rainha Arryn ecoou pelo solar e chamou novamente a atenção de Agatha para si- Azul lhe cai verdadeiramente bem, Lady Alyrya.

O vestido era feito de um tecido brilhante em tom azulado que facilmente poderia ser confundido com o prata, toda a saia havia sido habilmente bordada com florais dourados e a bainha das mangas possuíam duas trutas bordadas para prendê-las próximo ao cotovelo, a cintura era mais marcada do que Agatha gostaria e o decote reto era o seu maior consolo naquele instante- Agatha imaginava que podia ter sido feito de cetim, porém, entendia tanto de tipos de tecidos quanto entendia de engenharia ou de física nuclear.

- Me cai bem ou "me caiu bem" simplesmente por ser a cor da Casa Arryn, minha Rainha?- Agatha levantou suavemente a sobrancelha em direção à mulher, torcendo o seu próprio dedo no processo, enquanto pedia silenciosamente para que a brincadeira não fosse interpretada de forma errônea.

Um pequeno risinho estampou os lábios da Rainha que, por sua vez, maneou a cabeça em direção à Alyrya Tully:

- Também é a cor da Casa Tully.- a Rainha respondeu inocentemente e sorriu para a Dama com seu gracejo quase que desumano.

- Sim, de fato.- Agatha passou o seu indicador pela borda de sua xícara- Vou fingir acreditar que seja apenas um elogio inocente.

- Faz bem, Lady Alyrya.

Agatha a encarou brevemente e se sentiu terrível por ver que aquela bondade era direcionada a ela sem motivos- Daemon havia a colocado ali para que fosse sua informante e, infelizmente, se sentia uma pessoa horrível todas às vezes que a Rainha lhe deu mais atenção do que o devido. Não se sentia justa ao perceber que aqueles olhos lilases rotineiramente a buscavam por alguma fala aleatório, algo pelo qual pudesse rir... nunca gostou de receber atenção, principalmente naquele momento em que era apenas uma peça no tabuleiro de Daemon.

- Você pensa demais, Lady Alyrya.- a Rainha murmurou para ela ao alcançar uma das uvas soltas ao seu lado da mesa- O que tanto a incomoda?

- Muitas coisas, para ser sincera.- a jovem deixou escapar e suspirou ao final de sua frase- Sinto que não tenho mais controle algum sobre minha vida e, para mim, não existe algo pior do que isso.

Aemma acenou suavemente para a mulher:

- Deve ter sido caótico ser retirada de sua vida tão bruscamente e trazida para a Corte, não consigo imaginar o quão difícil essa mudança possa ser para você.- seus olhos lilases brilharam em uma espécie de solidariedade que, verdadeiramente, incomodava o estômago de Agatha- Bem, a casa-mãe deveria ter menos intrigas e fofocas, mas deviam lhe faltar doces, certo?

LINHA TÊNUE || DAEMON TARGARYENOnde histórias criam vida. Descubra agora